Diga sim

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~ Lauren Jauregui ~

— Camz? Camila?? — Eu chamava por ela, mas não tinha nenhuma resposta. O elevador caiu mais alguns andares e eu gritei assustada, pois segurava a cabeça de Camila entre as mãos e não queria que ela se machucasse ainda mais — Amor, por favor, me responde — As luzes se acenderam e o elevador começou a descer normalmente. Infelizmente, não foi o suficiente para me acalmar, pois Camz não me respondia e seus olhos pareciam desfocados — Camila, não faz isso comigo, por favor, por favor! Eu pedia tomada pelo pânico assim que uma linha fina de sangue começou a escorrer por sua testa — CAMILA! — Gritei em vão. Ela apagou.

Assim que Camila apagou as portas se abriram e havia três seguranças esperando por nós e alguns estranhos. Comecei a gritar por ajuda e eles pareciam aturdidos, o que me deixou extremamente irritada.

— Mas que porra!! Liguem para a ambulância!! Chamem ajuda, vocês não estão vendo que ela esta desmaiada? — Falei incrédula, mas pelo menos um deles se mexeu e começou a chamar socorro pelo rádio.

Eu já chorava vendo Camila apagada em meu colo e chamava seu nome sem parar, tentando conter o desespero que tomava conta de mim, meu coração batia dolorosamente, em completo pânico. Uma pequena multidão se aglomerava na frente do elevador, mas os dois seguranças não deixava ninguém se aproximar. Ouvi um deles falar algo como "É melhor ninguém tocar na garota até o socorro especializado chegar, pois pode causar fraturas mais graves" e o outro "Deem espaço para que ela possa respirar". Eu tentava manter o controle, mas minhas lágrimas escorriam livremente por meu rosto, chegando a pingar em Camila.

— Não faz isso comigo, você tem que acordar pelo amor de Deus! — Eu pedia em voz alta, minha garganta já estava dando um nó.

— Que merda é essa?

— Dinah! — Chamei ao reconhecer a voz da pessoa que se esforçava para passar entre a multidão.

— Porra, o que aconteceu, Lauren?

— Ela apagou! Dinah, me ajuda, por favor! — Eu estava em prantos, implorando para que estivesse tudo bem com Camz, mas o sangue em sua testa só servia para me desesperar ainda mais.

— Já chamaram por socorro? — Perguntou.

— Já!! Eles não chegam! Dinah, ela esta sangrando!! — Falei o óbvio.

— CADÊ ALGUÉM PARA ATENDER AQUI, CARALHO? — Dinah gritou irritada se referindo aos médicos — Taylor, vá procurar as meninas e o pai de Lauren. Mande mensagem, qualquer coisa! Fala para virem pra cá agora!

— Esta bem! — Taylor concordou e saiu andando.

— Por favor, fala comigo, Camila. Por favor, por favor... — Eu repetia isso sem parar.

— Calma, Lauren! Ela esta bem, vai ficar tudo bem — DJ se abaixou do meu lado, tentando me tranquilizar. Olhei para ao redor para ver se aparecia algum médico, mas nenhum sinal deles. Apenas um garoto idiota gravando tudo com o celular, mas ignorei, pois estava preocupada demais com Camila

— Você tem algum problema, otário? — DJ falou para o garoto. Com certeza ela se importava com o que ele estava fazendo, pois foi na direção do rapaz e arrancou o celular de sua mão, jogando no chão com violência.

— VOCÊ É DOENTE, GAROTA? — Ele gritou a empurrando — EU VOU TE PROCESSAR!

— Vai se foder, babaca! — Dinah respondeu e o empurrou com mais força ainda — Tirem esse merda daqui! — Falou para um segurança que obedeceu na hora. Todos os funcionários do meu pai, até os novos estavam cientes de que Dinah é praticamente como uma filha para Mike, por isso uma ordem dela é a mesma coisa do que uma minha. O garoto foi pego pelo colarinho e levado na direção da saída, resmungando alguma coisa.

Camren - Resistir ao IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora