(Primeira arte oficial de Quinta Lua, por Bianca de Triana)
Ato I: A Lenda de Yîarien
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"(...) nascera no território dos povos livres de Yl'hinyrm, em uma tribo awbhem reclusa de adoradores das luas. Nossa tribo mantinha as tradições milenares na arte e na veneração dos astros, mas estava longe de ser primitiva. Nós detínhamos o domínio sobre a forja, manufatura de objetos precisos e criação de trajes metálicos refinados. Por sermos pacíficos e nos posicionarmos de modo neutro perante o grande desentendimento dos novos reinos awbhem que se formam nesta Era, as armas apenas fazem parte da caça, das cerimônias e do teatro, onde espetáculos remontam os grandiosos combates de nossos ancestrais.
Como parte da tradição que é seguida à risca por toda a cultura awbhem desde seus primórdios, toda a nova cria era descendente da tribo, e não cativava relações com seus genitores. Nem ao menos os conhecia. O conceito de parentesco funcionava de modo mais amplo: todos formavam uma colmeia unida, com seus integrantes exercendo um papel pré-determinado dentro da sociedade, até que provassem serem melhores em outras funções.
Se Yîarien houvesse nascido como uma fêmea comum, "sywha", desempenharia papéis ligados à caça, cultivo e proteção. Se fosse um macho, "sothe", seria designado a atividades domésticas, artesanato e outros trabalhos manuais. Mas ela era uma lunno, um gênero que estava extinto desde o fim da Segunda Era, que possuía a fragilidade física de um macho e as feições de uma fêmea. Entretanto, como os textos narram, é uma fêmea naturalmente infértil.
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Quinta Lua (Ýku'ráv)
Fantasy(LIVRO COMPLETO) *Fantasia Épica em Terceira Pessoa focada na trama entre divindades vivas e mortas: um testemunho lírico em forma de livro sagrado dentro deste universo próprio* (+18) Sinopse: "A Matriarca nos governava com sua eterna sabedoria. T...