77°

4K 256 8
                                    

Digory Henrique

- cacete. - falei tentando me soltar. Ouço passos na escada e depois Soph entrar gritando.

- CADÊ ELA? - gritou e logo depois todos entraram.

- ME DESAMARRA LOGO! - gritei e ela desamarrou meus braços.

- CADÊ ELA, DIGORY? - gritou e eu me levantei.

Corri pra fora e não vi nada.

- tem aquela estrada que dá pra fora daqui! Que não passa pelo asfalto. - Isa falou e correu.

Corremos até lá e não deu em nada, não tinha ninguém.

- vocês aí. - FP falou pegando o que era um celular, porque agora tá só os cacos.

Sophia

- amor, se acalma, vai fazer mal pro bebê. - Gusta falou e eu bati na mesa.

- PORRA DE SE ACALMA GUSTAVO! - gritei subindo pro quarto. Limpei o rosto, mas as lágrimas caíam sem parar, soltei um soluço e sinto Gusta me abraçar por trás, me viro e o abraço apertado.

- vai ficar tudo bem! - falou pegando no meu cabelo. - tenta dormir. - pediu e eu o olhei, depois assenti. - vou tentar resolver isso, viu? - falou me dando um beijo da testa, depois saiu.

Me deitei na cama, fiquei encolhida e chorei até dormir.

Tava quase ficando em um sono bom, quando sinto a cama afundar e ouço dois soluços, me viro e Isa me olha chorando.

- eu quero minha irmã. - falou e eu senti meus olhos arderem. Ficamos abraçadas por bastante tempo, Isa acaba dormindo, me levanto e desci pra cozinha.

Vi Luigi sentado na mesa de cabeça baixa. Olhei bem, e ele tava de olho fechado, abri a geladeira e peguei um copo de água.

- café tá na cafeteira. - falou levantando a cabeça.

- por que você tá aqui? - perguntei colocando café em duas xícaras e fui pra mesa. - vai descansar, Luigi, ainda é cinco e meia da manhã. - falei entregando uma xícara de café pra ele.

- tô aqui porque você é minha amiga, que sempre me ajudou e agora eu vou fazer o mesmo e também porque o Gusta e o Digory tão pirando. - explicou dando um gole no café. - e eu tava descansando! - falou e eu tomei um pouco do café.

- vai lá pro quarto de hóspedes e dorme um pouco. - pedi e ele assentiu.

Tomamos o café e depois ele subiu, lavei as coisas e me sentei na mesa.

Senti meus olhos arderem e balancei a cabeça.

Morena

Depois que saí do porta-malas, horas atrás, me injetaram alguma coisa, que fez eu apagar. Me acordei em um quartinho escuro, olhei ao redor e tinha uma brecha em uma janela de ferro. Olhei pela brecha e só tinha mato ao redor. Me deitei no colchão no chão de novo e olhei ao redor do quarto, não tinha nada lá, absolutamente nada, só eu, o colchão onde eu tava e uma cadeira meio velha no canto. Ouço passos se aproximando e a porta é aberta.

- olha só quem acordou! - Saulo falou entrando e depois alguém fechou a porta.

- o combinado era eu vir e a Lari ir embora, já deixou ela? - perguntei e ele riu.

- minha filha tá bem longe daqui com a Nathalia! - falou rindo - pelo visto não é só você que consegue enganar as pessoas, Morena. - falou e deu um assobio.

- o que? - perguntei alto e ele me deu um soco.

Alguns homens entraram no quarto e Saulo sorriu.

- pode usar o quanto quiser, só não façam ela morrer assim tão cedo, tem que sofrer muito mais. - falou e eu neguei.

- não faz isso. - pedi e ele riu. - por favor, você vai se arrepender.

- você se arrependeu de ter matado meus pais? - perguntou alto e eu o olhei.

- talvez sim, talvez não. - falei e ele me olhou com raiva. - eles eram dois adultos. - falei e ele saiu da sala. - MAS SE VOCÊ FIZER ISSO, NÃO VAI MATAR SÓ A MIM, TAMBÉM VAI TÁ MATANDO UMA CRIANÇA! - gritei e ele parou na porta.

- não batam na barriga, o resto do corpo pode fazer o que quiser. - falou ainda de costas e depois saiu.

- NÃO, CACETE! - gritei quando os quatro homens viam em minha direção. Começaram a rasgar minhas roupas e eu me debati tentando sair debaixo deles, sinto uma pancada na minha cabeça e fico meio tonta, mas não desmaio, vejo um cara abaixar sua calça e penetrar em mim sem dó, gritei e os outros três riram gravando.

- você até que é gostosinha! - o que tava me estuprando falou e eu tentei bater nele, mas outro puxa meus cabelos e começa a me bater.

Isadora

Ouço meu celular apitar e entrei em um vídeo ao vivo do Instagram da Dressa, dou um grito e solto o celular.

- DESLIGA ISSO! - Dressa gritou e Saulo nem ligou.

- o que foi? - FP, Mat, Gusta e Digory descem e eu nego abraçando Soph.

Gusta pega o celular e FP sai.

O filho da puta ligou para a gente, por chamada de vídeo também.

Fico escutando os gritos de Dressa e choro sem parar, do mesmo jeito que Soph.

- solta ela, cacete. - Gusta falou alto e Soph chorou se levantando. Ela foi até lá e pegou o celular da mão de Mat.

- OLHA AQUI, VOCÊ SOLTA ELA TÁ ME OUVINDO? SOLTA ELA, EU NÃO TÔ BRINCANDO! - gritou e depois ouço tudo ficar em silêncio.

O único som que se escuta, é os meus soluços. Mat me abraça e eu aperto ele.

- eles...- não consegui terminar e chorei mais.

- shiiu.

×××

Vai ter alguns capítulos bem triste, gente.

Vou responder as perguntas de ontem e também vou fazer algumas perguntinhas pra vocês já já.

Amor Bandido Onde histórias criam vida. Descubra agora