Brant:
Eu nunca tive interesse em seguir o exemplo de vida do meu pai. Eu gosto de levar a vida numa boa, de ser livre pra ir e vir sempre que eu quiser. Quando ganhei a moto, ganhei minha liberdade, eu saí e não quis mais voltar, mas eu também amo muito meu irmãozinho e depois de tudo que aconteceu com ele eu gosto de estar aqui pra fazer ale se animar de vez em quando.
Dessa vez foi diferente, ele parece estar mudando, e sério, isso é muito bom, meu maior medo é de que quando eu estivesse fora ele tentasse se matar, como fez à alguns anos. Tentei levar ele comigo mas ele nunca conseguiu superar tudo o que passou, na verdade, nenhum de nós... Ter esse histórico familiar é uma merda. Pra nós, a culpa foi inteiramente nossa por não proteger ele. Na época eu tinha 9 anos, e passava o dia na escola, e quando chegava ele também não queria brincar e eu não ligava. No dia que minha mãe descobriu e começou a bater naquela vadia, eu não sabia o motivo. Demorei um bom tempo pra descobrir a verdade, e foi a pior coisa da minha vida.
Finalmente ele está se libertando, e eu quero estar aqui pra ver isso acontecer. Vou aposentar minha moto por um tempo e quando já estiver tudo nos conformes, volto pra minha vida de sempre: viajar, conhecer garotas, fazer uns bicos aqui e ali e aproveitar a vida.
/Padaria/
Vou comprar sorvete, e procurar alguma festa pra ir. Essa cidade ainda continua um saco como sempre.
Onde ficam as cervejas e os cigarros...?
- Achei. - pego um maço e me viro pra ir ao caixa quando esbarro em alguém.
- Ô idiota olha pra onde anda! - uma voz feminina irritada grita comigo.Quando me viro vejo uma garota baixa de olhos verdes, incrivelmente verdes e cabelo castanho pegando um pedaço de bolo esparramado no chão.
- Não tenho olhos atrás da cabeça que eu saiba. - ela para de catar o bolo e me olha puta da vida.
- justamente por isso que as pessoas não andam de costas.
- (bufo) Tá na hora de criança tá na cama. Até nunca mais. - falo abrindo meu maço de cigarros e indo ao caixa.Depois que eu terminei de pagar, eu olhei pra onde aquela garota estava e por incrível que pareça ela tinha sumido. Até que era bonitinha, pra uma criança. Eu saí da loja dando alguns goles da cerveja e fui até minha moto e:
- Puta que pariu!! - algum filho da puta tinha derrubado a minha moto. - Que merda, quebrou o espelho, e ralou a lataria. Aquela garota!! Só pode ter sido... Se eu encontrar eu nem sei o que faço!
Sally:
- minha filha você vai se atrasar pra escola. Isso que dá ficar nesse telefone até tarde. - meu pai fala enquanto passa minha escova no cabelo.
- nem vem velho, eu só dormi tarde por que fui na padaria comprar bolo pra você. E que eu saiba a mamãe vai te matar se descobrir que pré diabético desse jeito você fica me ameaçando pra comprar doce pra você.
- Tá, tá, deixo você faltar hoje. Mas não fale nada! Filha idiota. - ele fala saindo do quarto.
- cala boca velho! - parece que tô discutindo com um irmão mais novo. O que deu na minha mãe pra casar com esse cara.Arrumei minha cama e fui me vestir pra ir pra escola. Só vou mesmo por que quero saber como foi o encontro do Ranz e da Sam. Minha mãe está na academia e Jena parece que vai faltar também, essa garota... Tem jeito não.
O ônibus da escola chegou, e eu nem tinha terminado meu café, peguei a escova de dentes e pasta e levei na bolsa pra escovas na escola mesmo. Melhor que ficar com mal hálito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apenas Um Toque
RomanceSam é uma garota animada, divertida e cheia de amigos. Ranz é um cara isolado, cheio de fantasmas que o impedem de se socializar. Ele odeia ser tocado e Sam vai fazer de tudo pra quebrar os muros que o cercam. Se gostar da história deixe o seu voto...