Tudo bem Bonnie, tudo bem...Você quer que eu conte a história da Celina. (Bonnie é uma amiga imaginária, eu tenho muitos amigos imaginários). Bonnie é esposa do Clyde Barrow. Eles aprontaram muito na década de 30, no meio oeste americano. Roubaram bancos de montão, fizeram coisas ensandecidas. Eu converso com os meus amigos sempre. - Mas Bonnie, amiga querida, você só quer saber de histórias de sacanagens, putaria...Esse povo das redes sociais vão pensar que eu sou um velho devasso...- Áh, eu sou um velho devasso, 'tá bom. eu conto a história da Celina. Lá vai. - Anos setenta, zona leste de São Paulo. Daquelas casas que mamãe administrava, a da frente era uma clínica dentária. Eu nunca havia reparado naquele povo, eu ficava na minha, no nosso quintal. Eu, como bom carioca, só andava de sunga, no meu quintal. Véio, isso provocava um puta rebuliço no bairro. Tinha gente, garotas, que entravam lá, só por curiosidade, pode um trem desses? Eu estava nessa época, fazendo um curso intensivo de vagabundagem, em Sampa. Eu subia no telhado pra empinar pipa, isso mesmo, pipa!!! - Bonnie, era bom pra caralho, eu passava o dia inteirinho empinando pipas. - Pipa é aeromodelismo de pobre. - Eu ficava ali, só cortando as pipas da molecada, cortava "na mão", só pra dar tristeza neles. Bonnie: - Um dia eu olho de soslaio e tem alguém me urubuzando no vitrô da clínica, o vitrô dos fundos, o do banheiro.. Áh Bonnie, eu fiquei com vergonha...Mas dei uma sacudidinha com o pau pra lá, só pra ofender um cadinho. - Você sabe, Bonnie, ninguém gosta de ser espionado.- Tinha uma pessoa lá que gostava de me corujar, eu já estava ficando sem jeito. Eu também comecei a prestar mais atenção aquele lugar. - Meu amigo Clyde Barrow, um dia apareceu uma louraça lá de parar o trânsito na Paulista, às dez da manhã.. - Áh véio, aí nós fizemos amizade...Era a Celina, a xoxota mais gostosa da Vila Santa Isabel. Eu não sei que porra de trampo era aquele da Cê, ela passava mais tempo nos fundos da clínica, do que atendendo os clientes. A Cê era gostosa e sabia. - Ela era casada com um cara que estava puxando uma cadeia comprida, lá no Carandiru. - Eu tentei segurar a minha petralha, por que mulher de bandido eu tinha medo. Mas já era tarde, a Celina já havia me escolhido como presa fácil... Meu, era só minha mãe sair e a Celina arranjava um jeito de ir lá pra casa.. - Meu "merdrômetro", dava picos, avisando, cuidado, isso pode dar merda. Mas quando a gente é jovem, a gente pensa mais com a "cabecinha". Uma tarde, eu estou em casa, passando cerol numa linha e chega a Cê, gostosa como sempre, e diz: - Alê, eu posso tomar um banho aqui, na sua casa? - Demorô. Pode Cê, tem toalha ali, sabonete, se vira aí. Meu, passou um tempão e nada da Cê aparecer! Eu fiquei preocupado, entrei em casa e lá estava a Cê, deitada de bruços, peladinha na minha cama, com todos os atributos de gostosura, que ela havia recebido dos céus. - Bonnie, sua filha de uma puta, eu comecei a beijar aquela delícia desde o cangote, fui descendo, beijei as costas, a bunda, as pernas os pés... - Depois só me restou entrar com tudo, (foi o que eu fiz). Resumindo a ópera, comi mais umas cinco, seis vezes, e saí de fininho. O marido era cadeeiro e eu tinha que cuidar da minha saúde. Depois disso, eu soube que ela teve um bebê, e colocou o nome de "Alecsandro". - Será que esse bacurizinho era meu? - Foi isso Bonnie, contei, agora pare de me encher o saco. - Vazei!!!