Ana:
Eu estou tão feliz, o médico deu alta para Coby. Disse que seria bom passar um tempo em casa, pois o tratamento poderia continuar por lá mesmo. Ele está animado em voltar pra escola, e nosso pai já está vindo nos buscar. Estou arrumando a mala e o quarto, pra não esquecer nada, e deixar o lugar arrumado antes de sair. Ele colocou sua mochila e a mala levei eu mesma, fechei a porta do quarto e e peguei na mão dele, assim fomos até o elevador, e ao sair esperamos o papai na porta. Vimos o carro chegando, mas não era ele, e sim a Márcia. Ela veio sorridente na nossa direção, pegou as coisas colocou no bagageiro e nos entramos no carro. Ela não conseguia conter a alegria de levar meu irmão pra casa, e eu particularmente também não estava me contendo.
— O que a gente vai fazer hoje? - Coby pergunta animado do banco de trás.
— como assim? Vamos descansar em casa, o que acha?! - Márcia brinca.
— Ah não mãe, eu quero brincar! - É, ele chama a Márcia de mãe. Ele sabe que ela não é a mãe de verdade dele, mas os dois de amam de verdade.
— Eu não posso passear com você hoje por que tenho uns relatórios pra escrever em casa, mas eu dou dinheiro pra vocês irem se divertir no parque, e quando chegarem eu vou fazer um bolo recheado pra você o que acha?! - ela olha pra ele através do retrovisor.
— Eu acho uma boa idéia, e você Coby? - pergunto virando pra ele.
— PARQUE!! - ele pula no banco animado.Chegamos em casa e Coby correu direto pro quarto de brinquedos. Penduramos os casacos no cabide e eu fui com Márcia até a cozinha preparar um lanche. Fiquei curiosa pelo papai.
— Cadê o tratante do seu marido? - pergunto brincando.
— Não fale assim do seu pai! - ela me repreende também brincando - Ele teve uma emergência na loja e foi resolver. Daqui a pouco ele chega, a propósito, devia chamar seu amigo Ted pra ir ao parque com vocês! -. Márcia era tipo uma melhor amiga, ela sabia que eu gostava do Ted.
— Não sei... - falo com receio.
— Sabe sim, vai, eu sei que você quer ir com ele! - ele me cutuca com o cotovelo.
— (dhish) Tá bom!No final deu tudo certo, Ted aceitou ir com nosco, e eu estava um pouco preocupada de Coby falar sobre o hospital e a doença. Ninguém pode saber sobre isso, se não Jason vai acabar o tratamento do meu irmão. Eu me arrumei, e esperei Marisa terminar de arrumar ele e me dar o dinheiro pra gente ir.
O táxi que ia nos levar já tinha chegado, e assim a gente se despediu foi pro parque. Meu pai ainda não tinha chegado, mas a gente foi mesmo assim. Estava um pouco lotado, por isso agarrei forte na mão de Coby e sai a procura do carrossel, que foi onde combinei de encontrar com Ted.
Meu irmão soltou da minha mão na mesma hora que viu o urso, e correu até ele. Os dois se gostavam muito, até por que Ted era sempre muito legal com ele, e quando se juntavam, eu era praticamente esquecida.
— E aí campeão! Você cresceu tanto, olha só, tá quase do meu tamanho. - Ted fala segurando ele nos braços.
— Claro, vou Virar o Hulk e ficar maior que você! - Coby levanta as mãos acima da cabeça.
— Nossa! Vai ficar muito grande! - Ele coloca Coby no chão e me cumprimenta.
— vamos nessa! - Ted estende a mão pra ele.Quando meu irmão vai pegar a mão de Ted, erra a distância e não acerta se primeira pegar na mão dele. Esse é um dos princípios da doença, as vezes ele não tem a noção de distância. Ted estranhou a situação mas não deu atenção, e assim seguimos adentrando no parque e decidindo no que brincar. Carrossel, montanha russa, casa dos espelhos, carrinho de bate bate, casa fantasma e muitos outros. Era tão bom ver Coby se divertindo, de vez enquando, ele tropeçava, ou não conseguia alcançar as coisas direito, eu estava muito preocupada, mas graças a Deus Ted não notou nada de estranho.
— Eu quero sorvete! - Coby fala quando nos sentamos pra descansar.
— Vai lá que eu fico aqui com ele! - Ted fala sorridente.
— Tá bom, você vai querer?
— Ah, trás um refrigerante.
Ted:
Não comentei nada com Ana, mas o irmão dela está muito estranho. Ele caiu umas cinco vezes seguidas, e não tinha nada pra fazer ele tropeçar, sem contar que sempre que eu dava alguma coisa pra ele ou tentava pegar em sua mão, ele não conseguia medir a distância entre mim e ele. Aproveitei que ela tinha saído e resolvi perguntar sobre ela, e se eles estavam tendo algum problema pra ela estar tão triste ultimamente. Além do mais, crianças quase nunca mentem.
— se eu te perguntar uma coisa você me conta a verdade? - ele me olha curioso - Te dou um chocolate até! - ele arregala os olhos animado.
— Se for pra saber se a minha irmã gosta de você, ela gosta! - ele estende a mão.
— não era isso, mas valeu por contar! - depois seguro a mão estendida dele. - te dou dois chocolates se me responder a outra pergunta. - Ele balança a cabeça positivamente.
— Por que sua irmã está tão triste ultimamente?
— Por que... - ele hesita em me dizer - acho que por que, eu vou Virar um vegetal...O que ? Como assim...
— O que quer dizer com isso? - pergunto sem entender.
— Aquela fila estava enorme, quase não consegui os sorvetes. - Ana chega de repente e eu fico obter a minha resposta.
— SORVETE!! - Coby grita animado pegando o sorvete.
— Acho que já está na hora de ir! - Ana olha a hora em seu celular.— A Não! - Coby protesta.
— Anão é um homem bem pequenininho sabia? - brinco com Coby.
— Verdade, e esqueceu que a Márcia tá fazendo um bolo maravilhoso pra você? Tem certeza que não quer ir? - Ana fala convencendo Coby a ir pra casa.Eu ainda não consegui entender o que ele disse com " virar um vegetal". Será que é coisa de criança?
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Apenas Um Toque
RomanceSam é uma garota animada, divertida e cheia de amigos. Ranz é um cara isolado, cheio de fantasmas que o impedem de se socializar. Ele odeia ser tocado e Sam vai fazer de tudo pra quebrar os muros que o cercam. Se gostar da história deixe o seu voto...