O confronto

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Eu nunca me apaixonei verdadeiramente por nenhum homem, primeiro porque sempre fui muito vigiada por seguranças, segundo porque a maioria dos caras que se aproximavam de mim, eram sempre idiotas, e terceiro por quê os meus principais rolos foram na adolescência.

Um selinho aqui ou ali.

Agora me vejo como uma mulher que vive um relacionamento apaixonante com seu segurança, mas se eu prensava que os problemas tinham acabado após hospital e prisão, estava enganada, até ser surpreendida por um abraço caloroso e um beijo molhado no rosto pelo Beto. Olhei para trás onde vi o olhar abrasador de Victor sobre nós, e aí tive certeza, que estava tudo ferrado.

- Mas que merda é essa? - Gritou Victor.

Antes que eu falasse alguma coisa, Beto se antecipou.

- Não acredito que esse segurançinha idiota está de volta? Vá procurar sua turma e nos deixe em paz! - Disse Beto com ar esnobado.

Nessa hora ele agiu rápido e pegou a minha mão com a intenção de me levar para longe de Victor, mas foi aí que o problema cresceu.
Victor avançou sobre ele, dando-lhe um empurrão fazendo-o se chocar no chão.

- Não ouse tocar nela! - Vociferou Victor cheio de ódio ou talves ciúmes.

- Quem você pensa que é seu empregadinho, para me dar ordens?

Falando isso, Beto levantou-se parcialmente do chão e acertou um murro no abdômen de Victor, o quê o fez se curvar de dor, mas logo se equilibrou a acertou um chute nas costelas de Beto.

Depois disso, travou-se uma briga acirrada, onde ja atraía vários expectadores. Então a minha ficha caiu e saí de meu êxtase momentâneo, percebi que Victor estava em vantagem e mesmo sabendo que o Beto o tinha afrontado, ele não merecia apanhar, por isso precisava agir se não quisesse ser expulsa da faculdade e ainda ver o meu amor preso ou novamente no hospital. Então gritei:

- PAREM AGORA!!!

E como que no susto, ambos ficaram imóveis e ofegantes, caminhei e me posicionei entre eles e falei :

- Primeiro lugar Beto, Victor não é nenhum idiota e nem empregadinho, ele e meu NA-MO-RA-DO! - Disse pausadamente.

- Em segundo lugar pra você Victor, eu tenho uma reputação a zelar na Universidade e sei me defender quando preciso. E quero ir pra aula e não ser testemunha na delegacia. Agora larguem de criancisse por favor.

Falando isso, deixei ambos sozinhos e fui ao encontro de Naty, que assistia a tudo de queixo caído.

-Amiga, como se faz para ter dois deuses gregos desses brigando por mim? - Falou sorrindo zombateira.

-Naty, você é minha amiga, e seu dever é me aconselhar e me livrar de problemas, então limite-se a isso e me deixe em paz. - Respondi bufando.

-Calma, calma amiguinha, vamos estudar agora, depois quero detalhes.

A Natália as vezes era extremamente chata e persistente , e eu sabia que ela não me deixaria em paz até saber de tudo. Porém decidi segui pra aula e adiar aquele papo o máximo possível.

****

A manhã passou voando, e eu me dediquei o máximo que pude para acompanhar os conteúdos perdidos e assim me equiparar a turma, mas quando percebi estávamos no finzinho das aulas e não tinha comido nada. Logo decidi convidar a Naty para irmos na lanchonete em frente a Universidade.

Assim que nos retiramos da sala, seguimos pelo pátio onde pude ver Beto com alguns amigos, mas este me ignorou. Continuamos caminhando e por fim, vi Victor no portão.
Sem conversarmos nada, seguimos para fazermos o lanche.

Nós três sentamos em uma mesa e fizemos os pedidos, Logo que a garçonete saiu, a Naty diz:

- Agora conta. Por quê a briga?

- Nada de importante. Depois nos falamos. Agora me conte sobre seu romance com Marcelo. - Tentei cortar o assunto.

Mas Natália era teimosa. Olhou para Victor e disse, se ela não fala, então fala você.

- Acho melhor você responder a pergunta de Sofia . Fale logo, ela é insistente. - Victor desconversou também.

- Vocês são chatos mesmo! Mas tudo bem. Como te disse Sofia, Marcelo mudou depois que você ficou aquele tempo sem vir a Universidade e agora ele sumiu. Então não há mais romance. Pronto falei.

- Agora é a vez de vocês! - Insistiu Natália.

Percebi que a fisionomia de Victor mudou e logo ele se manifestou.

- Você têm uma foto dele. - Ele questionou .

- Pra quê? - Naty quis saber.

- Só uma dúvida . - Ele disse.

Em seguida, Naty tirou o aparelho celular do bolso e mostrou uma foto de ambos juntos, aí pude ver pela primeira vez nos olhos de meu protetor a raiva misturado com surpresa.

- DROGA, DROGA! Como fui tolo , foi ele.. .




Meu Amor Meu Protetor ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora