O hospital

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Acordo sentindo um incômodo no braço e pisco algumas vezes devido a claridade da luz.  Analiso o ambiente ao redor e apenas vejo paredes e portas claras, um pequeno móvel ao meu lado, uma poltrona e um suporte o qual segura um soro que está preso ao meu braço.
Quando a porta e abre , vejo meu pai.

- Pai! - Minha voz surge rouca.

- Minha filha, que bom que acordou. - Disse emocionado.

- Pai, cadê Victor? - Mesmo atordoada sabia que precisava salva-lo.

- Sofia, eu pedi pra você não se envolver nisso. - Havia uma raiva ou tristeza nessas palavras.

- Pai, você não entende que eu o amo,  ele me salvou e também só entrou nessa roubada por exigência minha.

-Sofia... - Antes de concluir, minha voz e meu olhar de súplica o interrompeu.

-Pai me fala, cadê ele? - Dessa vez era uma voz chorosa que implorava.

Depois de uma pausa, ele começa a falar.

- Filha, ele levou um tiro.

- O QUÊ?  COMO?  DE QUEM? - Sentei-me na cama.

- Calma amor. - Ele deitou-me de volta. -  Parece que havia um bandido que não tinha sido capturado ainda, então ele quis se vingar da traição de Victor,  tentando te matar, mas Victor te salvou de novo,  porém levou um tiro quando se jogou na sua frente.

Uma dor rasgava meu peito de uma forma avassaladora e doentia, naquele momento não conseguia ouvir mais nada, apenas chorava me recordando de cenas daquele corpo retirado ao chão.

Várias lembranças voltaram!

- Calma meu amor, ele passou por um processo cirúrgico,  mas agora está na U.T.I. se recuperando.

- Eu quero ve-lo. - Disse chorando.

- Você sabe que não pode Sofia.

- Me promete pai? - O supliquei.

- O quê filha?

- Que vai ficar ao meu lado? Que vai respeitar o meu amor?

Antes que ele respondesse , a porta se abriu e Naty entrou desesperada feito louca.

- O quê aconteceu Sofia louca?-  A louca tocou em várias partes do meu corpo.

- Também estava com saudades amiga. - Falei ironizando.

-Para Sofia, me conta tudo.

Naquele momento fiz um resumo de toda história para a Naty e pra o papai, mas no final fiquei com uma dúvida.

- Pai, como chegou até mim?

- Quando percebemos sua demora de sair do quarto, fui dar uma olhada e não te encontrei, então deduzir o que você tinha feito, por isso,  mandei rastrear seu celular. Mas fiquei assustado, quando percebi a sua coragem de chegar àquele ponto.
Você ocorreu muito risco.

- Isso não importa mais, quando terei alta?

- O médico disse que assim que você acordasse, ele vinria aqui, conferir seus sinais vitais,  e então te daria alta se estivesse tudo bem.

- Então, chame ele logo.! - Exigi.

O meu pai se ausentou por um momento, aproveitei para matar a saudade de Naty, ela me falou sobre sobre seu namoro com Marcelo e aproveitei para dizer o quanto amava o Victor, por isso, cheguei ao ponto de me envolver em todo perigo. Depois começamos a falar da faculdade, onde eu percebi que já havia perdido muitas aulas e de repente fosse perder esse período.

Logo o médico entrou, me examinou e em seguida recebi alta.
Mas antes que ele saísse  perguntei:

- Doutor,  como está Victor?

- Vocês são parentes? Preciso falar com um familiar sobre seu estado, além do mais, tem também a direção do hospital que precisa conversar sobre as despesas.

Direcionei um olhar triste e interrogativo para meu pai, que logo se manifestou.

-Eu pagarei tudo doutor, também encontrarei seus familiares, pois ele ja salvou minha filha duas vezes, tenho que retribuir.

Sem pensar duas vezes abraço meu pai demoradamente que estava ao meu lado e digo baixinho.

- Eu te amo pai. Obrigada.

Ele apenas sorriu e retribuiu o abraço. Depois nos afastamos e me direcionei ao médico.

- Mas doutor, o senhor não me disse como estava o meu namorado.

- Então senhorita Sofia  , seu namorado é  um cara de sorte, a bala não atingiu nenhum órgão, porém ele precisou ser submetido à uma cirurgia para retirarmos a bala,  agora ele está sedado e se recupera de forma estável .

- Quando posso vê-lo?

- Assim que retirarmos os sedativos, e estiver tudo correndo bem.

Assenti me sentindo alivida, pois o meu amor estava vivo e se recuperando.
Olhei para o meu pai e disse:

- E a mamãe?

Percebi um olhar triste e solidário.

- Ela ainda não deu noticias, sabemos apenas que não foi presa, já que ela também era uma vítima e estava praticamente presa.

Agora só dependia dela em querer me encontrar...

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Galera,

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Bjos de paz.

Meu Amor Meu Protetor ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora