64°

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- por que você não sai daí? E vem aqui, pode invadir...- Soph começou a cantar e eu joguei uma almofada nela.

- Sophia Damasceno, dá pra calar a boca e deixar a Lari assistir? - perguntei e ela sorriu se sentando.

- só por causa da Lari. - falou se sentando.

- ou medo de levar uns tapas. - falei rindo.

- silêncio por favor. - Lari pediu e eu olhei pra Soph.

- vamo sair daqui logo. - Soph falou e nós fomos pra cozinha. - hoje eu vi uma coisa muito estranha aqui na frente da sua casa. - falou e eu a olhei.

Que ela não tenha visto ele.

- O que? - perguntei apertando minha mão.

- Um gato, acho que a Katie quer namorar. - falou e eu suspirei. - que foi?

- nada, achava que era uma coisa mais séria. - respondi e fiz careta. - Katie tem 3 meses, Soph.

- mas já pode tá querendo namorar, ela pode ser tarada igual tu. - falou e eu revirei os olhos.

- os gatos só começam a namorar com 6 meses, Soph. - falei e ela assentiu.

- tinha me esquecido. - falou revirando os olhos. - você tá parecendo meio estranha.

- não tô estranha. - falo e ela me olhou.

- mas parece. - falou e ficou me encarando.

- para com isso Soph, não tô escondendo nada, se é o que você tá pensando. - falei e ela deu de ombros.

- vamos fazer a comida. - falou se levantando. Me levantei também e fomos procurar panelas e os ingredientes pra fazer o almoço.

>>>

Acabou que a gente fez carne assada, arroz, feijão, salada e farofa.

- eu tô morrendo de calor. - falei abanando meu rosto com as mãos.

- vai comprar o refrigerante, por favor. - Soph pediu e eu assenti.

- vou só banhar, tô toda suada. - falei e ela assentiu. Subi e fui para o meu quarto, tomei banho, me enxuguei, enrolei a toalha no meu corpo e saí do banheiro. Peguei um conjunto de peças íntimas branco, um short jeans branco e uma blusinha azul

 Peguei um conjunto de peças íntimas branco, um short jeans branco e uma blusinha azul

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Coloquei dinheiro e meu celular no bolso e saí do quarto.

- Soph, tô indo lá. - avisei pegando a chave da moto. - vou pra o asfalto que lá tem aquele ponto de açaí gostoso. - avisei e ela assentiu.

- toma cuidado. - pediu e eu peguei meu capacete. Fui para a garagem, subi na moto e saí de lá.

Acelerei e levantei a mão pra os vapores que estavam na barreira, eles abriram passagem e eu logo acelerei saindo do morro.

Parei em um semáforo e olhei ao redor, o sinal ficou verde e eu acelerei saindo.

Estacionei perto de um supermercado e entrei rápido, comprei um refrigerante e fui pra o caixa.

- São 5,50. - falou o caixa e outro moço colocou em uma sacola. Dei uma nota de 10 e esperei meu troco, o moço entregou meu troco e eu peguei. Saí de lá e atravessei a rua, onde tinha o ponto de açaí.

Peguei uma caixinha de isopor e comecei a colocar açaí e algumas coisas, sem amendoim é claro.

- deu 55 reais. - a moça falou e eu dei uma nota de 50 e outra de 5 pra ela.

Vocês viram a diferença de preço do açaí daqui e do açaí do morro? POR ISSO EU FIZ AQUILO AQUELE DIA, É UM ROUBO!

Saí de lá e um menininho me chamou:

- moça. - o menininho falou me entregando um papel. - me pediram pra te entregar. - falou e saiu.

Me encontra nesse beco aí do lado.

Li aquilo e olhei ao redor, ajeitei o açaí na mão e entrei no beco. Tentei sair quando vi Saulo, mas ele me puxou.

- o que você quer comigo? - perguntei olhando ele.

- nesse momento. - falou mordendo o lábio enquanto olhava pra mim. - só te dar um aviso. - falou pegando no meu rosto e eu me afastei. - sabe a coronel Dantas? - perguntou e eu o olhei. - te fiz uma pergunta. - falou apertando meu maxilar.

- sim. - respondi e ele sorriu.

- se lembra que você matou o marido dela ano passado? - perguntou e eu continuo a olhar pra o chão. Ele acerta um tapa no meu rosto e eu assenti. - olha que novidade, ela se juntou a mim, pra tentar te derrubar. - falou e eu o olhei.

- não. - sussurro e ele sorriu.

- sim, Morena. - falou colocando o rosto na dobra do meu pescoço.

- me solta. - falei e senti ele dá uma mordida no meu pescoço. Afastei ele e saí do beco, ouvi ele gargalhar e subi na moto.

Saí de lá rápido e acelerei indo para o morro.

Ajeitei o retrovisor da moto e vi que meu pescoço tinha a marca dos dentes dele. Desgraçado.

Levantei a mão outra vez e abriram passagem pra mim, diminui a velocidade e fui indo pra casa.

Parei a moto e abri a garagem, coloquei a moto dentro e fui para a cozinha.

- você tá bem? - ouvi Soph perguntar e abracei ela. - Andressa o que é isso no seu pescoço? - perguntou se afastando.

- Saulo. - respondi e ela me olhou rápido, depois me abraçou de novo.

- fica calma, vou chamar o Gusta. - falou me soltando e foi para cozinha.

Me sentei  no sofá e peguei no meu pescoço, tava dolorido, mas eu não parava de pensar se o que o Saulo falou é verdade ou não.

Se for verdade, fudeu tudo.

- ele tá vindo. - ela falou e colocou gelo no meu pescoço.

- pra que isso Soph? - perguntei e ela continuou segurando o gelo

- tá sangrando. - respondeu e eu arregalei os olhos.

Gusta chegou rápido e me olhou.

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