- Vai mais rápido, cara. - falei já sentindo meu ar quase acabando.
- Eu tô tentando, mas tem muito trânsito. - falou e passando por alguns carros
Ele parou o carro na frente do hospital e quando isso aconteceu, senti minha vista ficar meio escura. Tentei abrir a porta, mas meu corpo pesou, Digory me pegou no colo e correu para dentro do hospital.
Digory foi para a recepção e a mulher nos olhou.
- Para a fila, já já vocês serão atendidos, priorizarmos idosos e crianças. - falou e Digory bufou.
- Olha, se você ainda não percebeu, ela não tá bem, então ou você faz logo a porra dessa ficha e nos coloca dentro de uma sala ou eu saio daqui e dou queixa. - falou batendo na mesa, a mulher arregalou os olhos e eu sorri de lado sentindo tudo apagar.
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Acordei e senti alguma coisa apertar minha mão, abri os olhos e Digory dormia na poltrona do lado da cama, sorri de lado e olhei para meu outro braço, que tava com soro.
Tentei pegar meu celular no bolso, como a mão que tava no soro, mas não consegui, isso só fez o sangue escorrer pelo treco do soro. Fiz uma careta de dor e depois me mexi, Digory acordou e me olhou.
- Tá melhor? - perguntou e eu assenti.
- Com fome. - falei e ele riu.
- Me responde uma coisa, você não sabe o gosto de amendoim não? - perguntou e eu o olhei.
- Se eu não como, claro que não sei o gosto. - falei e ele sorriu me beijando.
Nós estávamos nesse momento bem de boa, mas nos separamos quando vimos um flash nem nossa direção.
- Ai desculpa atrapalhar, é que tava tão cena de filme clichê. - Sophia falou e eu a olhei.
- Primeiro. Apaga isso e segundo, o que você tá fazendo aqui? - perguntei e ela se sentou na ponta da cama.
- Não vou apagar, assim eu posso mandar vocês fazerem qualquer coisa para mim. - falou sorrindo e eu revirei os olhos. - Ah, e eu descubro tudo, você sabe disso. - falou me olhando.
- Te pago uma pizza se você apagar. - falei e ela me olhou ofendida.
- Tá achando que me compra com comida? - perguntou fingindo tá ofendida. - Grande e de frango com catupiry. -falou e eu ri.
- Quando eu sair. - falei suspirando e apontei para o soro.
- Me responde uma coisa, como foi isso? - perguntou e eu comecei a contar para ela, desde a hora que eu acordei até aqui, ela só ouvia em silêncio. - Ah se fosse eu, tinha pulado no pescoço daquele desgraçado e que errado tomar o sorvete da criança. - falou fazendo careta e eu dei de ombros.
- Fazer o que. - falei e ela riu.
- Vou ver se já pode tirar o soro. - Digory falou saindo do quarto.
- Se preocupa não. Não vou falar para ninguém sobre vocês. - falou e eu assenti. - Mas é vacilo fazer isso com a Valéria. - falou e eu a olhei.
Quando ia responder, Digory entra com a enfermeira.
- Vou tirar o soro e você tá liberada. - a enfermeira falou parando do meu lado com uma bandeja, com álcool e algodão. Ela tirou o soro e depois colocou o algodão com álcool.
Segurei o algodão no local onde tava o soro e me levantei.
Me calcei e saímos do quarto.
- Eu vim de táxi, então vou com vocês. - Sophia falou entrando no carro. Entramos também e Digory foi dirigindo.
- Eu compro a pizza outro dia, agora eu quero dormir. - falei olhando Sophia, que assentiu.
Ouvi meu celular e olhei na tela.
Leproso
- Que contato lindo hein. - Sophia falou e eu atendi.
Ligação 📞
- Que foi, Gustavo?
- Cadê você?
- Na terra.
- É sério.
- Indo para casa.
- O pai do Nathan tá aqui, quer falar com você.
- O QUÊ?
- Vem logo.
Ligação 📞
- Droga, acelera. - pedi e Sophia me olhou.- O que foi? - Digory perguntou e eu disquei o número da Bia.
- Pai do Nathan tá lá no morro. - falei e Sophia negou.
- Ele só tá lá, porque levar o Nathan ele não vai. - ela falou e Digory estacionou em frente a casa do Gustavo.
Saímos do carro e corri entrando na casa do Gustavo. Só o que me faltava hoje.
- Tia. - Nathan falou abraçando minhas pernas e eu o olhei. - Eu vou embora, ficar com minha mãe e meu pai. - falou meio feliz e eu o olhei.
- Você quer ir? - perguntei e ele pensou um tempo e depois assentiu.
- Eu quero ficar com eles, mas também quero ficar com você, tia. - falou e eu sorri.
- Mas agora, você só pode escolher um, tá? - falei e ele olhou para mim e depois para o homem que tava na sala.
- Mas tia, eu quero ficar com vocês dois. - falou e algumas lágrimas se formaram nos seus olhos.
- mas você só pode ficar com uma pessoa, bebê. - falei sorrindo sem mostrar os dentes para ele.
- Mas tia...- ele falou e uma lágrima caiu, sorri de lado e a limpei antes de rolar pela sua bochecha.
- Olha, você pode vir me visitar quando quiser tá? - falei e ele assentiu abraçando meu pescoço. - Agora vai lá no seu pai que eu vou arrumar suas coisas. - falei tirando ele dos meus braços, fui para casa e subi para o quarto.
Coloquei as roupas dele e da Larissa dentro da mala dos dois, saí de casa e limpei o rosto. Entrei na casa do Gustavo e vi Nathan no sofá com Lari, sorri e a peguei no colo. Deixei as malas no chão e fiquei mais ou menos 10 minutos com ela.
- Posso mesmo vir te visitar, tia? - perguntou e eu assenti.
- Agora vai lá. - falei e ele me abraçou, depois saiu com o homem e Lari.
- Quem vai assistir comigo agora? - Sophia perguntou chorando e me abraçou.
Suspirei e devolvi o abraço.
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Amor Bandido
Teen FictionAUTORA: UMSER12 Quando LG (dono do Vidigal) morre e deixa como tarefa, Morena ensinar ao seu filho, Digory, que ele entregou pra irmã de sua esposa cuidar, como ele terá cuidar do morro agora. "Você desperta o pior de mim, e eu desperto o pior de v...