XXVIII

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Ariana Grande

De conchinha com Justin Bieber.
Foi exatamente dessa forma que eu acordei, duas horas atrás. Não durou muito porque ele precisava ir trabalhar, e por mais que o pedido para que ele ficasse estivesse entalado na minha garganta, não poderia deixar que ele vivesse por minha conta. Além do mais, eu tenho que trabalhar no pequeno trauma que eu ganhei.

Agora no banheiro, retiro os curativos com cuidado, sentindo a dor dos meus pêlos sendo puxados pelo os mesmos. Que coisa mais insuportável. Após ter puxado o terceiro curativo, e ver que nos meus braços e nas minhas costas ainda tem um monte, vou até o corredor e grito por Rose, voltando para o banheiro em seguida. Não consigo fazer isso só. Não mesmo.

Meu anjo da guarda apareceu no banheiro como num passe de mágica, sorrindo acolhedora para mim assim que percebeu o que eu queria.

- Tirar isso dói, me ajuda. - Peço com a voz manhosa sentindo uma vontade imensa de chorar. Talvez eu esteja carente, ou na tpm, ou simplesmente esteja com medo de que isso possa acontecer novamente. Não sei o que eu tenho, mas eu não me importo de segurar as lágrimas enquanto Rose me ajuda a puxar os curativos.

- Querida, o que eu vou dizer agora, não é para te ofender, longe disso... - Ela começa. - Eu quero lhe ajudar, então espero que não leve isso como uma ofensa.

- Pode dizer, Rô. - chamo-a pelo apelido.

- Talvez você precisasse procurar ajuda profissional. Essas marcas estarão com você por um tempinho, e vê-las sempre pode fazer mal para você. - Encaro nosso reflexo no espelho, fechando os olhos quando sinto o curativo doer novamente.

- Talvez. - eu respondo simplesmente, considerando a ideia.

Rose cuidadosamente coloca as mãos nos meus ombros e eu estremeço fechando os olhos mais uma vez.

- Você ainda o sente, não é mesmo? - concordo com a cabeça sem dizer nada. Eu ainda o sinto me segurando pelos ombros. Como se o peso de suas mãos ainda estivesse sobre mim.

- Rose, você acha que... foi o Justin? - pergunto com medo de sua reação, mas eu precisava expor esse meu pequeno medo para alguém, que não corresse risco de contar ao loiro.

- Se ele estivesse em casa, querida, eu duvidaria dele de primeira. Nunca se sabe quando ele pode ter um surto novamente, embora você tenha o ajudado bastante com isso. Mas ele não estava aqui. Não sabemos quem entrou, mas seja lá quem for deu um jeito para não ser visto. Não foi ele querida, e Justin está movendo os céus para descobrir quem foi. - Saber disso, me acalma mas não totalmente. Significa que seja lá quem fez isso ainda está à solta por aí.

Me perco nos meus pensamentos, e nem percebo quando Rose termina de puxar o último curativo na minha coxa. A banheira já está cheia e ela me ajuda a me sentar na mesma. Eu disse à ela que não precisava me ajudar com o banho, porém ela não deu muita atenção, e continuou me esfregando gentilmente para não me machucar.

Já de roupão, Rose passa a pomada receitada pelo doutor Hills, e pergunta se quero colocar os curativos novamente. Eu assinto porém dessa vez, ela coloca algodão por baixo para que só as duas pontas do curativo fiquem presos na minha pele, assim não irá doer da forma que doeu da próxima vez que eu os tirar. Não sei porque não pensamos nisso antes. O alívio chega a ser instantâneo.

- Vista-se querida. Você tem visita. - Ela diz após pentear o meu cabelo, também com cuidado por conta dos machucados. A roupa que Rose escolhe pra mim é um macacão de manga cumprida que esconde bem os meus machucados. Sei que todos aqui de casa sabem o que aconteceu, mas não quero que eles fiquem me encarando com mais dó do que já estão.

- Pete? - pergunto sentindo um frio fora do comum ao mencionar seu nome. Rose assente e então peço à ela para checar minha temperatura. Quando ela sai do quarto para pegar o termômetro, vou até o closet e procuro uma bota para poder calçar.
Quando termino, a porta se abre novamente revelando Pete com uma caixa de bombons na mão, em forma de coração.

- Oi pequerrucha. - sorrio fraco, ainda sentindo o frio percorrer meu corpo.

- Olá.

- Fiquei sabendo do que aconteceu. Você está bem? - balanço a cabeça positivamente e ele vem até a cama e se senta do meu lado, me entregando a caixa. - Trouxe para você. Talvez te faça se sentir melhor. - pego os bombons e sorrio em forma de agradecimento.

- Obrigada Pete.

- É o mínimo. Eu queria tanto estar aqui pra proteger você, porém seu guarda-costas não foi muito com a minha cara e eu tive que ir.

- Está tudo bem. Já passou. Obrigada.

Nossos olhares vão para a porta que se abre novamente revelando Rose com um secador e com o termômetro. Ela sorri para Pete que se levanta alegando que tem um compromisso.

- Se precisar de mim, me liga. - ele coloca a mão no meu ombro e o arrepio vem novamente, porém dessa vez um pouco mais forte. Talvez por ele ter dado um tapa de leve no mesmo. Ignoro a sensação enquanto vejo-o se afastar de mim e sair pela porta.

- Vamos medir sua temperatura e secar esse seu cabelo.

[...]

Já na sala, estou deitada no sofá vendo um programa aleatório na televisão quando ouço a porta se abrir. Sofia vem até mim com algumas - varias - sacolas na mão e eu me sento pra que ela tenha espaço no sofá.

- O que é tudo isso?

- Eu quero animar você. Estou te achando muito murchinha e é péssimo saber que não foram minhas provocações que fizeram isso. - ela diz com humor e eu reviro os olhos. - estou brincando, porém falo sério.

Ela me entrega uma das sacolas e eu vejo vários enfeites de Halloween dentro da sacola. O meu humor muda totalmente quando eu vejo todos os enfeites que ela comprou. Haviam abóboras, teias falsas de aranha, alguns copos de plástico com mãos falsas, olhos falsos; alguns com sangue outros não, seringas para colocarmos bebidas, e varias outras coisas.

- Está preparada para a melhor festa de Halloween que você terá na sua vida? - ela diz balançando uma mão de zumbi.

Rio e concordo com a loira. Sofia pega na minha mão e me leva até a cozinha para que possamos separar os enfeites.

Quando está tudo espalhado no balcão, os meninos entram nos olhando confusos. Sofia está com sangue falso espalhado pelo pescoço e eu estou com uma dentadura de vampiro. Olhamos com um sorriso travesso para os três que balançam a cabeça negativamente ao nos verem.

- O que vocês estão aprontando...

- E porque não...

- Nos chamaram?

Eles dizem completando a frase um do outro e nós acenamos com a cabeça pra que eles se juntem a nós. Em silêncio, torci baixinho para que Justin também chegasse à tempo e se divertisse conosco.

[...]

Hey!
Passei aqui no finalzinho, só
para pedir que passem no perfil da
it_lovely para dar um apoio nas fics dessa
maravilhosa, incrível, e maravilhosa novamente. Inclusive à "Dangerous" que tem FM
como inspiração (Olha como estou chique).
Conto com vocês!

Nos vemos em breve
Amo vocês ♥️

FIX MEOnde histórias criam vida. Descubra agora