" Eliete ".

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Eliete foi lá na Glória me pedir em namoro. Mulher é um bicho esperto demais. Eu gosto muito. (Eu estava sentado em frente ao prédio da tia Luli, conversando banalidades com um conhecido, e ela chegou. Chegou com uma amiga). Eu nunca havia visto aquela morena. Cabelos lisos, compridos, corpinho violão, cinturinha fininha & bundinha modelo coração. Era o máximo, aquela Eliete. A amiga dela rapidamente deu um jeito de se afastar com o cara, pra Eliete conversar comigo. - Véio, eu sempre gostei de mulher atrevida, arretada. Eliete já veio dizendo que havia saído lá da casa dela, no Flamengo, pra conversar. Na cara dura, perguntou se eu gostaria de namorar com ela... Maluco, eu nunca fui de recusar coisa boa, incluindo-se aí, mulher...(Fiz minha melhor cara de babaca, e disse: - Sim). Eliete me deu o endereço. Rua Dois de Dezembro, número tal, quase perto da praia. Marcamos o aponto. Oito & meia da noite, lá estava eu. - Banho tomado, cheiroso, barba feita, (barba não, um buço ralinho). - Eliete estava me esperando na portaria. Que garota bonita. Assim que ela me viu, me "tacou" um beijo na boca, me abraçou, me apertou. Eliete começou a me "pilotar" ali, no meio da rua. No segundo encontro, Eliete disse: - Vamos sair daqui, vamos namorar lá na praia, no Aterro. (Eliete foi a primeira menina a me arrastar para o Aterro do Flamengo). - Atravessamos as pistas, chegamos na praia, Eliete me agarrou e começou a me "pilotar". Aquela menina era o "Cão vestido de saia preta". Me agarrou, tirou minha camisa, tirou a blusa e começamos aquele ritual enlouquecido. Corpo contra corpo, boca contra boca, mamilos contra mamilos. Eu ficava quietinho ali, tentando imaginar até onde aquela louca chegaria. - Eliete era virgem. Tudo poderia acontecer ali, menos penetração. Quando eu chegava em casa, minha mãe dizia : - O que houve, menino, você está todo descabelado, branco, de olhos fundos... - Eu apenas dizia; - Eu estava com a Eliete... - Quem é Eliete? Acho que é minha namorada, mãe. - Acha? Não tem certeza? - Não mãezinha, não sei de nada .Vou dormir... Após uns meses, comecei a frequentar o apartamento delas. Ali moravam, Eliete, a irmã mais velha & a mãe delas. A mãe era uma costureira muito famosa, no meio artístico, costurava para cantores, atores & atrizes. A irmã mais velha escrevia telenovelas. (Ela se tornou uma novelista de muito sucesso, é, é aquela famosa mesmo). Mas naquela época, ela estava começando a ficar famosa. Eliete só estudava & arrebentava com minha saúde. Elas moravam num apartamento de dois quartos, muito bom & espaçoso. Aquele matriarcado me adotou. Eu comecei a dormir lá, a almoçar. Tinha até umas mudas de roupas lá. Para a Eliete, era muito cômodo, porque ela acordava a noite, e vinha de baby doll me infernizar no sofá da sala. Velho & bom Charlie, aquela mina tinha um "fogo consumidor". Ela conseguia fazer de mim, gato & sapato, e o pior é que eu adorava. Eu estava totalmente viciado em Eliete. Eu ia trabalhar, de meio expediente, ia pra escola e depois Eliete. Será que Eliete era uma ninfomaníaca ? Eu me pergunto hoje, porque na época, eu nem sabia o que era isso. - Vem, ela dizia, vamos lá pra garagem... Aqui tá ruim hoje... Essa época, ela já queria que eu tirasse toda a roupa, que eu ficasse pelado, fosse na praia, na garagem do prédio. Eu me cagava de medo, mas ficava nuzinho da silva, só pra ver a atitude dela. E Eliete me "usava". Ela já havia perdido toda vergonha, todo pudor...Quando a mãe & a irmã saíam, nós tínhamos o apê todo pra nós...Aí era que o bicho pegava... Ela se despia, mandava que eu fizesse o mesmo, e "ripa na chulipa". Aquela merda foi me amuando, amuando... Eu queria penetração... E penetração ali, nem na zaga do Flamengo.          -É doce morrer no mar"...Pra dar um final nessa história, elas já estavam falando em noivado, essas merdas todas... - Eu resolvi picar a mula. - Já imaginou eu casado com ela ? Eu não iria aguentar aquela garota de jeito nenhum... Meu sexto sentido mandou eu vazar na bracchiária, e foi o que eu fiz... Expliquei com sinceridade a ela: - Eliete, minha Deusa, eu não tenho pau suficiente pra você. Você precisa de muitos paus... Então, pt saudações. Fui. Vazei. Nunca mais vi Eliete, minha primeira ninfomaníaca.

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