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Ariana Grande

Dias se passaram e já estávamos praticamente nas últimas semanas de Janeiro. Nesses últimos dias, Esther tem sido minha maior companhia, ainda mais agora que os meninos estão saindo com suas novas companheirinhas como Christian gosta de chamar.

Sofia passa todo tempo que tem livre com o Matt, o que é compreensível, mas ruim ao mesmo tempo porque nem a implicância dela eu estou tendo ultimamente. Eu nunca me importei com a atenção que ela dava ao noivo, porque eu também tinha atenção. Mas agora, eu estou só.

Justin passa mais tempo na empresa do que aqui. Hailey já chegou a ligar para Ryan ir lá tirá-lo de dentro daquele escritório porque ela não iria deixá-lo lá sozinho de madrugada. Neste dia, eu até tentei ficar acordada até mais tarde para conseguir vê-lo, mas não deu certo.

Eles não apareceram aqui.

Honestamente, quando eu fiz aquela pergunta à Justin, eu destruí todas as chances de ter algo com ele, porque é óbvio que ele ainda ama a Selena, e é óbvio que o que ele sentiu por mim não é forte o suficiente pra suprir esse amor. E se caso ele supere a garota, não será por mim que ele irá se apaixonar novamente, e não será por mim que ele passará o resto da vida. É isso que minhas paranóias me dizem e eu acredito nelas.

Como cortamos quase cem por cento do contato, eu estou excluída de todos os assuntos dos garotos, porque eu só sabia por que fazia pressão neles para me contarem, mas agora eu não tenho mais esse direito. Moro aqui, eles são a minha família, mas eu não quero parecer tão entrona. Antes era fácil porque eu poderia usar o Justin como "desculpa" para que eles me contassem. Agora é diferente, eu sinto que não tenho mais esse direito.

Além do mais, eles crescidos, sabem se cuidar e eu não sou a mãe de ninguém ali para exigir que eles me contem alguma coisa. Mas eu sei que tem algo acontecendo, porque sempre que eles estão em casa, vão direto para o escritório e ficam lá por horas conversando.

A porta se abre mas não me viro para ver quem é, porque não será quem eu queria que fosse. Mas aí eu ouço a voz dele, e meu coração dispara. Quero que ele venha falar comigo, mas ele dá uma ordem á algum empregado, e sobe as escadas. Ele nem se deu o trabalho de virar o rosto na direção em que eu estava.

E então eu tenho vontade de chorar. Não por causa da atitude dele, mas porque eu acabei com tudo. Porque de certa forma, eu sinto que ele está tentando me superar, ao invés de superar a ex-noiva falecida. E me deixa super mal o sentimento de raiva que eu tenho dela, porque mesmo não estando mais aqui, eu a culpo pelo fim do meu relacionamento.

Desliguei a televisão e fui até a biblioteca. Observei o piano e o piano me observava.

Sento-me no mesmo e toco algumas teclas, até realmente começar a tocar a música que eu havia começado a escrever. Eu não consegui encontrar um final pra ela, o que me deixa um pouco frustrada.

Eu compus essa música durante esses dias que fiquei "só". Eu estava sentindo uma falta absurda dos meus pais, e daria qualquer coisa para ter um daqueles sonhos no qual eles aparecem e começam a conversar comigo, mas infelizmente isso não existe. Pelo menos, não comigo

Antes de tocar, peguei meu celular e abri a galeria selecionando uma foto que minha antiga governanta havia tirado de nós três. Juntos. Sorrindo.

Posicionei meu celular no teclado, usando o vaso de flor que havia em cima do mesmo para posicionar meu celular. Sorri observando a foto e comecei a tocar de novo. Ver fotografias de certos momentos me ajudam bastante á ter ideias para compor, então eu imagino que agora me ajude.

- I've been thinking 'bout you
Yeah, I been missing you
Where the hell are you, oh
When I need you?

I can still hear your voice
I ain't got no choice
Cause I'm here all alone
I know I can't wait 'til you get home

FIX MEOnde histórias criam vida. Descubra agora