Meu Amor Meu Protetor ( CONCLUÍDO)

O acerto

VICTOR NARRANDO

Quando sai do quarto de Sofia, estava com o coração apertado, um onda de despedida invadia meu peito e aquilo estava me matando,  porque nunca tinha me apaixonado daquele jeito por nenhuma outra mulher e ela era linda e especial.
Eu a amava demais! E daria até minha vida por ela.

Fui direto para o galpão, afim de pegar as escutas que havia colocado lá,  mas não contava em encontar o chefe.

- Raulf ! -Disse um pouco assustado.

- Olá Victor Valentim! Não está trabalhando? - O senti muito irônico.

- Estou de folga hoje, vim aqui saber como andam as coisas. - Tentei soar tranquilo.

- Vejam que coincidência, estava mesmo afim de conversar você. - Ou melhor, estava afim de conversar com o FILHA DA PUTA que colocou essa escuta na minha sala.- Um soco explodiu na mesa de Ralf.

Rapidamente dois homens adentraram o espaço desferindo vários socos que atingirem meu rosto e minha barriga, assim que caí e tentava me esquivar das agressões enquanto rastejava , senti algo frio tocar em minhas costas e em seguida uma ardência terrível.

- Droga Raulf! O quê está fazendo? - Falei com certa dificuldade.

Ouvi uma gargalhada terrível.

- Meu querido Victor, parece que o jogo virou.

- Como assim desgraçado?

- Já que você está embalado em um romance com a riquinha, será que conseguiremos tirar um dinheiro dela, por um resgate de um verme traidor?

- Não ouse envolve- la nessa merda toda! - Falei entre os dentes.

- Acho que esse jogo vai ser melhor do que eu imaginei. - Zombou ele.

Nesse momento a porta se abre e vejo o Carlão entrar.

- Então Carlão ,tira umas fotos dessa cara arrebenta e também desses cortes de faca nas costas dele. Precisamos impressionar a princesa.
Ah! Se quiser pode usar e abusar dele. - Depois disso se foi.

O desgraçado do Carlão se aproveita da situação para esnobar de mim.

- Ouviu gatinha?

- Se encostar um dedo em mim, eu te mato! Ou melhor, vou te matar de qualquer jeito, só pelo simples fato de um dia ter encostado na Sofia. DESGRAÇADO! 
- Falava sem medo, e cheio de raiva.

Ele apenas gargalhou e fez as miseráveis fotos.
Fui abandonado naquele chão frio e sujo, mas não pensava em mim ou em minhas dores , só imaginava se Sofia iria conseguir fazer o que pedi ou se ela estava em perigo.

****

O dia e a noite passaram se arrastando, eu sabia que eles estavam aguardando o tempo passar, afim de deixar a Sofia aflita, mas pra mim era algo positivo, porque era tempo suficiente pra ela buscar ajuda na Polícia , e assim , cedo ou tarde aquela inferno acabaria.

Só esperava que acabasse bem.!

Eu já estava no segundo dia, me sentia fraco, pois não tinha recebido nada para me alimentar ou beber, sabia que estava próximo pra eles fazerem contato com Sofia e rezava pra que demorasse, precisava de tempo pra ela agir.

Fui interropido dos meus pensamentos com o barulho da porta abrindo, era o Djhon , o meu amigo, trazendo água e comida.

- Victor,  seja rápido , você precisa de forças para fugir, então se alimente.

- Valeu amigo! - Agradeci.

- Tenho que ir. Boa sorte!

Não pensei duas vezes, me alimentei rapidamente e me livrei de qualquer vestígio da presença de Djhon naquele cubículo.
E esperei o cair da tarde, almeijando por minha libertação, esperando pela ajuda daquela que se tornou minha luz e agora minha única salvação.