XVIII

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Ariana Grande
Eram umas três e meia da manhã, quando finalmente tomei coragem para levantar e ir até a cozinha beber água.

Sei que geralmente "coisas" começam a acontecer a partir das três da manhã, mas eu estou com sede demais para me preocupar com isso. Obviamente eu não vou com as luzes apagas, não sou tão idiota assim. Ascendi todas as luzes que poderiam estar acesas naquele momento - que eram apenas a da cozinha, mas tudo bem -.

Quando subo as escadas de volta para o meu quarto dando saltinhos para evitar ser pega pelo demônio, ouço ruídos vindos da porta do quarto de Justin.

- Não! E-eu não fiz isso - ele resmungava baixinho quando me aproximei para ouvir. Ele estava tendo um pesadelo? Oh Ariana, que pergunta mais idiota, meu subconsciente me provoca.

Tomei a liberdade para entrar no quarto do mesmo, me deparando com uma outra casa praticamente. O quarto dele é gigantesco! Lá estava ele, deitado apenas com uma cueca e com os cabelos molhados do que eu deduzi ser suor. Oh perdição.

-Ei, Justin - balanço-o. - Justin acorda! -Ele abriu os olhos rapidamente e sua respiração ofegante voltou ao normal quando me viu.

- O que...

- Você teve um pesadelo. Quer um pouco de água? Posso ir buscar pra você. - ele se senta colocando os pés no chão. Justin limpa a testa com a coberta.

- Por favor.

Volto na cozinha desta vez, sem medo do capeta, pegando uma jarra de água e um copo. Entro no quarto novamente e Justin está me esperando na mesma posição de quando eu saí. Meu corpo reage automaticamente. Odeio quando isso acontece.

- O que foi? - pergunto entregando a água para ele.

- Você. - ele enche o copo com água, bebendo em seguida. - Está corada.

- Ata. - reviro os olhos. Ata Ariana? Você acabou de se entregar. - Você precisa de mais alguma coisa? - mudo de assunto.

- Só que você não saia daqui. - Ok, e antes eu estava vermelha, agora eu estou o que? - Você se importaria?

- Tudo bem. - Apago a luz e sigo em direção à cama deitando-me do seu lado. Virei de costas para ele, tentando evitar qualquer contato possível, mas ele se aproximou e passou o braço pela minha cintura, juntando nossos corpos.

Se eu vou dormir? Mas é claro que não.

Quando amanheceu, Justin não estava mais ao meu lado. Apenas o seu cheiro. Poderia passar dias aqui que não me importaria.
Não havia ninguém em casa quando me levantei. Fui até a cozinha e o café da manhã estava na mesa, mas não havia ninguém. Olhei no calendário, e me dei conta de que faltava um mês pro meu aniversário.

O frio na barriga foi instantâneo. Este vai ser o meu primeiro - de muitos outros- aniversário que eu vou passar sem meus pais. O que eu estou sentindo agora, é algo que eu não desejo pra ninguém.

- Você está querendo mover esse calendário com a força da mente? - a voz de Sofia me tira dos meus pensamentos, e eu a encaro.

- Quase isso. - murmuro.

- O que foi? - ela se aproxima.

FIX MEOnde histórias criam vida. Descubra agora