III

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ArianaA casa estava uma tremenda bagunça

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Ariana
A casa estava uma tremenda bagunça. Eu não sei o que aconteceria, mas pelo movimento, e pelos itens que os empregados carregavam, pude deduzir que seria algo importante. Não vi Rose desde que acordei, e também não vi mais nenhum outro morador. Não que isso seja um problema, até por que eu não quero vê-los. Não existe motivo especial para isso, eu apenas quero evitar contato com mais pessoas arrogantes como Justin.

Eu estou presa aqui fazem exatos sete dias. E em todos esses, eu me recusava a comer na sala de jantar como Rose pedia. Eu não conheço essas pessoas e acredito que logo sairei daqui, então nada mais justo do que continuarmos escondidas até que venham me buscar.

Vou em direção até a cozinha, até porque é o único cômodo da casa que eu conheço, e encontro várias cozinheiras conversando descontraídas. Assim que escutam o barulho dos meus saltos, param de conversar e me olham com um sorriso tímido. Algumas susurram entre si coisas que não consigo entender, deixando-me desconfortável.

- Alguém sabe onde está a Rose? - minha voz sai baixa, é quase impossível de escutá-la.

- Não sabemos. Quem é você? - uma das cozinheiras me olha com desdém, como se fosse superior á mim. Talvez pelo fato de nunca ter me visto. Eu não sou o tipo de pessoa que esfrega minha posição social na cara das pessoas, e nem desprezo os outros, mas pelo amor de Deus, quem diabos ela pensa que é?

- Não lhes diz respeito. Agora voltem ao trabalho. - A voz de Rose atrai a atenção de todas nós. - Bando de cobras. - susurra a última parte, mas eu consigo ouvir.

- Rose! Estava te procurando. - me aproximo dela, que sorri amigavelmente.

- Peço perdão, senhorita. Como pôde perceber, essa casa está uma correria. - ela sacode as mãos.

- Qual o motivo?

- A chegada da madame Sofia. - Ela começa a falar até perceber que as cozinheiras estão prestando atenção. - Eu mandei voltarem ao trabalho! - manda novamente, e me puxa pelo braço até o quarto. - Perdoe-me se te machuquei.

- Não se preocupe.

- Bem, como eu ia dizendo; Madame Sofia estava viajando á negócios e ela volta hoje. Ela aproveitou para comemorar o aniversário adiantado. - revira os olhos.

- Não gosta dela?

- Não é isso. Sofia gosta de tudo extravagante, e fazer as coisas da forma que ela quer, exige muito de nós. - Somos interrompidas quando a porta é aberta. Um homem muito bem vestido, aparece sorrindo.

- Desculpe incomodar as madames.
- Ele foca seu olhar em mim. - Prazer Ariana, eu sou o Chaz.

Como ele sabe meu nome? Dou um sorriso fraco, mas não digo nada. Ele não parece se incomodar, pois me olha por alguns rápidos segundos, e foca seu olhar em Rose. Os dois saem do quarto, e ficam fora por alguns minutos. Quando a porta se abre novamente, revelando apenas Rose com uma expressão não muito amigável, percebo que o papo não foi muito agradável.

- E então?

- Perdoe-me menina, mas parece que a senhorita não poderá participar.

- Oh... por que não?

Não que eu realmente quisesse participar de toda essa puxação de saco, mas não esperava que não me deixassem participar. Na realidade, eu não participaria de qualquer forma. Tudo o que eu menos quero é ir para qualquer tipo de comemoração que seja.

- Mr.Justin... - ela começa, mas é cortada por Chaz, que entra novamente.

- Eu aposto que ele tem medo de que sua beleza ofusque a das outras - diz, fazendo-me corar. - Espero que não fique magoada, miúda.

Nego com a cabeça. - Sem problemas. Eu não queria ir mesmo.

- Rose, me acompanha? - ele a chama, após dar um breve sorriso. Os dois se retiram novamente, me deixando a sós.

[...]

Não há nada para fazer dentro deste pequeno cúbiculo, então eu opto por pegar o pequeno caderninho que está em cima do criado mudo, e sair explorando a imensa casa. Ao julgar pela música clássica alta vindo do salão, a "festa" já começou. As pessoas estarão ocupadas demais focadas em pararicar o anfitrião, jamais prestariam atenção em mim.

Caminho por toda o jardim enquanto carrego meu diário com a minha mão esquerda. Meu celular estava no meu bolso, e me assunto assim que ele começa a vibrar.

"Alô?" digo após deslizar o dedo no ecrã permitindo a chamada.

"Caramba, Ari! Eu só fiquei sabendo agora. Sabe que eu estava de castigo e tudo mais. Como você está?" Nicki diz preocupada. Por ela ser a única amiga verdadeira que tenho, resolvo não ser tão mau educada como eu seria caso fosse outra pessoa.

"Respirando" respondo sem ânimo.

"Ele é bonito pelo menos?"

"Bonito, arrogante e... não fala muito" dou de ombros.

"Boa sorte amiga" ri fraco.

"Eu vou precisar mesmo. Mas é temporário, só até localizarem minha tia."

Nicki é minha melhor amiga desde sempre. O padrasto dela era advogado do meu pai, e já que ele sempre se metia em escândalos, e Nathan precisava sempre estar por perto, Nicki e eu ficamos bastante próximas.

Podiam ter me deixado com Nathan. Eu estaria mais feliz.

...

FIX MEOnde histórias criam vida. Descubra agora