A fúria protetora

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VICTOR NARRANDO

A minha vida tornou-se algo pequeno e insignificante frente aos fracassos aos quais venho passando ultimamente , sempre fui treinado para vencer, para proteger e lutar,  e a poucas horas me sentia o homem mais fraco e derrotado de todos, pois estava de mãos atadas frente ao meu dever de proteção das pessoas que amo, porém agora estou pronto pra agir,  e se preciso for darei minha vida para protege-los.

Logo que desci do táxi e me encaminhei para o galpão abandonado que havia marcado com o Raulf, fui surpreendido ainda no caminho por alguns homens.

- Cadê o dinheiro imbecil? - Falou um homem alto de pele negra e corpo robusto.

- Cadê minha tia? - Retruquei.

- Entrega a mala e peço para abandonarem a velha em um local próximo a rodovia.

- Qual minha grantia? - Quis saber.

- Essa será a garantia.

O desgraçado avançou sobre mim, com o auxílio de mais dois caras e me atingiram violentamente com vários socos e chutes até arrancarem a maleta de minhas mãos para que um deles conferisse a quantia.

Antes de partirmos para um destino que eu acreditava ser perto da sofia, ouvi um deles ao telefone falando.

- Podem abandonar a velha, está tudo certo.

Nesse momento recebi uma pancada na cabeça e não me recordo de mais nada, antes de ser acordado perto de uma casa abandonada.

Mas tudo que passei, tornou-se um nada, se comparado às torturas emocionais que sofri dentro deste quarto, o toque de Raulf em minha Sofia me fez ter tremores de raiva e desespero.

Droga! Droga! E esse tempo que não passa!

Eu precisava agir, eu estava agindo,  mas tinha que ser rápido ou então a doce e indefesa Sofia seria abusada pelo monstro do Raulf. O canivete que havia trazido comigo estava fazendo o trabalho demorado de cortar as cordas que amarravam meus pulsos, por isso, acelerei as investidas e por fim pude retomar o domínio de meus controles e socorrer a Sofia que clamava.

- Víctor,  me ajude! - Ela implorava.

Aquele clamor foi o estopim do momento, levantei- me da cadeira e avancei sobre o Raulf como um cão raivoso,  pegando-o desprevenido.

Agarrei em seus cabelos e direcionei seu rosto pra mim, soquei sua face repetidas vezes, tirando qualquer chance de sua reação.

Nesse momento o derrubei no chão e perdi o controle de meus atos quando chutei várias vezes sua barriga, como quem chuta um saco de lixo.

Isso é pelos cabelos da Sofia! - Rosnei.

Mirei em seus olhos e desferi vários socos.

Isso é pela pele marcada da minha amada!

Com seu corpo quase desmaiado ao chão,  chutei seu nariz.

Isso é por ter tocado e cheirado a minha mulher!

Nesse momento ouvi barulho de tiros e sirenes no ambiente, confirmando a presença da polícia no local.

Porém não me desprendi do ataque de fúria e continuei descarregando toda a minha raiva no monstro do Raulf.

Mais a Sofia estando consciente da situação tentou me impedir.

- Víctor, você vai mata-lo! Pare!

Sua voz era ouvida, mas estava distante do meu consciente, ignorando assim qualquer clamor.

Então mirei entre suas pernas e o acertei firmemente.

Isso é pela coitada da sua mãe que pariu um verme!

Nessa hora ouvi um grande grito de desespero.

- Víctor, não quero um marido assassino, você tem que parar!

Nesse instante me dei conta do corpo praticamente desfalecido do Raulf à minha frente, e parei para olhar para aqueles olhos que me transmitir a paz, o amor, e a calma de volta.

Corri para a cama e abracei a Sofia, beijando cada parte de seu rosto com fevor, agradecendo aos céus o nosso amor e a sua existência ao meu lado.

Ainda me encontrava à olhar nos olhos de minha amada afim de dizer o quanto a amava e estava pronto para continuar protegendo-a pelo resto de minha vida, quando ouvi a Sofia gritar .

- VÍCTOR, O RAULF!

Não pude me virar a tempo , antes de ouvir um barulho estarrecedor de tiro rasgar o quarto ao qual estávamos.

*****

Uiiiii !

E agora?

O que aconteceu nessa reta final?

Comente e deixa sua estrela.

Bjos!

Meu Amor Meu Protetor ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora