- amor, tá na hora de acordar. - Digory falou e eu bufei.
- só mais dez minutos. - pedi me virando e ele riu.
- você já tá atrasada pra ultrassom. - falou e eu me levantei.
- oh merda. - reclamei indo pro banheiro. Tomei banho, me enxuguei e fui procurar uma roupa. Vesti uma lingerie branca, calça jeans rasgada, uma blusinha branca com alguns detalhes em preto e um tênis preto.
- Andressa, vamo logo. - Digory falou batendo na porta e eu bufei abrindo.
- tu não me apressa, cacete. - falei indo na cozinha. Peguei suco e alguns biscoitos, comi e saímos de casa. Entramos no carro e fomos pro postinho.
Nos sentamos em um lugar e ficamos esperando eu ser chamada.
- se for menino, como vai ser o nome? - Digory perguntou e eu olhei pra ele.
- só dá pra ver o sexo a partir do quarto mês de gravidez. - falei e ele deu de ombros.
- mas já é bom saber. - falou e eu vi Soph sair da sala com Gusta, ele parecia passar mal.
- Gusta, se acalma, caralho. - Soph falou sentando ele, ela correu e voltou com um copo de água.
- o que aconteceu? - perguntei e Soph deu o copo de água pra ele.
- ele que tá pirando atoa - Soph falou e Gusta negou.
- atoa, Sophia? - Gusta falou nervoso e Digory riu.
- meu anjo, os dois bebês vão sair de mim, não de você, então aquieta o cu aí. - ela falou e eu olhei pra ela espantada. - sim, motivos de Sophia Damasceno ficar com raiva, eu tô grávida de gêmeos, olha que coisa ótima. - Soph falou sorrindo toda boba e Gusta se levantou. - Gustavo, caralho, se aquieta. - ela falou indo atrás dele.
Eu ri e Digory negou passando o braço pelos meus ombros.
- tadinha. - falei e Digory riu.
- por quê?
- Digory, meu anjo, não sei se você percebeu, mas dois bebês vão sair dela. - falei e ele riu.
Chamaram meu nome e eu fui pra dentro da sala. Vi Jonas, o médico que me atendeu no dia que eu fiz o exame pra saber se estava ou não grávida.
- bom dia. - Jonas falou e apontou pra duas cadeiras na frente da mesa.
- bom dia. - respondi junto com Digory e nós nos sentamos.
- pode deitar ali. - Jonas falou e eu fui pra uma maca. - agora levanta uma pouco a blusa. - falou e eu levantei a blusa, até mostrar toda minha barriga.
Ele pegou um aparelho e Digory segurou minha mão.
Jonas passou um gel gelado na minha barriga e eu ri, porque faz cócegas.
- por que tá rindo? - Digory perguntou.
- é gelado. - respondi e Jonas apontou pra uma telinha.
- aqui é o bebê. - ele falou apontando pra um borrão e eu sorri. - aparentemente tá tudo bem para dois meses e uma semana. - ele falou me dando um lenço de papel. - pode limpar agora.
Limpei minha barriga e desci da maca, nós sentamos na mesa e Jonas começou a escrever alguma coisa em um papel.
- é para tomar duas vitaminas por dia, uma na hora de acordar, e outra na hora do almoço. - ele explicou ainda anotando no papel. - nos vemos daqui um mês, mas qualquer coisa é só ligar pra cá - ele falou me dando um papel. - alguma dúvida?
- eu tenho. - Digory falou e eu olhei pra ele.
- diga então. - Jonas falou.
- sobre relação sexual. - falou e eu olhei pra ele. - pode na gravidez?
- Digory, você calado é um sonho.
- essa pergunta é mais feita do que você pensa, Andressa. - Jonas falou e Digory me olhou. - agora respondendo, pode sim, mas a partir do sétimo ou oitavo mês, já é mais difícil, porque o bebê já vai tá grandinho, então a barriga dela também. - ele falou. - mais alguma dúvida?
- não. - falei.
- então nos vemos daqui um mês, se tiverem alguma dúvida, é só ligar. - ele falou e eu me levantei.
- tchau. - falei e saí de lá com Digory.
- deixa eu ver esse número. - ele falou pegando o papel e eu revirei os olhos entrando no carro.
- você é tão idiota, puta merda. - falei colocando o cinto e ele saiu de lá. - Digory, cacete, o Jonas é gay. - falei e ele me olhou.
- o que? - perguntou e eu saí do carro.
- Jonas já estudou comigo no ensino médio. - falei entrando em casa. - agora me dá a porra desse número. - falei pegando o papel. - dá próxima vez eu vou só. - falei me jogando no sofá.
- ele falou que é uma pergunta normal, Andressa. - Digory falou se sentando do meu lado e eu me afastei.
- eu vou te dar um chute. - falei e ele riu me abraçando. - ME SOLTA QUE EU NÃO TÔ BRINCANDO. - gritei e ele riu.
- tá, agora vamos escolher o nome. - falou e eu neguei. - só sugestões Andressa. - ele falou e eu pensei por um tempo. - você escolhe o nome pra menina, e eu escolho um nome pra menino.
- se for menina, vai ser chamar Ana Victoria. - falei e ele negou.
- se for menino, vai se chamar João Paulo. - falou e eu neguei. - você escolhe o da menina, lembra?
- não vai ser João Paulo. - falei e ele negou. - não vai nada. - falei e Digory negou de novo.
- por quê?
- porque não é legal. - falei e ele negou.
- vai ser João Paulo. - ele falou e eu negou.
- não vai. - falei começando a chorar e Digory me olhou.
- tá chorando por que? - perguntou e eu neguei.
- eu também não sei. - falei e ele riu me abraçando.
- João Pedro então. - ele falou e eu pensei por um tempo.
Até que não é tão ruim.
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Amor Bandido
Teen FictionAUTORA: UMSER12 Quando LG (dono do Vidigal) morre e deixa como tarefa, Morena ensinar ao seu filho, Digory, que ele entregou pra irmã de sua esposa cuidar, como ele terá cuidar do morro agora. "Você desperta o pior de mim, e eu desperto o pior de v...