Confronto

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~ Camila Cabello ~


Isso só pode ser algum tipo de piada macabra...

Pisquei rapidamente umas mil vezes, para ter certeza de que não estava tendo uma ilusão de ótica. Como digerir o fato de que, Sophie Curtis esta em minha casa, encostada na bancada da cozinha, tomando um generoso copo de suco e sorrindo abertamente para mim. Meu Deus, que droga é essa?

— Hija, você me assustou! — Mamãe falou chamando minha atenção. Eu fiquei calada, sem saber o que dizer — Sophie me falou que te conheceu em Vegas, na festa da Lauren... Ficou preocupada quando soube que você bateu a cabeça e veio fazer uma visita, acredita nisso? Ela é um amor, não acha, hija?

— Pois é, Mila! Tentei vir antes, mas não consegui... fiquei tão preocupada! Não sabe o alívio que senti quando soube que você já esta plenamente recuperada — Sophie falava em um perfeito tom de ingenuidade, que enganaria qualquer um. Sua expressão realmente era preocupada e a voz doce, acompanhada da carinha de anjo só ajudava em todo esse teatro.

Eu não acredito que essa maldita veio até aqui, na MINHA casa para tirar minha paz. Respirei fundo, a encarando como se quisesse assassiná-la.

Essa filha da mãe esta de joguinhos, achando que eu não posso com ela. Bom, vou mostrar o quanto ela esta enganada, se ela quer jogar sujo, então vamos jogar! Se ela veio até aqui esperando encontrar uma Camila doce e ingênua que não pode bater de frente com ela, esta muito enganada... Ela não perde por esperar!

— Eu... eu não vi seu carro lá fora — Comentei tentando parecer natural, enquanto andava em sua direção para lhe dar um abraço. Sophie exclamou surpresa com minha atitude.

— Eu tenho uma amiga que mora na rua de trás, estava lá na casa dela até agora. É bem perto, então resolvi vir a pé — Ela tinha a resposta na ponta da língua, assimilando o que eu estava fazendo.

— Uma pena, Sophie! Se Lauren tivesse visto o carro, com certeza desceria para te ver — Sorri falsamente, mas tenho certeza que só Sophie percebeu. Mamãe não desconfiou de nada até então.

— Eu posso ir visitá-la quando sair daqui... uma pena que ela estará sozinha — Ela deu ênfase quase imperceptível no "sozinha" — Dona Sinu me contou o que aconteceu entre vocês duas, eu lamento —  Fingiu tristeza.

— Não se preocupe, ela não esta sozinha! Dinah passa o dia todo com ela... — Avisei e ela engoliu seco — Ah, mas você conhece bem a Dinah, não é? — Eu falava de maneira petulante, sorrindo.

—  Sim, conheço — Confirmou rápido demais — Como sabe, Laur e eu somos amigas de longa data...

— Ah sim, eu soube que você é uma amiga de matar! — Ela fez uma careta completamente surpresa ao notar minha indireta, principalmente minha ênfase no "matar", mas ela se recompôs segundos depois.

— É... como esta a cabeça? — Tentou mudar de assunto. Parece que eu consegui atordoar a vagabunda. Ponto pra mim.

— Muito bem! Soube que você bateu a cabeça também, Sophie... quer dizer, a testa — Eu falava pausadamente, aproveitando para sorrir sarcástica já que minha mãe estava de costas, ocupada demais no fogão.

— Eu tropecei e bati na parede — Explicou.

— Que eu saiba, foi no na porta — Corrigi lhe dirigindo um sorrido maldoso.

— Isso! — Ela estava sem graça.

— E você esta bem, querida? — Mama questionou em um tom preocupado, virando o rosto para nos encarar.

Camren - Resistir ao IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora