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Não dormi essa noite, passei o tempo todo pensando em como me aproximar do João e fazer o Digory parar com essa besteira. Consegui criar duas opções pro Digory decidir. Tô só esperando o dia clarear pra ir falar com ele.

Levantei e fui pro banheiro, tomei banho demorado, lavei o cabelo e depois saí do banheiro com a toalha no corpo. Peguei um cropped listrado, um casaco preto e um short branco.

Calcei minha chinela, desci, fiz café da manhã e depois Gusta desceu

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Calcei minha chinela, desci, fiz café da manhã e depois Gusta desceu.

- já acordada? - falou se sentando e eu assenti tomando um gole do café.

- vou resolver algumas coisas. - falei e ele me olhou.

- espero que não seja confusão. - falou e eu assenti rindo. Claro que não.

- eu não causo confusão, as pessoas que são muito frescas e não aceita a verdade. - falei comendo um pão.

- o que aconteceu ontem de noite quando os meninos saíram? - perguntou me olhando e eu tomei outro gole do café.

- Digory querendo dar um de fodão e falou que não é pra eu chegar perto do João. - respondi e ele me olhou. - mas é claro que eu não vou desistir disso, eu fiz coisas absurdas pra chegar aqui e ficar com meu filho, não vai ser o Digory que vai me impedir de ver o João. - falei terminando de comer, Gusta saiu, eu lavei as coisas, enxuguei, guardei e depois subi pro quarto. Eu preciso voltar pra minha antiga casa, vou ajeitar as coisas com a Soph hoje. Não a casa que eu tava antes de ir, a minha casa mesmo, minha primeira casa.

Escovei meus dentes, peguei meu celular e dinheiro, depois saí da casa de Soph. Olhei no meu relógio de pulso e são 8:12 da manhã, olhei ao redor e ri.

- você por aqui? - Bianca perguntou debochada e me virei pra olhar ela.

- vocês não imaginam o prazer que é estar de volta! - falei sorrindo pra Bianca, Valéria e Gabriela.

Continuei a caminhar e entrei na boca.

- Morena? - Digu perguntou confuso.

- agora nem tanto. - falei e ele riu.

- tá fazendo o que aqui? - perguntou e eu caminhei até a salinha do Digory. - ele falou pra não deixar voc...- não deixei ele terminar e entrei na sala.

- o que você quer agora, mano? - perguntou me olhando.

- pra falar a verdade, eu não quero falar com você, mas o assunto que eu quero falar é uma coisa que nós temos em comum. - falei olhando pra ele.

- a gente não tem nada em comum. - falou seco.

- João Pedro. - falei e a expressão dele mudou.

- já falei que você não vai chegar perto dele e fuder a vida do meu filho como fez com a de todo mundo. - falou e eu o olhei.

- eu não fiz nada na vida de ninguém, não sei se você se lembra, mas você e mais algumas pessoas que falaram pra mim que era melhor fugir. - falei batendo os dedos na mesa. - te dou duas opções, Digory. - falei e ele me olhou sério.

- pena que eu não vou fazer o que você vai falar. - falou e eu ri debochada.

- meu anjo, não sei se você percebeu, mas o assunto é João Pedro, não Andressa e Digory, então se você quiser continuar com ele é bom escolher o que eu vou te falar agora. - falei e ele me olhou com raiva.

- diz então. - falou e eu sorri.

- te dou duas opções pra você escolher até o fim do dia! - comecei e ele ficou me encarando sério.

- deixa de enrolar e fala logo. - fala apressado e eu ri.

- com calma se vai longe. - falei e voltei a falar - você escolhe, ou deixa eu ficar vendo o João, na hora que eu quiser sem essa merda de frescura falando que eu vou fazer ele ficar mal, - falei olhando ele - ou eu consigo ficar com ele da forma mais difícil e complicada pra ambos os lados. - falei e ele me olhou com um sorriso debochado.

- e qual seria a segunda opção? - perguntou e eu sorri.

- nada que você queira, posso garantir isso. - falei e ele riu.

- vou com a segunda mesmo. - falou e eu ri.

- Digory, você tá fazendo a escolha errada. - avisei e ele riu.

- escolha errada eu fiz anos atrás, isso vai ser fichinha. - falou e eu fechei meu punho sorrindo.

- tem certeza que quer a segunda? - perguntei e ele me olhou.

- e como é a segunda opção? - perguntou e eu sorri.

- eu tiro o João de você a força, vou sumir com ele e você nunca vai mais saber dele. - falei e ele negou.

- você não seria capaz disso, e eu também não deixaria isso acontecer. - falou e eu ri.

- eu falei que era a força, não vou medir esforços pra tirar meu filho de você. - falei e ele riu sarcástico.

- vai me matar Andressa? - ele perguntou e eu neguei. - sabia que não teria coragem.

- olha lá o iludido, eu matei o chefe e toda a nata da máfia colombiana só pra vir atrás do meu filho, colocar uma bala no meio da tua testa vai ser fichinha, Digory. - falei e ele me olhou sério. - eu falei que mudei, acredite se quiser. - falei apertando mais meu punho, já senti minha unhas rasgando a minha mão.

- como você faz isso? - perguntou negando - você já tá sendo doida, Andressa! - falou e eu ri.

- doida? Ah Digory faça mil favor, você não sabe o que eu passei naquele inferno por seis anos e muito menos o que se passa na minha cabeça a todo instante, então não se sinta no direito de me julgar e de deixar MEU filho longe de mim. - falei batendo na mesa. - eu arrisquei minha vida centenas de vezes pra vir aqui e ficar com meu filho, não vai ser você que vai impedir que isso aconteça tá me entendendo? Eu vou fazer de tudo e mais um pouco pra conseguir a guarda do João. - falei e ele riu.

- vamos ver. - falou e eu sorri.

- sabe Digory, ontem você me fez lembrar dos meus nomes falsos, e me deu uma ótima idéia, sabia? - falei sorrindo - se eu pegar um daqueles documentos, tipo da Charlotte Martinez, a fofinha, contente e certa. - falei olhando pra ele com um sorriso no rosto. - e for pra justiça, a guarda do João vai pra Andressa Soares, ou melhor Charlotte Martinez, eles não vão deixar ele com o dono do Vidigal, entendeu? - perguntei sorrindo e ele me olhou com ódio. - decide aí, parça. - falei e saí da boca.

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