capítulo-63

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Brant:





      Estou com tanto ódio nesse momento, a polícia começou a investigar sobre o ocorrido na escola de Ranz. Se aquilo foi uma brincadeira, juro que alguém vai parar no hospital, por que eu vou fazer um grande estrago quando encontrar. Ontem eu consegui quebrar o celular, aquelas postagens melancólicas das pessoas só estavam piorando a situação, até parece que o mundo todo tem que saber sobre essa merda toda.  Minha família está sofrendo de novo, pra variar, parece tudo acontecendo de novo. Ranz estava se tornando alguém diferente, conseguindo viver de verdade, e agora tenho medo que tudo isso desapareça. Minha única esperança é aquela garota, se não eu temo que meu irmãozinho desapareça.  Mayson levou ele até a casa dela, mamãe não para de chorar e meu pai está passando mais tempo em casa. As coisas são tão difíceis de se construir, você coloca tijolo por tijolo no lugar, e de repente, uma bola de ferro destrói tudo em segundos.  Eu estava sentado no pequeno barzinho que tinha na na sala de jantar, enchendo meus pulmões de nicotina,  e agredindo meu fígado com álcool, mais que o normal. Provavelmente já tirei uns 30 anos da minha vida só com isso.  Que diferença faz, vamos todos morrer um dia, de um jeito ou de outro.  Maria, a empregada veio até mim avisar que havia alguém querendo falar comigo, um garoto, não tenho muitos amigos atualmente então não fazia idéia de quem era até ir conferir.  Pra minha surpresa, era aquele irmão da Lisa, amigo do Ranz, o revoltado que por alguma razão desconhecida pra minha pessoa, eu não sei.

        — Preciso falar com você. - Ele disse.
        — Já está fazendo isso. - falei com um certo rancor que eu guardava dele. - Senta. - Disse apontando pro sofá.
        — Tem falado com minha irmã ultimamente?
        — Na verdade, faz umas três semanas que não a vejo. - passei muito tempo indo ao hospital com Ranz por causa da Sam, e parei de ver Lisa pra que eles pudessem se entender e Sally voltasse a falar comigo. - Por que?
        — Aconteceu umas coisas, ela acabou demitida por que a empresa fechou. E, um outro problema. - Ele parecia extremamente preocupado. - Queria que você passasse um tempo com ela, Lisa está deprimida por que sai de casa por um tempo.
        — Sabia que Allen ia acabar se dando mal... - reviro os olhos. - E o que te fez sair de casa?
        — Talvez ela te conte, talvez não... Mas vou manter calado sobre isso. Só vim pra pedir mesmo que você desse uma olhada nela por um tempo. Em breve pretendo retornar para Inglaterra.
        — Entendo. Tudo bem, a propósito, obrigado por estar sendo tão legal com o meu irmão.
        — Ele é um bom amigo... Uma pessoa honrável, tenho grande admiração e respeito por ele.
        — Ele é mesmo.
        — Tchau Brant.
        — Tchau Luke.

       Acabei colocando Lisa de lado em um momento difícil sem nem me dar conta. Allen deve ter fechado a empresa de advocacia assim que dei aquele dinheiro pra ele, o cara se tornou um merda mesmo, além de desempregar várias pessoas. Acabei tendo uma idéia, antes de ir ao apartamento de Lisa passei na casa de Sally. Sem dizer aonde iríamos, a convenci de  vir comigo, o que não foi nada difícil já que ela estava muito irritada comigo ultimamente.  Subimos pelo elevador, e ela ainda não fazia idéia de onde estávamos.

        — Por que me trouxe aqui?! - pergunta com sua ignorância de sempre.
        — Você vai ver logo logo. - tento acalma-la.
   

       Bati na porta do apartamento, e até que a porta fosse aberta, tive de bater mais de dez vezes. Então ouvimos a porta se destrancar, e lisa abriu a porta. Seu semblante era de tristeza, olheiras profundas e até tinha emagrecido, sem contar que realmente não estava nada bem tanto fisicamente, quanto psicologicamente.
Sally não implicou com isso, percebeu ao mesmo tempo que eu que Lisa não estava nada bem. Parecia ter chorando muito.

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