O primeiro contato

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VICTOR NARRANDO

Conversas, choros, passos, barulho de sirenes, eram todos sons confusos em minha mente, pois tinha a certeza que havia perdido o controle das minhas ações cerebrais e a razão de estar encolhido em um canto qualquer daquela mansão.

Eu falhei, simplesmente falhei, não a protegi.

Eu era um segurança fodido que não salvei a dama que tanto amava!

Era esse o mantra que invadia meus pensamentos e ofuscava minha razão de viver e estar ali.

Peguei a caixinha com o anel que ainda estava em minha mão e senti uma lagrima quente descer pelo rosto e tocar em minha boca com um gosto amargo da dor.

Ele havia levado minha vida! Eu era o culpado.

Minha Sofia estava pronta pra dizer um sim , e eu estava pronto para abraca-la, beija-la e dar-lhe amor pelo resto de minha vida.

Mas ela foi levada de meus braços.

Um som distante foi captado pelo meu cérebro que não quis decifrar a mensagem, não compreendi e voltei a prender-me na solidão dos pensamentos, em seguida ouvi novamente um pouco mais nítido outro chamado, o qual direcionei meu olhar, era a Natália.

- Víctor por Deus, reaja! A Sofia precisa de você forte.

Ainda não conseguia expressar o que sentia com palavras, apenas as lágrimas falavam por mim. Até atentar-me a frase que já deveria estar sendo gritada pela Natália a algum tempo, e esta, rasgou meus ouvidos, meu peito e minha alma.

- GRÁVIDA VICTOR ! Escute, ele está grávida. Você tem que reagir.

- O QUÊ? ! - Foi a única palavra que rasgou minha boca em um grito.

- Cala a boca! Não podemos complicar mais as coisas com o senhor Clark, então fale baixo. - Pediu Natália.

Natália entregou um envelope, o qual passei a me recordar de ter visto a Sofia segurando, assim que li, constatei um terceiro motivo da dor de te-la perdido.

Meu filho! Ela estava grávida de um filho meu.

Aquilo era a pior das piores dores que um ser humano podia sentir. Deixar levar seu filho, sua mulher e aquela que representara por toda vida, sua mãe.

- O quê vamos fazer Victor. - Percebi uma Natália fraca e chorosa, abandonando aquela garota forte, alegre e decidida.

Nesse momento a abracei e busquei forças para ser o pilar daquelas pessoas desesperadas em busca de respostas.

Logo que nos afastamos olhei ao redor e percebi policiais, pessoas realizando procedimentos de primeiros socorros, crianças e adultos chorando, busquei me aproximar do senhor Clark e alguns policiais pronto para ajudar, mas fui impedido.

- Victor, você está machucado. Precisa ser examinado. - Falou a Débora.

- Eu estou bem! - Disse seco e segui caminhando.

- Por favor Victor , está muito machucado.

- Eu já disse que estou bem! Me deixe!

Me afastei da mesma com um sentimento de repulsa, pelo simples fato de um dia ela já ter feito Sofia sofrer.

Ao chegar próximo aos policiais perguntei.

- Como ele fugiu da penitenciária?

- Conseguiu subordinar alguns funcionários e foi incluído entre alguns presos que seriam soltos. - Um senhor de cabelo grisalho respondeu.

-Já tem notícias do paradeiro deles? - Minha voz saiu um pouco engasgada .

- Temos alguns policiais na rua, já informamos a todas as centrais de policias e por fim, estamos também aguardando contato.

Eu sabia que o Raulf não desejava resgate, desejava apenas destruir minha vida .

*****

Após alguns depoimentos , várias pessoas já haviam seguido para suas casas, permanecendo apenas amigos próximos e familiares.

O sol também já havia surgido, trazendo consigo a luzes da esperança e minha força interior de lutar pelas três vidas que eu amava.

Percebi uma grande movimentação a frente e depois um chamado.

- Víctor!

- Sim! - Respondi aflito.

- Ele fez contato, quer falar com você.

Saí rápido ,me esbarrei em alguém que não fazia idéia de quem era ,e segui em busca do telefone, que coloquei em viva-voz.

- Cadê elas infeliz!? - Vociferei.

- Calma, calma meu caro! Tenho duas notícias que talves acalme seu coração ou a destrua ainda mais. Quer a boa ou a ruim primeiro? - Gargalhou diabolicamente.

Eu apenas respira fundo rezando mentalmente para que ambas estivessem bem, não me prontifiquei a escolher nada, apenas esbravejei .

- Fala logo infeliz!

- Se você não escolhe, eu mesmo escolho . Vou começar pela boa .- Acontece que estou precisando de dinheiro para colocar meus planos em dia e vou negociar a velha.

Senti um rápido alívio percorrer minha espinha e relaxar meus músculos. Afinal de contas era menos uma fora de perigo, mas ele continuou.

- Agora a ruim, é que talvez não consiga devolver sua mulher e seu filho vivos, e olhe que a culpa não é minha, ela sozinha resolveu se matar, não pára de perder sangue.

Não consegui ouvi ou processar mais nada em minha mente, apenas senti o telefone sendo arrancado de minhas mãos e levado por alguém mais aflito que eu, me deixando a mercê do desespero.

Caminhei até uma parede e soquei com todas as minhas forças repetidas vezes, até senti o sangue quente descer entre meus dedos.

EU TE MATO RAULF! -Rosnei.
VOU ATÉ O FIM DO MUNDO PARA TE ENCONTRAR, SEU FILHO DA PUTA! - Ha!!! - Gritei como louco até ser contido da minha furia por algumas pessoas as quais não faço ideia.


*****

FELICIDADE!

Leitores amados, essa é a palavra que pode me descrever nesse momento, pois meu romance querido atingiu mais de 1.000 visualizações ...

Muito grata pelo carinho.😍😍😍

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