A ação

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Depois de alguns minutos de angustia e choro na cama, estava com minha cabeça a mil por hora, mas finalmente tinha bolado um plano. Parecia algo infantil, mas se realmente quisesse me livrar daqueles seguranças persistentes, eu teria que apelar, não tinha jeito.

Então decidi agir, desço as escadas e fui a procura do segurança mais próximo .

-Oi !

-Pois não senhorita, sou Paulo.

-Claro, eu lembro de você. - Falei sorridente.

-Então, o que deseja senhorita Sofia? Vai para a Universidade?

- Não, hoje não estou bem, preciso dormir mais um pouco pois estou com dor de cabeça,  preciso ir à farmácia.

- Se desejar mandarei um de nossos homens, pode descansar. - Respondeu-me o segurança atrapalhando meus planos.

Droga! Precisava ser rápida!

- Então Paulo, é que além do remédio de dor de cabeça,  preciso também de umas coisas pessoais, entendi? - Me fingi de envergonhada.

- Claro senhorita. - Disse-me tão sério quanto uma estátua.

Parece que aquela desculpa tinha colado, ja que ele havia concordado. Por isso, logo em seguida saímos de casa rumo a farmácia mais próxima,  nosso caminho foi rápido e silencioso. Assim que chegamos o deixei no carro e saí ao encontro da atendente.

- Bom dia senhorita. - Falou a atendente.

-Bom dia senhora. - Respondi mantendo-se tranquia

-Em quê posso ajudá-la ?

-Então, é  que estou há uns 3 dias sem conseguir realizar minhas necessidades fisiológicas,  a senhora teria algum remedinho que me relaxasse?

- Um momento por favor.

Depois de algum tempo ela retorna.

- Aqui senhorita! Mas cuidado, não ultrapasse as duas gotinhas se não desejar ter um distúrbio intestinal.

-Grata senhora. - Perfeito , pensei!

Retornei para o carro e seguimos para casa.
Quando adentrei a minha a sala gritei:

- Dulce , faz um suco, desço já pra beber!

- Viu querida! - Ela respondeu

Esperei um tempo e gritei novamente.

-Dulce, corre aqui, uma barata!

Assim que ela chegou no quarto, eu disse estar com medo e desci para a cozinha, e ele saiu em busca da bendita barata. Enchi um copo com suco e rapidamente pinguei umas gotinhas do meu remedinho maravilhoso no restante do suco da jarra.

Aguardei ! Quando finalmente ela desceu.

-Querida não encontrei nada, acho que foi coisa de sua cabeça.

- Ela deve ter fugido. - Beberiquei meu suco.

- previsamos dedetetizar a casa novamente. - Concluiu Dulce.

- Que suco ótimo! - Mudei de assunto.

- Que bom que gostou, fiz bastante, pode beber depois.

- Sabe Dulce, fico pensando, coitado desses seguranças, o dia inteiro pelo Jardim nesse calor,  você poderia levar um suco pra eles já que hoje não vou sair de casa.

- Claro que sim, se me permite.

- Com licença Dulce,  vou dormir. Fique a vontade para servi-los.

Rapidamente segui para o quarto e preparei- me para fugir, vestir uma calça jeans e uma camiseta confortável,  pus um tênis, amarrei o cabelo e peguei uma mochila com umas roupas, dinheiro, celular e o dossiê.
Agora é só esperar o remédio fazer efeito,  ficarei de olho na janela.

*****

Observando da janela, percebi que apenas um ainda resistia, talvez estivesse aguardando alguém regressar para ele poder ir, mas finalmente também saiu.

BINGO!

Joguei a mochila pela janela, e fui disfarçadamente pela sala, e finalmente saí, peguei a bolsa no Jardim e fugi.

Agora só preciso de um táxi...Por favor, passe..passe...Caminhei um pouco mais e finalmente o taxi surge.

- Senhor ,  direto para a delegacia mais próxima.

- RÁPIDO!

Meu Amor Meu Protetor ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora