Morena
— A MALA É FALSA, AMOR, ENGOLE O CHORO, EMBORA EU NÃO VOU, AGORA VÊ SE APRENDE A DAR VALOR. -- Bia gritou pulando na minha cama.
— Cala a boca, porra. -- resmungo e ela abre as cortinas gritando. -- Desgraça, Bianca, tem gente dormindo, porra.
— O que foi isso no seu rosto, Dressa? -- pergunta se aproximando e eu me levanto.
— Isso? Ah foi a sobra por você ter tirado a minha arma da bolsa. -- respondo e ela arregalou os olhos.
— Não brinca que você brigou ontem? -- perguntou e eu assenti.
— Sim, eu disse e repito "LG me deixou com a tarefa mais difícil." -- falo me levantando e indo no banheiro.
— Pelo menos conseguiu? -- pergunta e eu entrei no chuveiro.
— Sim, e não grita de novo, porque ele tá dormindo no quarto de hóspedes. -- falo e ouvi ela rir. Tomei meu banho e depois escovei os dentes, saí e vesti uma roupa qualquer. Desci e vi Bia no sofá.
— Vamo fazer o café. -- falo e ela bufa me acompanhando.
Fomos para a cozinha e fizemos o café, depois ficamos conversando enquanto comemos.
— Como foi o aniversário do meu xuxuzinho? -- pergunta e eu revirei os olhos tomando um gole do café.
— Muito merda, não tá vendo minha cara toda fodida não? -- pergunto e ela leva as coisas para pia.
Lavamos as coisas e ficamos conversando na cozinha. Ouvi passos na escada e Bia me olhou.
— Essa é a minha hora de brilhar, vadia. -- fala e se levantou começando a dançar.
Digory Henrique
— A MALA É FALSA, AMOR, ENGOLE O CHORO, EMBORA EU NÃO VOU, AGORA VÊ SE APRENDE A DAR VALOR. -- alguém gritou em uma parte da casa me fazendo acordar.
Ouvi mais alguns gritos e depois me levantei.
Entrei no banheiro, tomei banho, depois escovei os dentes. Saí e vesti a roupa que tava ontem, a única que eu tinha aqui.
Desci e fui seguindo as vozes que escutava.
— Se aquieta, porra. -- a garota de ontem falou e outra se sentou.
— Tu é chata pra caralho, puta merda. -- a outra falou.
— Café? -- a garota de ontem pergunta para mim. Assenti e comecei a comer.
Morena
Fomos para a sala e Bia me olha sorrindo, lá vem.
— Caraí viado, tô feliz, vou cantar. -- falou e eu neguei me levantando e ela começou o escândalo. -- AE NOVINHA POSSO PERGUNTAR SEU NOME? PRAZER MEU NOME É KERON, TOMA AQUI MEU TELEFONE. -- gritou, eu tirei minha chinela e joguei nela, que riu. -- EU SÓ TE CHAMEI, PORQUE TU TEM UM POPÔ DA HORA, SÓ MAIS UMA PERGUNTA, TU JÁ TOMOU NO BOGA? -- grita, eu peguei minha outra chinela e joguei nela. — EU NUNCA TOMEI, MAS EU POSSO TOMAR AGORA. VOU CATUCAR SEU BOGA, VEM CATUCAR MEU BOGA. -- grita, eu pulei nela e coloquei a minha mão na boca dela, mas ainda ficou cantando.
— CALA TUA BOCA, BIANCA. -- gritei e ela gargalha. Me levantei e vi Digory nos olhar.
— Quem morreu? -- Gustavo entra rápido e olha para a gente.
— A BIANCA SE NÃO CALAR A PORRA DA BOCA DELA. -- gritei e Bianca riu se levantando.
— VOU CATUCAR SEU BOGA, VEM CATUCAR MEU BOGA. -- gritou e saiu rápido rindo. -- EU CATUQUEI TEU BOGA, ELE CATUCOU MEU BOGA. -- gritou aparecendo de novo e eu corri saindo de casa atrás dela.
— TU NÃO ESCAPA, BIANCA. -- gritei ouvindo ela rir. Me joguei nela, fazendo nós duas cairmos rolando.
— AI PORRA, MEU BRAÇO. -- gritou quando alguém nos segurou.
— Posso saber por que as duas tão brigando? -- Quartz pergunta e eu revirei os olhos me levantando.
— NINGUÉM TÁ BRIGANDO AQUI, MANO. -- gritei e Bia riu se levantando.
— Bora ajeitar essas porra. -- Bia fala rindo e nós estamos na casa dela.
Entramos e eu peguei a maleta que ela tinha aqui. Comecei a limpar meu braço que tava ralado. Porra tô toda fudida! Minha cara, agora meu braço e minha panturrilha.
— Desgraça, olha essa porra, mano. -- falei olhando minha panturrilha toda ralada.
Digory Henrique
O homem que entrou na casa quando as duas estavam gritando me levou para uma casa mais a cima.
O celular dele tocou e logo ele atendeu.
— Fala. Agora a culpa é minha por vocês duas ter problema? Vou fazer porra nenhuma. Já falei que não. Na casa do LG. Não sou surdo, então para de gritar. Tá, já chega. Tomar no cu então. -- falou desligando a chamada e voltamos a caminhar.
Entramos em uma casa grande e vi algumas pessoas lá dentro. Eles nos olharam e depois ouço a porta ser aberta com força.
— Eu só quero que tu me mande tomar no cu de novo, GC. -- a garota de ontem chegou e o homem do meu lado riu.
— Não tá mais aqui quem falou. -- ele disse levantando as mãos e saindo.
— Quartz cadê a pasta dele? -- ela perguntou e um homem meio velho entregou. -- E vê se limpa essa porra que tá podre a bebida. -- falou e me puxou saindo de lá. -- Isso é teu, mas antes tu vai embora. -- falou e fomos para a casa dela.
— E posso saber o que é isso? -- perguntei, ela pegou uma chave e saiu me puxando para fora de novo.
— Nem eu sei. -- falou e nós entramos no carro. -- As instruções é "não abrir, só entregar para as pessoas." -- fala ligando o carro e saindo de lá.
— E quem deixou? -- perguntei e ela bufou acelerando mais.
— Chega de perguntas. Vou te deixar na tua casa, voltar para a minha, cê vai ler essa porra aí, tua tia com certeza vai te ajudar e pronto, o resto você decide, ou não. -- falou parando em frente minha casa.
— Como assim eu decido ou não? -- perguntei saindo do carro e ela revirou os olhos.
— De nada. -- resmunga e acelera saindo.
Entrei em casa e me sentei no sofá, fiquei pensando em ler ou não aquilo.
Fui na cozinha, bebi água e comecei a ler aquele monte de papel.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Bandido
Teen FictionAUTORA: UMSER12 Quando LG (dono do Vidigal) morre e deixa como tarefa, Morena ensinar ao seu filho, Digory, que ele entregou pra irmã de sua esposa cuidar, como ele terá cuidar do morro agora. "Você desperta o pior de mim, e eu desperto o pior de v...