A discussão

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Assim que entro no carro sem ao menos aguarda-lo abri a porta, me encolho no canto e busco a melhor maneira de aborda-lo. Eu estava tão angustiada que tinha medo de chegar ao extremo da minha raiva, então respirei fundo e decidi ir direto ao ponto.

-Victor, quais são as reais instruções e ordens que meu pai ti passou? Seu trabalho comigo inclui exatamente o quê?

-Desculpe senhorita, mas por que a pergunta? - Respondeu- me com uma calma que doía em meus nervos.

Então falei em um tom de voz inritado e alto.

- Olhe, não se faça de desentendido, vocês estão sempre por perto tirando minha privacidade!

- Senhorita se me permite dizer ,acho que está atirando em mim uma raiva guardada à muito tempo, sendo que eu apenas cumpro com minhas obrigações. E respondendo a sua pergunta , eu sou instruído para não deixar estranho se aproximarem da senhorita . Essa também, é minha função.

Em meio as suas palavras, mesmo sem perceber ,as lágrimas ja rolavam pelo meu rosto. Não sei se foi o fato dele ser grosso ou o fato de ser verdadeiro. Mas uma coisa era certeza, eu havia jogado minha raiva em alguém que mal iniciou o trabalho.

Logo percebo que estou sufocada e preciso liberar meu choro.

-Victor! Pára na próxima praça por um momento, por favor. - Pedi entre lágrimas.

-Senhorita!? - haviam dúvidas em sua face.

-Ou você pára ou eu pulo! - Vociferei.

Assim que a velocidade foi reduzida e pude descer, corri até um banco próximo, dobrei as pernas, segurei os joelhos e me deixei chorar. Chorei por viver sozinha, chorei por não ter amigos, por nao ter amor de mãe, por não ter um pai próximo, por não ter um parceiro... Na verdade chorei por ser eu , por ter essa vida.

A solidão é terrível companheira!

Depois de algum tempo o percebo se aproximando, então ergo meus olhos e me perco na imensidão de seu olhar preto e brilhante. E sem pensar, me jogo em seus braços e desaguo em lágrimas ,de uma forma tão desesperadas que nem percebo os segundos e minuto se passaram, então sinto lentamente seus dedos a acariciar minhas costas e não sei o porquê, nem como , mas vou as nuvens por alguns minutos.

Rapidamente, percebemos a situação a qual estamos e nos separarmos meio desconsertados , e sem nos olhar seguimos para o carro.

A viajem seguiu silenciosa, mesmo tendo a certeza que seus olhos estavam em mim.

Já em casa, vou para meu quarto, tomo banho , me troco e vou almoçar sozinha, Já que essa é uma rotina diária, porque o trabalho do meu pai ocupa sempre a maior parte de seu tempo.

Depois decido deitar e relaxar, sem perceber me pego pensando novamente em Victor e toda aquela situação do abraço e como foi bom. Pego o travesseiro e abraço e em seguida sou vencida pelo sono.

Depois de algumas horas de descanso acordo renova e com o telefone tocando. Observo na tela e vejo que Naty , uma das poucas e únicas amigas que tenho.

Xxxx

-Oi Naty! - Tendo.

-Oi amiga! Dessa vez você precisa aceitar Sofia, vamos ao shopping? Preciso ver esse Deus grego amiga.- Falou Natália suspirando.

- Naty! A repreendi.

-Por favor! - Implorou Natália, como se minhas decisões só dependenssem de mim.

Mas pensando bem...

- Bom , meu pai está me devendo um pouco de liberdade. Então vamos sim. Ti pego as sete.

-Combinado. Beijos.

Faço uma nova ligação. Agora para conseguir a carta de liberade com o meu pai.
Eu estava pronta para a chantagem emocional.

Xxxxx

-Pai?!

-Sim Sofia. Aconteceu algo? - Papai falou inseguro.

- Claro que não . Quero que pague sua promessa hoje. Quero ir ao shopping com Naty.- Falei rápido antes de me arrepender ou me perder nas palavras.

Percebo o silêncio do outro lado da linha.

-Pai? - O chamei.

-Tudo bem, mas estará o tempo inteiro com o Victor. - Ele finalmente respondeu travando aquela guerra interna.

- Te amo!!! - Gritava ao telefone como uma garotinha de 10 anos.

-Filha! Você voltará? - Seu questionamento e tom de voz frearam minha agitação.

-Claro pai, por que não voltaria?

-Há! Nao, não! - Eu quis dizer, volta logo.

-Claro que sim.Beijos. - Desliguei o telefone e me joguei na cama novamente.

Finalmente um pouco de liberdade!

Me despedi de meu pai um pouco confusa com a pergunta que ele fez, mas não pensei muito, afinal, eu iria sair e esse feito não se repetia muito.

Eu sei também que estava um pouco cedo para me preparar, mas precisava de calma para vivenciar o momento.

Fui me arrumar muito eufórica, primeiro porque iria sair e segundo porque estarei perto do meu lindo segurança. Espero que Naty não fique se derretendo por ele, não sei o porquê, mais não gosto.

Após o banho, decido soltar os cabelos que cai pelas minhas costas , eles estão ondulados e brilhantes, coloco um vestido tomara que caia colado na cintura e solto no quadril, faço uma rápida maquiagem e coloco um salto.
Estou pronta pra sair!

Mas algo me diz que essa noite promete...

*****

Pessoas queridas, desculpem os erros ortográficos, Pois digito no celular , o qual é um pouco complicado.

Mas espero que estejam gostando.

Por favor, não passem de capítulo sem votar e comentar .
Indiquem o livro a um amigo (a ).

Bjos ..

Meu Amor Meu Protetor ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora