Puxa vida Alê ! - Você está desempregado de novo? - Eu estou Verinha... Estou sem emprego, sem dinheiro e a mãe está lá em São Paulo. (Vera era a maioral numa agência de empregos, era amiga da minha mãe, de muitos anos). Ela me conheceu menino, lá em Niterói. Ela que era tão educada disse: - Merda, merda e, merda!!! Ficou pensando uns minutos... Disse: - Eu tenho uma vaga aqui, mas tenho até medo, de mandar você lá...Você pode me colocar em má situação, o trabalho é de muita responsabilidade, e você carece desse predicado. (Fiz minha cara de triste, de infeliz). Vera que era tão fina disse, é pra trabalhar com uma diretora de empresa, direto com ela. Se você fizer cagada lá, eu juro que enfio umas porradas na sua cara...Eu vou recomendar você... - Eu disse: - Verinha minha princesa... - Ela disse baixinho, princesa é o caralho, eu estou fazendo pela Mariazinha, sua mãe. Dia seguinte: Avenida Rio Branco. Coloquei uma roupa legal e fui. A empresa era Companhia Expresso Federal, (Federal Express). Tomei aquele chá de banco, de praxe... - A secretária diz: - A senhora Gina vai recebê-lo agora, venha comigo. Entro, (fazendo o meu gênero mais tímido e babaca possível). A senhora Gina era uma mulher de uns trinta anos, corpão, bonita, e usava um tailleur super elegante e óculos tipo professora. Gostei dela assim que vi. - Ela falou: - Eu preciso de alguém que possa agilizar o meu trabalho, vai ficar aqui, direto comigo, vai receber as ordens diretas de mim. - E eu não aceito erros, errou será despedido, você entendeu? - Sim senhora... - Se estamos entendidos, você começa amanhã, às nove horas, e não aceito atrasos. - Tão bonita e tão "Caxias", pensei... - Charlie Brown, meu brô, eu trabalhava pra cacete, aquela dona não era brinquedo não...Até absorvente eu comprava pra ela. - Véio, eu estava gamadão nela, eu fazia qualquer merda, só pra agradá-la. - Tinha dias, que ela era super tirana, e tinha dias que era pura ternura... Eu "xonei". Aos 17 anos, eu "xonei". - Ô Charlie, eu vou confessar procê, eu bati algumas bronhas pensando nela. - Eu me imaginava comendo aquela mulher de 30 anos, aquela "balzaquiana", como se dizia na época. - Eu já estava, (como todo office boy de luxo), papando uma grana para o meu uso pessoal; - Ela dizia: - Toma esse dinheiro, pega um táxi e entregue os documentos rapidinho lá. - Charlie, eu pegava o "busão" e malocava a grana. - Eu ganhava bem, lá. Acho que o salário de menor, na época, era uns 150 dinheiros, mas eu ganhava bem mais, uns 420 dinheiros por mês. (Ela sempre colocava umas horas extras de presente). Também! Eu queria era ficar com ela, e nós sempre saíamos mais tarde do trabalho. - Véio, aquele ano passou rapidinho, quando eu me toquei já era o fim do ano. A Vera da agencia de empregos estava super feliz, me ligava, dizendo que eu havia tomado juízo, aquelas merdas todas... Uma semana antes do Natal, a Gina disse: - Nós vamos fazer uma festa de final de ano para os funcionários, todos os anos nós fazemos. - Eu exijo muita cautela e moderação dos meus funcionários... - Eu disse: - Dona Gina, pode ficar tranquila, eu sei me portar. (Eu me lembrei da minha amiga cafetina francesa, daquele puteiro na Bento Lisboa, 41 sobrado). Depois que madame Antoanelle tomava uns vinhos a mais, ela gostava de me ensinar etiqueta. - Ela dizia: - Alexandrééé, quando você estiver numa festa, ou numa reunião, onde haja bebidas, nunca encha a cara. - Fique só enganando, com um copo na mão, por que coisas muito doidas vão acontecer, e você tem que estar lúcido. As mulheres bebem, os homens mais ainda, e você terá grandes chances de se dar bem... - E lembre-se bem disso: - O álcool tem duas fases, a fase da euforia & a fase da depressão. (Eu nunca mais me esqueci dessas lições). - Meu amigo Charlie, festa de americano é tudo misturado, gente do alto escalão, com gente do baixo. Bebida é a rodo, comida, nem se fala. - Meu, eu estou na festa, só enganando, com um cuba libre fraquinho, nêgo tá enchendo o pote, minha diretora só no champanhe, a diretoria toda reunida, tomando mé pelo ladrão, o "baixo clero", pagando mico, dando vexame, (como sempre). E eu só enganando, já só de coca cola com gelo... - Véio Charlie, minha diretora no meio daqueles babacas todos, entornando champanhe feito uma louca, já com o rosto vermelho, falando alto...- (Meu merdrômetro começando a oscilar, avisando que a bosta se aproxima)... Eu resolvi sair dali, estava morrendo de ciúmes. Fui pra varanda e fiquei ali, quietinho, afins de vazar dali. - Minha diretora financeira se aproxima e diz: - Acho que bebi demais... Preciso sair daqui discretamente, a francesa... - A senhora quer que eu chame um táxi? - Ela diz que sim. - Eu subo até a nossa sala, pego as coisas dela, e vamos para a portaria. - Minha diretora tá muito bêbada... Penei pra conseguir um táxi, abri a porta de trás, ela entrou, eu ia me despedir e ela fala: - Vem comigo. - Dá o endereço no Bairro Peixoto, em Copacabana, e lá vamos nós. Ela estava bem "borracha". Chegamos no prédio dela, porteiro cumprimenta, subimos... Ela não consegue achar as chaves, eu pego a bolsa, encontro as chaves. - Cara, o apê dela era muito chic, um por andar. - Gina corre pro banheiro, pra "chamar o Hugo", corro atrás, ela está vomitando, branca pra caralho, ajoelhada diante do vaso sanitário...Eu sinto dó... A mulher que eu amo, minha deusa, pagando um micão desses...Ajudo ela se recompor, lavo o rosto dela, ela lava a boca, põe um tiquinho de creme dental, se recompõe. Queda de pressão, diagnostico, pergunto se quer que eu faça um café forte. Ela está suando pra caralho, vamos até o quarto dela. Ela tira o paletózinho do tailleur, e manda eu soltar o sutien dela. Eu solto, ela se joga na cama e arranca a blusa...(peitos lindos, como eu imaginava). Arranca a saia, e surpresa... Ela usa aquelas ligas...Eu tiro os sapatos dela, ela usa aquelas meias de nylon, com costura atrás. Ali está a minha diretora, de calcinha, meias de nylon e de liga... Meu pau já está daquele jeito, de duro. Eu arranco aqueles acessórios todos, a deixo só de calcinha, ligo o ventilador. Faço menção de ir embora e ela diz: - Fica aí...- Eu me sento ao lado dela, fico cuidando, vendo, amando aquela mulher madura & bonita. Tiro toda minha roupa e me deito também... Nós estamos face to face, eu namorando, me deliciando, ela de olhos fechados...Ela se vira e fica de costas... Eu beijo aquelas costas, admiro aquele corpo, e me aconchego nele...Abaixo a calcinha dela um pouquinho, levo minha mão lá...- Saco o meu pau e vou colocando lentamente, entra tudinho, eu gozo um mar de prazer. Arrumo a calcinha dela e durmo...Acordo com ela perguntando: - Que merda você está fazendo aqui? - (Eu, idiota, deveria ter vazado logo depois, mas um cara apaixonado, comete erros). - Ela leva a mão na calcinha, sente que está úmida. Me olha com raiva & me manda pra casa. - Quando nos encontramos no trabalho, ela não comenta nada. Mas passa a me tratar com desprezo, indiferença, como se nada tivesse acontecido. Um dia ela entra na sala, e eu estou chorando, ela pergunta: - Que merda é essa, está chorando porque? - Eu digo: - Eu estou chorando por lhe amar tanto... - Me perdoe... Ela me abraça, me dá um beijo na boca & diz... - "Menino sem juízo". - Foi isso, meu amor impossível.