capítulo-31

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Sam:

- Galera ! -Sally entra na sala animada- Já estão sorteando as pessoas pra organização do baile de primavera, e eles já tem as favoritas pra rainha do baile!
- Meu voto já é da Sam! - Ana levanta a mão.
- Nem ligo pra isso. Vocês deviam se inscrever, eu só vou por que o pessoal fica me indicando. - digo sem dar muita atenção pro assunto.
- Esse ano nem vou poder competir com você... - Victoria fala sem ânimo.
- E por que não?! Você é sempre tão... Competitiva relacionado a esse tipo de coisa. - Sally fala de forma arrogante.
- Vou viajar... - Victoria mente.

Depois que terminasse a aula, eu tinha combinado com Victoria de ir com ela e minha mãe falar sobre a gravidez com os pais dela, e ela está extremamente assustada. Durante todo o dia, ela não falou muito, ninguém entendia o motivo da mudança de comportamento tão repentina dela, aquelas duas "amigas" agiam como se não estivessem nem aí, continuavam com a mesma postura arrogante de sempre. Eu tinha muita vontade de ir até aquelas duas e bater na cara delas, mas era melhor não fazer nada, pois elas podiam espalhar sobre Victoria. Nem tenho mais tido tempo pra estar com Ranz. Foi um dia parado, não fizemos nada de mais, mesma rotina só que duas pessoas tinham sido acrescentadas à nossa roda do intervalo: Luke e Victoria.
O mais o interessante que aconteceu foi a comissão organizadora do baile que ficou com a Sally, Si woo, e mais algumas pessoas da turma da Jena. Eu estou pensando em como chamar o Ranz, e fazer isso o quanto antes, se não Jena o faria, o que de pior pode acontecer é ele não querer ir.

Ao chegarmos na minha casa, Rachel já estava nos esperando, eu guardei minhas coisas e depois fomos esperar no carro enquanto ela pegava as chaves. Os pais dela estavam em casa, pois os carros dos dois estavam na porta, e antes de descer ficamos um tempo no carro pois Victoria ainda estava com muito medo. A mansão era enorme, branca com creme, um enorme jardim, e estátuas espalhadas, o mais chamativo o possível.

Descemos e Victoria tocou o interfone anunciando sua chegada pra empregada que tinha atendido. Entramos, e atravessamos aquele enorme jardim chegando até a porta enorme e branca, um terraço espaçoso, com um conjunto de mesa e cadeiras de madeira, e do outro lado um grande banco de balanço. Ao abrir a porta, entramos na grande sala, e de cara os pais dela estavam no sofá, e ficaram nos encarando ao entrar.

- Rachel? - A mãe de Victoria diz ao reconhecer a minha.
- Olá Marta, à quanto tempo. - Minha mãe cumprimenta de volta.
- Olha só como você cresceu Samantha. Quase tão bonita quanto a minha filha, como vai? - ela fala em um tom de superioridade.
- Bem... - me sinto intimidada. O pai dela não diz nada, apenas continua à ler o jornal sem ligar pra nossa presença.
- Por que estão aqui, Victoria fez alguma coisa? Sentem-se. E você, não tem educação? Chega e não cumprimenta seus pais. - Ela repreende Victoria que está agarrada ao meu braço com medo.

Eu, Rachel e ela nos sentamos no sofá e ficamos nos entreolhando pensando em como começar, Marta ficou nos olhando de uma forma constrangedora, como se nossa presença não fosse bem vinda.

- Então... - Marta fala - que eu saiba, a seis anos você não dá as caras aqui Rachel, e quando alguém aparece assim do nada, só penso que vai pedir dinheiro. - ela nos esnoba.

Rachel revira os olhos e toma fôlego pra falar de modo que não seja grosseira. Eu também fico indignada com a arrogância dela.

- Nós viemos sim falar de algo sério - minha mãe fala com educação - Mas não é sobre dinheiro, nunca precisei, e se precisasse não iria pedir à você, o banco está aí pra isso.
- Então?
- É sobre Victoria. Ela está, em uma situação delicada. - Rachel custa falar.
- Situação delicada? - ela olha pra Victoria com desgosto. E o pai dela que estava lendo, olha por cima do jornal.
- Mãe, a senhora e o papai não podem ficar bravos por favor...- Victoria fala com a voz trêmula.
- Cala a boca garota, já disse pra não interromper conversas de adultos! - Ela corta a filha com ignorância - Continue, está interessante. - Ela cruza as mãos.
- É complicado, ela é adolescente, os hormônios estão muito agitados e... Os jovens fazem coisas inconsequentes... - Minha mãe fala com calma.
- Desenrola Rachel, não gosto de encher linguiça, você sabe. - Ela fala de forma grosseira.
- Essa garota está grávida?! - o pai dela toma a frente.

Apenas Um ToqueOnde histórias criam vida. Descubra agora