O desespero

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Mesmo estando com a cabeça focada em Victor, eu sabia que precisava me dedicar aos estudos, dar atenção ao meu pai,  à Naty e a dona Laura que agora estava lá em casa, e tentar seguir minha vida em diante, pois esse era o desejo dele, que eu não o visse mais e seguisse em frente.

Era isso que eu tentava fazer,  mas Beto decidiu complicar ainda mais minha loucura chamada de vida,  passou a se aproximar mais de mim, interrogando e com certeza buscando algo a mais, aquilo estava me sufocando e eu estava por um fio para explodir ,assim que o vi se aproximar.

-Oi Sofia ! Tudo bem?

-Tudo. - Falei sem ânimo.

-Sabe Sofia, eu estive pensando se poderíamos sair novamente,  podemos ir ao cinema ou jantar.?

-Desculpe Beto,  Mas não dá. - O olhei sem graça.

- Por que Sofia? Você ficou tão estranha depois que aquele segurança louco te arrancou da festa naquele dia.

- Olha só Beto, não quero ser mal educada , mas é que minha vida pessoal está muito bagunçada,  entende?

Enquanto me explico para Beto , meu celular toca e logo atendo.

***
- Pai!

- Sofia, aconteceu um problema com Victor!

- O quê  pai?!  Fala logo!

- Filha, ele sofreu um atentado.

- O QUÊ! ?

***

Sem pensar desliguei o telefone e corri em busca de encontrar Victor. Então ouço :

- Sofia, o quê aconteceu? - Falou Beto.

- São aqueles problemas pessoais que te falei. - Continue andando.
Então parei e falei:

- Beto, a propósito,  Victor não é nenhum louco! - Falei e corri.

Logo que vi o segurança, acenei e fui ao seu encontro desesperada. Antes de passar qualquer instrução,  o mesmo já sabia, o meu pai já conhecia minha reação e havia o instruído.

****

Assim que o carro parou nas proximidades de meu destino, no local onde Victor encontrava-se preso e que eu rezava para que ele saísse antes de seguir para uma penitenciária, pude ver meu pai em pé na porta, um pouco inquieto, me aproximei.

- Pai , quero vê-lo! - Abracei meu pai.

- Filha, antes precisamos conversar.

- Agora pai?

- Sofia, você precisa se acalmar e nos ouvir.

Então resolvi ceder e ouvi-los , mesmo com meu coração pulsando e ansiando por Victor.
Meu pai continuou:

- Filha, você só ouviu a má notícia, que foi do atentado contra Victor , mas antes que eu falasse a boa , você desligou.

- Meu Deus! Existe boa notícia em meio a essa loucura?

- Claro meu bem! Victor está livre e vai aguardar o julgamento em casa.

- Como assim? Que notícia maravilhosa!

- Isso mesmo que você ouviu.

- Pai obrigada por tudo. Por está ao meu lado  mesmo não aprovando minha escolha, por cuidar de mim até hoje, por ajudar Victor só pra me ver feliz e por esta aqui agora me dando força. - Então o abracei e chorei.

- Por você eu faço tudo, Sofia. E quero que me perdoe por ter sido um pai tão ausente este tempo todo. Prometo compensa-la.

- Eu vou cobrar senhor Clark Maldonado. Mas agora quero dar a notícia ao meu amor.

****

Segui mais uma vez para aquele sala horrível onde o encontraria novamente, mas dessa vez , era a última naquele ambiente.

Quando os nossos olhares se cruzaram percebi no seu rosto um misto de raiva, tristeza e decepção .
Droga! Ele estava com raiva, acredito que por que não cumpri seu pedido de me afastar daquele ambiente. Mas o que eu podia fazer, se eu o amava e ele sofreu um atentado e ainda por cima seria solto. Então ele precisava me ouvir sem julgamentos. Mas só havia um jeito de acalma-lo.

- O quê faz aqui Sofia ?! Já te falei par...

Fui ao seu encontro e dei um beijo quente e molhado, esplorando cada canto de sua boca,  saboreando o seu sabor e dando acesso para que ele retribuisse, algo que não demorou a acontecer.
Logo que cessamos , ainda ofegantes falei.

- Respondendo a sua pergunta, primeiro, vim saber se você está bem!

Aí aproveitei para tocar em seu rosto e seu corpo em busca de marcas ou machucados.

- Para , estou bem! Só o local do tiro que sangrou um pouco, mas ja fui medicado. Agora estou melhor.

-Que alegria amor. E também vim aqui pra te dizer....

- O quê?  Fala Sofia!

- Você está livre meu AMOR! LIVRE!
Vai aguardar julgamento em casa.

Dito isso, nos abraçamos e sentimos um ao outro com o coração extrema acelerado e feliz, pois ficarmos juntos e sem problemas era algo que parecia ser impossível e naquele momento estava se tornando realidade.
Logo que nossos corações diminuiram a velocidade e nossas respirações se acalmaram, ele disse:

- NÃO VEJO A HORA DE MATAR MINHA FOME E SEDE DE SEU CORPO, MINHA DAMA.

Meu Amor Meu Protetor ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora