" Feromônio "

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 Eu trabalhava naquela revista argentina . Os caras estavam implantando a revista no Brasil, e me chamaram, pra atuar na área comercial.  A minha chefe era uma garota muito gostosa, e eu cresci os olhos nela.  Ela usava uns vestidinhos de seda, que mostravam os contornos do corpo dela. - Realmente um tesão de mulher.  As vezes, sem intenção nenhuma, eu encostava nela, e ficava excitado.  Ela não sabia, mas já estava escalada pra dar pra mim. - Nessa época, eu exercia as minhas funções de guru, de feiticeiro & mago. - Usava muito "pot" também. - Ela dava prum argentino, que era uns dos chefões da revista. - Eu devo confessar que ela me deixou de pau duro muitas vezes.  Quando ela começou a usar dos meus predicados de mago, eu me segurei um pouco, só pra não misturar as coisas. - Nós saíamos, na hora do almoço, e íamos para algum lugar tranquilo, e eu fazias as minhas previsões pra ela.  Na realidade, ela só queria saber da relação dela com o gringo, se ele ia ficar com ela, essas coisas de mulher. - Mas sempre arrumava um jeito de esfregar aquela bunda gostosa no meu corpo. - Uma semana, ela quebrou o pau com a figura e entrou numa carência do cacete. - Véio, aquela dona começou a me encher o saco, querendo saber das coisas, e roçando aquele bundão gostoso em mim. - Eu prudentemente, dei uma recuada nas minhas aspirações "pirocais" com ela, haja vista que aquela dona era louca de pedra. De mais a mais, tinha nego zumbizando no meu ouvido, que eu podia engravidar ela, essas merdas todas. - Que ela era meio pinel, e coisa e tal. Mas a filha da puta era gostosa e eu sentia o cheiro do feromônio dela, quando estávamos juntinhos. - Uma tarde, no final do expediente ela disse: - Vamos sair juntos? - Eu tentando me safar, disse que não podia, que estava duro, e coisa e tal. - Ela disse, (na maior cara dura): - Vamos prum motel, eu chamo uma tábua de queijos, umas garrafas de vinho, depois levo você em casa. - Negovon, eu tava com um tesão incrível, mas resolvi declinar da putaria. - E por mais absurdo que pareça, eu passei meses, imaginando que estava comendo aqule dona, pode ser uma merda dessas? - Eu disse, eu preciso ir, preciso pegar o metrô lá na estação Barra Funda...- Ela disse: - Eu levo você no meu carro... - Véio, eu estava arrasado, eu queria trepar com ela, e ao mesmo tempo algo estava me travando... - No que entramos no carro, ela  sentou-se, e aquele vestidinho me deixou ver as coxas dela, aquelas pernas lindas, e aquele cheiro de tesão se espalhando no ar...- Aquela sacana pegou a minha mão e pousou no meio das pernas dela. - Abriu as pernas e prendeu minha mão lá. - Vai tomar no cu, eu pensei... - Ela me agarrou o pescoço e fez menção de me beijar...- Eu deixei que ela me beijasse... - Senti aquela boca que havia cobiçado por longos meses, mas por mais incrível que pareça, eu resolvi que não iria comê-la. Eu encanei, simplesmente encanei. - Pedi que me lavasse até a estação do metrô. Eu me sentia o filho da puta mais imbecil do mundo. - Me deu tipo uma depressão... - Chegando na estação ela disse: - Fica comigo, eu estou tão triste, tão infeliz, vamos ter uma noite legal... - Negovon, eu vazei na brachiária, e peguei o metrô pra casa. - O mais incrível, aconteceu a seguir: - Chegando na estação Belém, quem me chama? - A minha ex cunhada, a Mara. - Alex, Alex, vem pra cá, vem falar comigo...- Eu fiz que não, desbaratinei. - Moral da história: - deixei de comer duas xanas, na mesma noite, no espaço de uns quarenta e cinco minutos... - Eu estava me sentindo um bosta... - Eu acho que aquela noite eu estava liberando muitos feromônios... - Cheguei em casa, jantei e me meti na cama. - Nunca mais voltei aquela revista. - Coisa de louco, sem explicação. - Foi isso, passei vários dias deprimido. 

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