Meu Amor Meu Protetor ( CONCLUÍDO)

A dor

Fiquei ali enfiada naquele mato frio e escuro, analisando os movimentos da polícia,  sabia que havia me metido em uma situação extremamanete perigosa, mas aquela era uma escolha que não havia volta, ou melhor, eu nunca pensei em agir de outra forma que não fosse ajudar Victor, o homem que amo.
Aqueles mosquitos estavam me consumindo, fora o medo que me aflingia em imaginar qualquer bicho peçonhento próximo a mim, mas não tiraria o meu foco, e ali permaneci até senti o celular vibrar com um número restrito.

-Alô! - Atendi.

-Sofia Loren?

- Ela mesma.

-Estou te ligando para dar notícia de seu amado e traidor , Victor Valentim. - Uma gargalhada soou do outro lado da linha.

DROGA! Eram os infelizes.

Precisava entrar no jogo dele e assim ganhar tempo para a polícia agir, não podia deixar transparecer que os planos dele estava por um fio de ser desmoronado. Então fui dramática.

- Como assim? Cadê Victor?Quero falar com ele agora!

- Calma docinho! - Falou aquela voz asquerosa. - Vou mandar provas que ele está vivo.

Logo sentir várias vibrações de mensagens recebidas no celular,  eram fotos do Victor, bastante debilitado e machucado.

Aquilo realmente me assustou .

- Droga seu desgraçado, o que fez com ele? - Falei tremendo de raiva.

- Nada que não possa piorar,  se você não arrumar a quantia que queremos...

Nesse momento, ouvi tiros, gritos,  sons de objetos quebrando e até vozes, então a ligação caiu...
Ao olhar nas proximidades percebi que a polícia tinha invadido o galpão e estavam rendendo vários homens.

Mas teve um momento que meu mundo parou, minha respiração bloqueou e meu peito palpitou freneticamente, era Victor sendo resgatado, era o meu homem livre pra mim.

Não pensei duas vezes, sai correndo entre os poucos arbustos que me afastavam daquelas pessoas e fui ao encontro dele.

-VICTOR!!! - Simplesmente gritei.

- SOFIA!? O que você está fazendo aqui? - Ele me olhou assustado.

- Eu não podia te abandonar. - Me joguei em seus braços, esquecendo de seus machucados e o beijo ferozmente, e ele me retribuiu com o mesmo desejo e saudade que apertava em nossos peitos.

Quando não havia mais fôlego para nós , nos afastamos e olhamos olho a olho.

- Meu amor,  obrigado por me salvar. -  Vi em seus olhos um misto de amor e gratidão.

- Apenas devolvi o favor. - O beijei.

- EU TE AMO MAIS QUE TUDO SOFIA. - Ele precionou minha cintura enquanto dava-me outro beijo.

- TAMBÉM TE AMO.  - Selamos nossos lábios novamente.

Nos afastamos quando ouço a voz de meu pai gritando:

- Sofia não! - Era um grito forte e distante.

Mas nesse momento apenas me sinto sendo lançada no chão e ouço um barulho de um tiro.

Procuro desesperadamente ao meu redor e percebo uma aglomeração em dois lugares, onde em um pude ver um corpo estendido no chão, muito próximo a mim.

- VICTOR,  NÃO ,NÃO!!!

Então, tudo se apaga e não vejo mais nada.