Prólogo

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OITO ANOS ATRÁS.

Logo abaixo da escada é meu lugar favorito para brincar de chazinho com minhas bonecas, aqui sinto-me em uma pequena sala reservada só para mim.

- Querida Rosinha, aceita mais um pouquinho de chá? - Tentei dialogar com minha mais nova boneca.

Mesmo sem respostas, continuei a brincadeira.

- Ah! Desculpe Belinha, você também quer?

Porém antes que eu idealizasse alguma resposta, fui impedida ao me assustar com o primeiro grito da mamãe.

- Droga Clark, me deixe em paz! - Esbravejou ela.

- Como assim, me deixe em paz? Você tem uma filha que precisa de carinho, proteção, amor e sua presença. - Ouvi o papai falar mais claramente como se estivessem se aproximando da escada.

- Deixe disso seu insuportável, por que não diz logo que está preocupado com seu miserável dinheiro que estou gastando?

- Claro que não Joana! Você é louca ? Quero apenas que seja uma mãe mais presente.

- Pare Clark. Não venha insinuar novamente que não gosto da Sófia. Eu à amo, só preciso de espaço. Sou jovem. - Mamãe respondeu demonstrando mais impaciência.

- E nós Joana? Somos casados, mais você parece nem me ver. Preciso de você? - Falou o papai quase implorando.

- Clark, isso tudo é demais pra mim. Realmente estou de saco cheio desse nosso acordo. Preciso rever algumas coisas. – Disse essas palavras pisando firme, indicando sua saída.

- Onde vai Joana? - O papai gritou.

- Não sei, preciso de ar. - Sua resposta surgiu já distante.

Falando isso, não ouvi mais nada além do silêncio que se instalou no lugar. Já eu, permaneci em uma posição ao qual se quer havia percebido que estava. Abraçada aos meus joelhos dobrados e colados à barriga, sentindo algumas lágrimas escorrerem pela bochecha.

*****

As horas se passaram e a noite chegou de uma forma fria, triste e silenciosa.

Depois de ter ouvido toda discussão subi silenciosamente até meu quarto e desabei a chorar.

Será que a mamãe não gosta de mim?- Pensei sufocando um soluço.

A angustia consumia meu pequeno coraçãozinho, mas fui vencida pelo sono abraçada com a Rosinha, o mais novo presente do papai.

(...)

Já no outro dia, acordo me sentindo melhor e com poucas lembranças do dia anterior. Ainda de pijama desço as escadas para tomar café e em seguida ir para a escola, quando encontro o papai sentado em seu lugar de costume com uma tristeza que dominava o ambiente. 

- Bom dia papai! - O saudei com um beijo na bochecha.

- Bom dia filhinha. - Ele respondeu com uma voz arrastada me conduzindo até seu colo, segurou em meu queixo e olhou-me nos olhos. – Minha princesinha, te amo muito e prometo sempre te proteger sempre.

Falando isso, ele me sufocou com um abraço demorado e cheio de beijos,  algo que eu não estava acostumada a receber do papai.

Confesso que não entendi muito aquela demonstração de afeto com palavras e toques, acompanhado de um grande brilho nos olhos o qual nunca tinha visto no papai, mas apenas o abracei como um pequeno ser inofensivo que era, e ali me envolvi eternamente, até os dias, meses e anos se passarem e eu compreender que éramos só nos dois dali em diante.

A mamãe havia nos abandonado e levado com ela minha alegria e "vida".

****

Caro leitores, espero que se apaixonem pelo meu querido romance. Mas jamais conclua essa leitura sem deixar seu comentário,  pois vou amar.

ATENÇÃO!

A princípio a leitura parece mais um clichê entre vários outros,  mas persistam até uns 10 capítulos e não irão se arrepender.

Prometo.
Bjo.

Meu Amor Meu Protetor ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora