Perder meus pais tão cedo nunca esteve nos meus planos. Ir morar com um desconhecido também não estava. Eu sempre achei que meus pais não haviam segredos; mas com o passar do tempo eu percebi que estava enganada. Tudo o que eu vivi foi construído a...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ariana Não havia ninguém em casa. E com ninguém, eu quero dizer Chaz, Ryan, Chris, Sofia e Justin. Os funcionários estavam no seu horário de almoço, e como eu queria explorar a casa, convenci Rose de ir descansar e que eu ficaria bem. É claro que ela não confia 100% em mim, principalmente por que eu tenho cara de ser uma menina muito curiosa. Só não tenho cara, como sou. Ela me deu mil e uma restrições sobre onde eu posso ou não ir. Não me sobrou cômodo nenhum, para ser sincera. Mas é claro que eu não irei obedecê-la.
O que tem de tão importante nesses quartos que eu não posso ver? No máximo, camisinhas jogadas no chão eu aposto.
Eu não saio do meu quarto quando eles estão aqui. Não porque eu não me sinto segura, mas por não querer ver ninguém mesmo. A memória dos meus pais sendo esmagados ainda toma conta de mim, e eu sinto que esquecer um momento sequer deles é algo ruim. Eu não posso esquece-los. Por isso, vivo relembrando dos momentos bons até a última vez em que os vi.
Não sou criança mais - embora meu tamanho deixe a desejar, sei me virar sozinha.
Devido entrar na primeira porta da esquerda. A sala de estar. Ela era grande, haviam sofás e poltronas espalhadas pelo o cômodo e uma janela gigantesca com um assento que dava vista para o jardim e também era possível ver a entrada do condomínio mais afastado.
A televisão era gigantesca e estava presa na parede. Em baixo da mesma, havia uma lareira elétrica. Retratos estavam pregados na parede. Nessas fotos, todos os cinco pareciam bastante felizes. Justin não aparecia em todos os retratos, mas nos que aparecia, seu semblante era menos carregado do que o habitual. As fotos não são de agora, eles parecem mais novos e felizes, me pergunto o que aconteceu para que todos ficassem assim... sérios.
Saio da sala e vou para a próximo cômodo, separado do hall de entrada por portas duplas. Abro apenas uma porta e me deparo com um salão gigantesco. Ele dava no mínimo umas três salas de estar. O espaço era inteiramente aberto, e havia um lustre imenso no centro. As janelas imensas estavam fechadas por cortinas escuras. Era lindo.
Vou para o centro e me imagino num vestido longo e armado; meus amigos ao redor conversando distraídos com roupas de gala. O meu príncipe encantado que não possui rosto se aproxima de mim e me chama para dançar. Mamãe e papai olham orgulhosos para nós dois enquanto dançamos.
A imagem de tudo isso some na mesma velocidade com qual apareceu. Encaro o ambiente vazio e as lágrimas ameaçam voltar mas eu as seguro. Não vou chorar aqui correndo o risco de alguém me ver.
A próxima porta, ficava mais escondida e bem próxima á escada que dava para o segundo andar.
Uma biblioteca gigantesca. Dois andares cheios de livros, e com um piano no canto direito do cômodo. Do lado das pilastras à umas mesinhas de madeira com pequenas plantas em cima. Um relógio de pêndulo encostado no centro da parede, e uma imensa janela coberta pela cortina.
Isso daqui é o paraíso!
No centro temos uma lareira e dois sofás. Acima da lareira uma televisão de muitas polegadas. Desço os pequenos degraus e vou até as prateleiras. Justin poderia muito bem me colocar para dormir aqui. Com certeza esses sofás são melhores que a cama que eu durmo. Vou até o piano que estava todo empoeirado e toco nas teclas.
- Mamãe, eu quero aprender a tocar piano também. - a mulher sorri para a filha enquanto a cobre com o cobertor.
- E por que você quer aprender?
- É tão lindo. E eu quero tocar junto com você. - ela beija a bochecha da filha, que boceja antes de fechar os olhinhos.
- Então, vamos aprender.
Uma lágrima solitária escapa dos meus olhos, e eu a enxugo rapidamente. Ouço passos e vozes. Para não saberem que estou aqui, me afasto do piano e encosto meu ouvido na porta esperando que o barulho vá embora para que eu possa sair sem descobrirem que estive aqui.
[...]
Eu estou me sentindo mal por que o Wattpad me perguntou se eu gostava dele e aí eu achei que eu teria que ir na App Store avaliar, então eu disse não. Aí ele mandou outra mensagem dizendo "sinto muito por saber disso, como podemos melhorar?" Me sinto um monstro, rs.
