Henry entrou no restaurante ainda com dificuldades de andar por conta do incidente ocorrido na noite anterior. Sua vontade de ver Bieber sofrendo para o resto de sua vida havia triplicado de tamanho. Reconhecera que claramente a idéia de ir até a casa do mesmo na intenção de provocá-lo não foi nem um pouco esperta, mas ao ver que a sobrinha havia acreditado na sua história fez tudo valer à pena. Sem contar na incrível recompensa que ele ganhou, que faria tudo se desenrolar como ele planejava.
Quando a encontrou sentada na mesa mais afastada, abriu um sorriso maldoso que logo foi retribuído pela mulher, a mesma que tivera um caso um tempo atrás. Claro que o fato de ela não ter guardado mágoas dele foi algo que realmente o surpreendeu. Ambos não tiveram um fim muito bom no relacionamento, oito anos atrás, mas por sorte foram maduros o suficiente para não guardarem ressentimento um do outro.
Lá estava ela com seus cabelos devidamente presos, penteado que ele conhecia muito bem e que teve o prazer de desfazê-los em algumas ocasiões.
Henry espantou esses pensamentos de sua cabeça ao se sentar na cadeira à sua frente. Ela já havia pedido uma garrafa de vinho e a taça vazia o esperava. Após encher a taça pela metade e tomar um gole, eles puderam finalmente ir direto ao assunto.
- E então, o que conseguiu? - A de cabelos castanhos pergunta na esperança de que consiga algo o suficiente para que complete seu trabalho.
- Eles estão juntos. Não me deram provas nenhumas disso, porém eles claramente tem algo. - Henry começa mas para ela não é o suficiente, até porque, disso ela já sabia, mas não havia provas. - Infelizmente o imbecil daquele garoto não conseguiu tirar nem uma foto que prestasse dos dois, e sempre que conseguia eles estavam apenas conversando. Na droga daquele quarto também não havia nenhuma prova incriminadora, só haviam objetos e roupas da menina. Inútil até depois de morta.
Ao ouvir a última frase, Claire olhou para ele com o seu pior olhar. Como se pudesse matá-lo ali mesmo apenas com a força do pensamento.
- Me perdoe. - ele sorri sem graça. - Continuando. Meu celular já estava posicionado num ângulo bom e filmou a ordem do Bieber para me agredir, e a agressão. Pretendo ir na delegacia hoje mesmo.
- E onde eu entro nessa história? - ela arqueia a sobrancelha curiosa.
- Você não é a responsável pela investigação da morte do meu irmãozinho? Então, tudo o que eu tenho que fazer é ir lá com o vídeo no qual eles me agrediam ás ordens do poderoso Bieber. Assim que eu editá-lo para cortar partes comprometedoras, claro. - ele se gaba e a mulher revira os olhos. - Meus homens estão quase encontrando todos os homens no qual ele matou. Ele foi o último a falar com todos os vinte e sei lá quantos, e isso são provas suficientes para incrimina-lo. - Henry vê que a mulher não está convencida e prossegue:
- Ligaram anonimamente para Justin Drew Bieber solicitando a execução de Henry Butera. Ele já está mais do que acostumado a matar membros dessa família. E olha só que coincidência, dois dias depois da suposta ligação, Henry é espancado pelos os seguranças de Justin que seguiam perfeitamente as ordens do mesmo. - ele sorri satisfeito. - temos até um vídeo para provar.
- Tentador Henry, bastante tentador. Mas eu não tenho ligação nenhuma que o Bieber foi quem matou os Butera. Sem contar, que eu quero aquele bosta morto. Prisão perpétua pra mim não é o suficiente. Ele matou a minha sobrinha Henry!
Claire afirmava aquilo com tanta convicção que qualquer um poderia acreditar no que ela falava, se não fosse pelas manchetes nos jornais dizendo que havia sido um acidente. Porém, apenas ela e a família sabiam que não era.
- Aí que entra o caminhoneiro. O paguei suficientemente para que ele contasse a verdade sobre o que realmente aconteceu naquela noite. Ainda temos o vídeo dele autorizando que os seguranças me agredissem, a ligação que eu irei forjar, e, com as fotos do meu infiltrado, podemos forjar algumas imagens. Além de ser um assassino de aluguel, quase matou um empresário, matou um dos casais mais ricos do país, e ainda é pedófilo. - Henry sorri malicioso e é acompanhado pela detetive. -Agora me diga, o que te impede de prendê-lo e de ordenar a ida dele para a cadeira elétrica? Por favor querida! Sabemos muito bem que aquele juiz beija o chão que você pisa. Não é difícil convencê-lo a fazer o que você quer.
A Detetive pensa alguns segundos.
- Preciso analisar o contrato de adoção porque sei que o mesmo não é permanente... mas é certeza de que a garota só será independente depois dos vinte e um e ela ainda tem o quê, menos de dezoito? Então isso não será nenhum problema. Temos acusações, uma confissão, e provas que o incriminam. - ela sorri. - Me diga Henry, o que você ganha com a prisão dele?
- Eu sou a família mais próxima da praga. A empresa do meu irmão está no nome de Justin até que ela se torne de maior. Se ele for preso, a guarda, assim como a direção da empresa irá para mim. E quando eu recuperar tudo o que é meu por direito, minha amada sobrinha sofrerá um grave acidente e irá encontrar os pais. A empresa será toda minha finalmente e Justin irá sofrer quando souber da morte da namoradinha. E quando ele já tiver sofrido o suficiente, você, que terá dito para o juiz prolongar a sentença da cadeira elétrica, apenas para que ele veja a namorada sendo morta, irá autorizar a execução dele. Pronto! Ele sofre como eu quero, e logo após, morre como você quer. Não é tão difícil já que você manda naquela delegacia praticamente.
A detetive levanta a taça com um sorriso satisfeito no rosto. Henry repetiu o gesto.
- Vamos prender Justin Bieber. - os dois brindam e depois de conversarem mais detalhadamente sobre o plano, se despedem e saem do restaurante, cada um, seguindo um rumo diferente, fingindo que não se conhecem.
Nada daria errado.
[...]
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FIX ME
FanfictionPerder meus pais tão cedo nunca esteve nos meus planos. Ir morar com um desconhecido também não estava. Eu sempre achei que meus pais não haviam segredos; mas com o passar do tempo eu percebi que estava enganada. Tudo o que eu vivi foi construído a...