capítulo-30

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Sally:

       Bati a porta com tanta força quando cheguei em casa, que Jena pulou de susto na cadeira em frente ao computador. Não disse nada, fui direto pra cozinha colocar a mesa pra gente jantar, fazia tudo com muita raiva e acabei quebrando um copo, aumentando ainda mais minha raiva. Jena desligou o computador e ficou me encarando da cozinha com os braços cruzados.

       — O que você quer?! - pergunto parando o que estava fazendo.
       — Quero saber se vai quebrar a cozinha inteira? - ela fala indo se sentar na cadeira da mesa de jantar.
       — Não enche Jena! - me sento começando a fazer meu prato.
       — O que foi? - Ela pergunta.
       — Eu não aguento aquele irmão do Ranz! Parece uma praga que ele está em todo lugar, e todas as vezes ele me deixa com raiva ou estraga o meu dia com as idiotices dele. - Explodo de raiva.
        — O amor e o ódio andam de mãos dadas... - ela ri.
        — Ah, Cala a boca, se não for pra ajudar fica calada.

      Nós começamos a comer, e enquanto isso Jena falava sobre seus estudos para o intercâmbio pois a prova dela seria em dois meses. Depois falamos sobre o baile de primavera que seria antes dela ir embora e víamos possibilidades de quem chamar. Ela só tinha Ranz na cabeça, e eu acho que ela vai se dar muito mal já que pelo que eu sei ele gosta da Sam, até beijou ela.

       — Você deveria esquecer o Ranz. - falo colocando uma colher de comida na boca.
       — Ué, por que? A gente sempre se dá bem, e acho que ele gosta da minha amizade.
       — Disse bem, amizade.
       — Aishh... Namorados são tipo melhores amigos que se pegam.
       — Depois quando tiver o coração partido não diz que eu não avisei.

*Tim! dom!*

      A nossa campainha toca e ficamos surpresas já que quase nunca ninguém vem a nossa casa naquele horário e também por que nenhuma de nós duas estava esperando visitas. Jena se levanta e vai ver quem é e eu continuo fazendo minha refeição. Jena então volta com uma cara suspeita e eu solto meu prato curiosa pra saber quem era.

      — Quem é? - pergunto ainda sentada.
      — Uma pessoa que você vai adorar ver... - Ela aponta com o polegar e sobe pro quarto dela.

      Assim que a pessoa entra na cozinha, tenho uma supresa desagradável que se senta junto comigo na mesa: Brant.
    

      — O está fazendo aqui? - pergunto indignada.
      — Sua casa é bem legal... - ele diz olhando em volta - gostei!
      — Não acho que tenha vindo aqui pra dar opinião sobre a arquitetura da minha casa. - Me levanto recolhendo as coisas na mesa e indo lavar elas na pia.
      —  A sim, realmente não vim por isso! - Ele diz pegando alguma coisa no bolso de trás da calça - acho que isso Seu. - ele estende alguma coisa na mão.

     Enxugo a mão direita na roupa e pego. Quando vejo, era uma pulseira de ouro que ganhei no natal da minha avó pela qual eu tenho um grande afeto. Só que ela é muito folgada no meu braço e as vezes cai, só que dessa vez eu quase ia ficando sem ela. Provavelmente caiu quando esbarrei naquela garota que estava com ele.

      — Não acredito que quase perdi... - digo aliviada - Obrigada, agora já pode ir embora.
      — Eu acabei de chegar, onde tem um pano de prato pra eu te ajudar? - Brant pergunta olhando em volta.
      — Não precisa, posso terminar só.
      — Ah, achei! - Ele me ignora e começa a enxugar os pratos.
      — Mas você hein... - não digo mais nada e continuamos o serviço.

Apenas Um ToqueOnde histórias criam vida. Descubra agora