- João não corre. - pedi enquanto ele corria pela rua rindo feito louco.
- não tem nada. - falou ainda correndo.
- João Pedro sai daí. - mandei e ele riu continuando a correr, agora bem no meio da rua - João não faz eu ir aí e te tirar. - avisei e ele riu - poxa João, vem logo.
- eu tô de boa, mãe. - falou e eu ia indo até ele.
Uma moto sai de um beco em alta velocidade e bem na hora, João ficou de costas pra olhar para mim, a moto foi e pegou ele.
João caiu no chão com o homem da moto, o filho da puta só se levantou, subiu na moto e arrastou saindo dali depressa.
Corri até João, que tava jogado no meio da rua sangrando.
- ai meu Deus. - falei desesperada quando vi a cabeça do João sangrar, coloquei sua cabeça no meu colo e vi que ele tava desacordado.
Uma rodinha de pessoas se formou no redor de nós. Bando de Zé povinho curioso do caralho.
- Ô BANDO DE ZÉ POVINHO, PAREM DE OLHAR E CHAMEM LOGO UMA AMBULÂNCIA. - gritei e vi algumas pessoas pegarem o celular - vai ficar tudo bem. - sussurrei trêmula enquanto tentava fazer a perna dele parar de sangrar.
Ouço o som de ambulâncias e logo dois paramédicos chegam com uma maca.
- senhora, se afaste. - um paramédico falou pegando João.
Me levantei e entrei na ambulância com os paramédicos e João. Fiquei olhando ele na maca, senti algumas lágrimas caírem, a ambulância para, alguém abre a porta e os paramédicos tiram João. Eles entram no hospital rápido e um enfermeiro vem até mim.
- senhora, faça a ficha dele por favor.
Fui até a recepção e uma moça me olhou.
- João Pedro Meirelles, 7 anos...- comecei a fazer a fichinha dele.
Digory Henrique
Tô na boca resolvendo algumas coisas sobre o carregamento que vai chegar mais tarde, alguém entra rápido e eu olho pra cima.
- bate na porta da próxima vez, caralho. - falei e Digu me olhou.
- chefia, teu filho foi atropelado lá na rua 12. - falou e eu arregalei os olhos - tá lá no postinho.
Me levantei rápido, peguei a chave da moto e acelerei indo para o postinho.
Entrei no postinho e caminhei rápido até a sala de espera. Em um corredor, tava só a Andressa de cabeça baixa.
- cadê ele? - perguntei e ela levantou a cabeça.
- o médico levou ele faz meia hora. - falou e eu suspirei passando a mão na cabeça.
- porra por que você deixou isso acontecer? - perguntei nervoso.
- Agora eu sou a culpada? - perguntou me olhando.
- é, você que tava cuidando dele, Andressa. - falei e ela negou.
- não é culpa minha e você sabe disso. - falou e eu neguei.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Bandido
Genç KurguAUTORA: UMSER12 Quando LG (dono do Vidigal) morre e deixa como tarefa, Morena ensinar ao seu filho, Digory, que ele entregou pra irmã de sua esposa cuidar, como ele terá cuidar do morro agora. "Você desperta o pior de mim, e eu desperto o pior de v...