XIX

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Ariana Grande

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Ariana Grande

- E então, você coloca as duas bolas assim... - Pete meche as mãos de forma engraçada enquanto monta o seu sorvete. O sorriso no meu rosto mostra claramente como estou me divertindo com ele hoje. Isso é até bom, levando em conta que no primeiro momento eu fiquei receosa de sair com ele por conta de Justin. Eu não consegui esquecer a expressão indecifrável de seu rosto.

Me distraindo indiretamente, Pete cutuca o meu ombro me entregando o sorvete. Resmungo um "obrigada" e nós saímos da sorveteria observando o céu azul e cheio de nuvens. O dia estava ótimo.

- No que tanto pensa? - Ele me pergunta, após tirar a colher do sorvete da boca. Pete é um cara bastante atraente. Tudo nele é charmoso. Desde o cabelo descolorido até algumas poucas pintas que ele tem espalhado pelo rosto. Esse homem é maravilhoso. Não preciso dizer que ele chama a atenção de quem passa por nós, talvez pelo sorriso contagiante ou pela beleza, eu não saberia dizer ao certo.

- Não sei. Em você. - mudo a resposta sem pensar duas vezes no que estava dizendo. - Quero dizer, na sua forma contraída de ser sabe? É tão divertido.

Ele ri nasalado.

- Fico agradecido. Não parece muito forçado? Às vezes acho que sou feliz demais.

- Bom, se você estiver realmente feliz e não fingindo, então não. Não está sendo forçado.

O assunto se encerrou por aí. Me questionei se talvez ele não tenha parado para pensar se estava realmente sendo verdadeiro em suas emoções. De qualquer forma, a hora do almoço chegou mais cedo do que o esperado e como eu havia prometido, pedi que Pete me levasse para casa.

Já na mansão, tudo estava quieto porém, eu consegui ouvir o barulho das talheres irem de encontro com os pratos de porcelana enquanto as pessoas comiam. Convidei Pete pra entrar mas ele recusou com um sorriso amigável entrando em seu carro e desaparecendo pelo mesmo caminho que me trouxe.

Subi as escadas aproveitando que ninguém sabia da minha presença e fui para o quarto para trocar de roupa. Deixei minha bolsa em cima da escrivaninha e desci os dois pequenos degraus em direção á minha cama. Eu estava exausta e sem nenhum pingo de fome.

Aproveitei que já estava na cama, e fechei os meus olhos.

[...]

Acordei com a estranha sensação de estar sendo observada. Cocei meus olhos antes de me sentar e o susto é instantâneo assim que reconheço onde estou. Ainda continuo no meu quarto, porém, havia um homem moreno com a barba feita, totalmente de preto parado na porta do meu quarto me encarando.

Eu gritei. Gritei como nunca havia gritado antes esperando que ele saísse ou que alguém chegasse para tirá-lo daqui. Porém, nada disso aconteceu. Quer dizer, vieram pessoas sim no meu quarto, mas não para tirar esse cara daqui.

- Pra que gritar dessa forma? - Justin é o primeiro a dizer algo quando a porta se abre. Ele está acompanhado de Rose que estava com o rosto pálido e de Chris que segurava uma frigideira.

- Quem é esse cara?! - aponto para a estátua que continuava parada ali, sem se afetar pelo movimento que ele mesmo havia criado. Cínico.

- Esse é o Morgan. Seu novo guarda-costas. - Franzo o cenho. Não mesmo que eu tenho um guarda-costas. Isso tudo porque eu saí com o Pete?

- Qual a necessidade?

- Sua segurança. - Justin responde rápido. Flashbacks sobre o nosso pequeno encontro na biblioteca vem à tona na minha mente, como um tsunami e eu ruborizo. Trato de voltar minha mente para o ambiente em que estamos e reclamo logo em seguida.

- Segurança?! Ele vai fazer o que? Me segurar se eu cair da escada? - faço bom uso do deboche para deixar bem claro que não estou confortável e não aceito essa situação.

- Talvez eu devesse te deixar cair mesmo pra você aprender a controlar sua boca. - Reviro os olhos querendo matá-lo pela forma com que falou comigo. Tudo bem que foi merecido, mas eu não sou obrigada a aceitar o que esse cara quiser fazer comigo. Não mesmo.

Eu não preciso de um guarda-costas! Oras, eu não sou ninguém importante ou famosa pra precisar sair com um cara me protegendo.

- Não preciso dele.

- Você não decide o que você precisa ou não. Quem decide sou eu.

- Você não manda em mim.

- Tenho papéis que mostram o contrário. Quer ver? - Ele tira o celular do bolso e em seguida me encara. - Você é a mais nova órfã com uma conta bancária bem gorda. Todo mundo que puder imaginar irá se aproximar de você para tirar proveito. Experiência própria. Morgan é treinado para identificar essas pessoas e deixá-las longe de você.

Ele foi bem imbecil usando o termo órfã, e isso me afetou bastante. Porém, ele não pareceu se importar nem um pouco. Ele não se importa, essa é a realidade.

- Não preciso dele.

- Não é você quem decide. - Sem paciência para o que eu vou dizer a seguir, Justin simplesmente sai do quarto ainda com o celular na mão. Encaro Chris e Rose esperando que ambos digam algo, porém não foi o que eu esperava ouvir:

- É para o seu bem querida. - Rose me oferece um sorriso acolhedor. Os dois saem do quarto quando percebem que não vou falar mais nada.

- Você, lá fora! - digo encarando o meu novo guarda-costas. Ele arqueia a sobrancelha e eu quero matar o Justin por tal audácia. - Quer me ver pelada é?

Sem dizer nada, Morgan sai do quarto e fecha a porta. Porém não ouço seus passos se afastando o que indica que ele está parado do lado de fora.

Eu mereço!

[...]

FIX MEOnde histórias criam vida. Descubra agora