100°

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EU SIMPLESMENTE TÔ SURTANDO, ESSA HISTÓRIA TÁ SENDO A MAIS LONGA QUE EU FAÇO! TÔ AMANDO FAZER ELA E TÔ ACHANDO QUE VEM MUIITOS CAPÍTULOS POR AÍ ❤️

×××

- eu já tô sentado. - Luigi falou. Ele tá loucão.

- como vocês sabem, eu não sou muito de me abrir, então TCHAU PRA VOCÊS, FUI. - falei alto e Isa me segurou.

- você deve explicação pra todo mundo dessa roda, então é bom começar agora. - falou séria.

- pois é, você fugiu sem nem se despedir. - Gusta falou e eu suspirei pra não gritar.

- não sei se vocês lembram, mas não foi eu os imbecis que me mandaram fugir, porque assim seria melhor e ninguém iria se machucar. - falei alto e Soph me fez sentar.

- se acalma e nos conta essa história, ninguém aguenta mais ficar tentando criar uma explicação pra esses seis anos. - Soph falou e eu respirei fundo.

Passei a mão no rosto e comecei.

- quando vocês me mandaram sair, foi tudo como o planejado, meninas, vocês me deixaram no lugar certo, eu fui do jeito combinado, mas não tava nos meus pensamentos, que a polícia iria tá na divisa do Rio com Minas. - falei batendo os dedos no chão - dei dinheiro pra um tira e ele me deixou passar, consegui localizar o Quartz, fui até ele e pelo incrível que pareça, ele deu um jeito de me tirar do país, decidi Colômbia, era fronteira com o Brasil e tals, seria fácil eu voltar e lá não teria verme me procurando...- falei e Menor bufou.

- chega logo no que você fez esse tempo. - pediu e eu assenti.

- beleza, - falei suspirando - conhecem a máfia colombiana? - perguntei e todos me olharam surpresos. - era ela ou os tiras da fronteira dos países, eles me aceitaram rapidinho, bastou eu falar quem era, viajei dois dias pra finalmente chegar no casarão onde era a sede da 67, - falei empurrando meu cabelo pra o lado, mostrando uma tatuagem no meu pescoço, lá tava os números 67 coisa obrigatória a se fazer lá. Juarez, o que tava comandando lá por enquanto que a Alessia tava viajando, falou que iria me treinar pra ficar melhor do que já era, foi duas semanas cansativas, só treinava, comia e dormia, quando deu um mês, acordei feliz da vida pensando que iria embora, mas Juarez me fez uma oferta, ou eu trabalhava pra ele, ou ele continuaria com a tortura de todo dia, depois jogaria o que restasse do meu corpo em um rio qualquer, então já deu pra perceber o que eu fiz né? - perguntei e todos assentiram - eu aceitei, comecei a fazer o que ele mandava, começou com só alguns homens que estavam atrapalhando a facção crescer, mas depois ele foi pra gente da pesada, governo, facção inimiga...enfim, o último trabalho que ele pediu pra mim fazer, foi implantar algumas bombas em um helicóptero com Laila e Leila, as gêmeas que vieram comigo, colocamos as bombas, mas não sabíamos que lá dentro ia a Alessia e toda sua família, que no caso era ela, Josh, o marido, um garoto de dezesseis anos e uma garotinha de dois meses. - falei sentindo meus olhos arderem - ele fez nós matarmos Alessia e sua família, Juarez se tornou realmente o dono da facção e se vangloriava para os outros, falando que conseguiu apagar Alessia sozinho. Quem dera isso, Alessia era boa, me ajudou pra cacete, pena que confiava no irmão errado. Juarez "matou" a própria irmã pra ter poder, acreditem, ele não se arrepende disso. Anos se passaram e a dor de ter deixado tudo pra trás já não dava pra aguentar, consegui uma missão no Brasil, bem perto daqui, fiz o trabalho no Alemão e consegui dar um pulinho aqui, como assistente social que queria ver a escolinha. - sorri me lembrando desse dia - depois de cinco anos, consegui finalmente ver todos vocês, João na escola com os meninos, o casamento da minha irmã, por um dia, eu consegui ser quem realmente queria, mas alegria de Andressa Soares dura pouco, Juarez mandou voltar. Depois dessa viagem, eu consegui realmente ter coragem de ir embora, comecei a elaborar um plano com Laila e Leila, quase um ano se passou, o plano tava formado, tudo pra dar certo. Eu mesma tive o prazer de colocar todas as bombas no casarão, enquanto Laila e Leila arrumavam nossa fuga, quando Juarez e toda a nata da facção chegaram no casarão pra uma reunião, eu tive a grande prazer de apertar aquele botão, ver tudo ir para os ares enquanto dava o fora daquela merda. - falei sorrindo - e é por isso que eu não gosto de falar sobre esses seis anos, foi só dor e sofrimento, quanto pra mim, quanto pra vocês, espero que tenham me entendido, não fiquei lá por querer. - falei olhando pra todos - e também é por isso que eu vou lutar pra ter o João por perto, você querendo ou não, ele é meu filho, minha obrigação e você não vai tirar o meu direito de ficar com ele. - falei olhando pra Digory. Todos estavam em silêncio.

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