Apenas Um Toque

capítulo-19

Sally:

 

   — o que fez comigo? - pergunto me afastando da cama com cuidado.
     — Olha até que pra uma garota de 16 anos, você mandou muito bem - ele diz se deitando em cima do braço com um sorriso sarcástico de satisfação ainda no rosto.
     — Eu não me lembro de nada que tenha acontecido... Meu Deus você...  SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA, tem um louco aqui!! - começo a me tremer.
    

     — Aí meu - Ele fala indo em direção ao banheiro - para de gritar. Só falei isso pra te assustar, me vingar pela moto.
     — Então - Falo indo até o banheiro também - Por que eu estava na cama com você?! Não me lembro de nada sobre ontem... Depois que você começou a gritar comigo.
     — Se não fosse por mim, você teria sido estuprada. Deve sua dignidade a mim. Então? - ele diz apontando pra fora do banheiro.
     — Então o que?
     — Posso tomar banho? Ou quer tomar banho comigo? - Ele diz vindo pra perto de mim.
     — Tá. Então já estou indo pra casa + Quando vou saindo ele me puxa de volta.
     — Não, ainda não.
     — Por que não? E por que me trouxe pra sua casa?!
     —  Primeiro, não sabia onde era sua casa, e te trouxe pra minha sem ninguém saber. Já pensou se meus pais, algum empregado ou o Ranz te vêem saindo do meu quarto. O que eu ia dizer? "Ah, essa aqui é amiguinha de escola do Ranz, encontrei ela em um bar cheia de drogados e prostitutas e salvei ela de ser estuprada ".
      — Ah...

     Após isso eu fico mais de 20 minutos esperando Brant sair do banheiro enquanto penso na vida, e começo então à passear por seu quarto. Na frente da cama tem uma escrivaninha com um computador em cima, e mais acima um armário com três compartimentos: no primeiro, tinha uma sequência de CDs e DVDs de rock, no segundo um monte de livros, e no terceiro, várias revistas em quadrinhos da Marvel e DC. Do lado direito do quarto, adjacente a porta de entrada do quarto. Ti há um grande closet, e na aresta da parede havia um violão e uma guitarra encostados. Do lado esquerdo, grandes janelas de vidro cobertas por uma cortina cor creme que ia do teto ao chão, o mesmo coberto por um carpete cinza e macio.

     Em cima da escrivaninha, havia um porta retrato que me chamou atenção. Era uma foto provavelmente de Brant e Ranz pequenos, nela, Brant segurava Ranz bebê no colo enquanto sorria inocentando. Brant usa uma roupinha azul de marinheiro, e seu cabelo com franjinha está partido de lado. Ranz está enrolado em uma manta azul bebê, e uma toquinha branca na cabeça, suas bochechas estão rosadas e ele ri enquanto olha com seus grandes e brilhantes olhos azuis pra Brant que está dando um sorriso alegre pra câmera.

   

   
     
    
Era uma criança adorável...
PENA QUE SE TORNOU UM ADULTO IDIOTA.

    Fico um tempo olhando pra aquela foto. Era a primeira vez que via Ranz sorrindo, e ainda era em uma foto de bebê. Foto de criança é realmente muito agradável de se ficar olhando. Logo me assusto ouvindo Brant saindo do banheiro e coloco à for no lugar. Ele sai apenas de calção, e secando o cabelo molhado com uma ponta da toalha enquanto a outra está enrolada em seu pescoço. Na hora meu coração fica acelerado, eu sinto minhas mãos soarem. Eu nunca tinha ficado sozinha com um cara, ainda mais sem camisa e sendo lindo desse jeito. A aparência de Brant é extremamente atraente pra mim apesar de eu não gostar dele. Tem um corpo forte, ombros largos, várias tatuagens em seu corpo, tem uma barba  muito bem feita, um rosto simétrico, nariz afilado, sombrancelhas grossas e olhos azuis. Uma boca bem feita, lábios finos mas avermelhados.
    

      — O que uma garota da sua idade fazia num lugar daqueles? - ele pergunta em um tom sério.
      — Ah, b-bo-bom... - tento me concentrar - Eu fui por que estava preocupada com minha irmã mais nova Jena. Eu recebi uma mensagem anônima, dizendo que ela estava começando a se envolver com gente errada, e que estaria naquele bar aquela noite. Eu não fazia idéia que haviam prostitutas ou drogas lá, até que eu realmente fiquei preocupada. Como ela não estava em casa, e não me atendia, fui checar por precaução. Fiquei procurando por todo aquele bar e então uma louca derramou cerveja em mim e eu fui no banheiro me limpar, foi quando esbarrei em você. Depois disso fiquei esperando mais um pouco e pedi um suco, e enquanto bebia recebi uma ligação dela me perguntando onde eu estava e que minha mãe estava louca atrás de mim lá em casa. Disse que ela só tinha ido à padaria comprar bolo pro meu pai. E quando terminei de beber o suco, só me lembro de você gritando comigo... Só isso.