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- mas quem é ele? - sussurro me levantando com Talitha.

- Guimarães. Guilherme Guimarães. - falou e eu a olhei - não sabe quem é? - perguntou e eu neguei - aliado do Digory, é sub de Paraisópolis. - falou e nós fomos para a cozinha.

- o que tá fazendo aqui? - perguntei pegando uma latinha de Red Bull.

- veio resolver algumas coisas, aproveito para curtir um pouco também. - falou rindo - talvez ele queira se divertir com você.

- não cola. - falei rindo.

- que ninguém escute, mas ele é um pedaço de mal caminho. - falou dando uma risadinha.

- quem, gente? - Isa perguntou curiosa entrando na cozinha.

- Guimarães. - Talitha falou baixo e Isa, Soph e Leila assentiram.

- se não tivesse com o Gusta... - Soph falou rindo.

- ui, safada ela. - Leila falou rindo.

- tão falando mal de quem pra estarem rindo tanto? - Luigi perguntou e eu arrotei.

- da tua mãe, raparigo. - falei e ele fez careta.

- tadinha dela, deve ter se remexido no túmulo uma hora dessas. - falou e eu o olhei me segurando para não rir.

Acabei gargalhando e fui para a sala.

- vai assistir jogo do Flamengo? - Menor perguntou surpreso.

- eu mudei de time. - falei fazendo todo mundo gritar - misericórdia!

- Finalmente eu não vou levar tapa quando falar "segue o líder". - Gusta falou.

- como é tá atrás do melhor time brasileiro? - Guimarães perguntou e a gente olhou para ele.

- se liga, pivete, a gente te arrebenta na porrada. - falei e ouço um grito lá fora.

Todo mundo correu para lá e vi cara com uma arma na cabeça do João. Meu mundo simplesmente parou, meu filho, meu menino, bem ali com um rosto exalando desespero, eu conheço aquele homem que tá com a arma na cabeça do João.

Jorginho.

Ele estava lá no tempo que Saulo me torturava, Jorginho que me estuprava quase todo dia. Ele sorriu me olhando e eu tirei minha arma da cintura.

- acho bom soltar isso. - falou sorrindo debochado para mim - todos vocês. - falou e eu neguei.

- caralho, vocês não sabem diferenciar eu e o resto das pessoas não? Se a história é comigo, faz as coisas com Andressa Soares, não com quem tá perto! - falei e Jorginho riu.

- você matou meu irmão lá! A única coisa que eu tinha você tirou de mim, não acha justo eu tirar o que você ama também? - perguntou e eu o olhei.

- solta ele agora. - falei pausadamente e Jorginho riu.

- armas no chão. - falou e eu olhei para todo mundo. Coloquei minha arma no chão, chutei para ele, depois Gusta, FP, Menor e Luigi fizeram isso - e você vem aqui, depois eu solto o moleque.

Amor Bandido Onde histórias criam vida. Descubra agora