Estacionei a moto em uma rua e fui para praça, Soph, Luigi e Gusta estavam sentados em uma mesa na sorveteria, fui lá.
- Finalmente, querida. - Soph falou e eu revirei os olhos me sentando ao lado dela.
- Não vem com frescura. - falo pegando o copo de bebida dela.
- Mas olha como ela tá gostosona nessa roupa. - falou e eu a olhei.
- Dá para calar a porra da boca, Sophia Damasceno? - perguntei e ela levantou as mãos em sinal de rendição.
- nem uma jaqueta? - Gustavo perguntou me olhando.
- vai se foder, deixa eu usar o presente que tua rapariga me deu. - falei e Sophia gargalhou batendo no meu ombro.
- não sou rapariga.
- Tá pistola por causa do jogo do Brasil? - Luigi perguntou rindo e eu mandei o dedo do meio.
- Foi uma merda de jogo? Foi uma merda de jogo. 2022 eu vou me iludir de novo? É claro que vou. - falei e Soph gargalhou.
- Claramente euzinha aqui. - falou e eu neguei.
- Não, em 2022 vocês não vão acreditar tanto, mas como eu sou iludida e trouxa, vou comprar roupa da seleção, vou pintar minha cara, vou decorar a casa, comprar bandeira e fazer caralho a quatro. - falei e Luigi riu.
- Vamos logo para a praça. - falou e nós nos levantamos.
- Eca. - Soph falou olhando para frente, não entendi bem, mas aí vi Gabriela e Bianca juntas, estranhei, mas depois voltei a conversar com Gusta e Luigi.
Digory chegou com Valéria do seu lado, Ah como eu odeio ter esses dois no grupo de amigos. Os dois não, ele porque todo mundo odeia ela.
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- Não é culpa sua, não
É neurose minha baby. - cantei apertando as bochechas de Soph, que riu.- Eu acho que bebi demais. - Luigi falou e eu ri.
- Quantos copos? - perguntei e ele deu de ombros.
- Não sei. - falou e Gusta riu sarcástico.
- Você passou meia hora só em um copo. - falou e Luigi negou.
- Copão. - corrigiu e eu revirei os olhos.
- Eu vou no banheiro, depois passo no seu Zé e vou pagar MINHA bebida, a de vocês já não é problema meu. - falei e Soph me olhou com os olhos estreitos.
- Safada. - falou e eu ri saindo de lá. O barzinho do seu Zé costumava ser perto da praça, mas ele mudou de lugar, no começo eu odiei, porque quando eu vinha na praça, sempre parava aqui, porque era do lado, mas agora tô amando por dois motivos e odiando um.
1° motivo bom: Perto da minha casa.
2° motivo bom: Se eu não quiser fazer comida, é só atravessar um quarteirão e comprar comida feita lá.
1° e único motivo ruim: Quando é dia de domingo, é uma barulheira que creio em Deus pai.
Bom, vou deixar de fazer lista na minha cabeça agora. Dava para cortar caminho entrando em um bequinho meio escuro, e foi isso que eu fiz, entrei no bequinho escuro e sem ninguém, pelo menos era o que eu pensava, mas no meio dele, vi uma pessoa encostada na parede mexendo no celular. Me deu uma baita vontade de voltar de fininho para a praça, já pensou se é um estuprador aloprado que quer me comer?
Tira esse pensamento da cabeça, Andressa Soares.Continuei a caminhar normalmente, mas com medo, é claro. Ouço a risadinha sarcástica do filho da puta desgraçado, viado, filho da peste, baitola, filho de uma rapariga, e meu corpo relaxa um pouco.
- Eu poderia ter deixado aquele desgraçado ter te matado quatro anos atrás. - falei colocando a mão no peito.
- Aí você estaria se lastiamando, pelo tempo que não teve comigo. - rebateu e eu revirei os olhos.
- Seu problema, Digory Henrique Meirelles, é que você se acha demais, sendo porra nenhuma para mim. - falei e ele deu a risadinha sarcástica outra vez e me jogou na parece.
Meu pescoço se arrepiou e eu tentei achar seus olhos, no meio daquele escuro.
- Eu já te falei várias vezes, mas acho que você não se lembra mais, já faz muito tempo. - falou mais para si mesmo do que para mim. - Negar sentimentos, é pior do que demonstrar eles. - falou e eu sorri.
- Sabe o que aconteceu da última vez que eu fiz isso? - perguntei e ele me olhou. - Me fudi bem legal e fiz papel de trouxa na frente de todo mundo. - respondi tentando sair, mas ele coloca o braço, fazendo com que eu não consiga passar. - Dá para tirar a pata da minha frente ou eu vou ter que tirar sozinha? - perguntei e ele sorriu se aproximando do meu ouvido, senti minhas pernas fraquejarem, mas me mantive em pé, olhando para ele, que também me olhava se aproximando mais e mais do meu ouvido.
- Sabe, você falou qual é o "meu problema." - falou dando ênfase do meu problema. - Agora é minha vez de falar o seu. - falou quase em um sussurro e eu o olhei.
- Não tenho problemas. - falo e ele nega.
- Ah, você tem sim, e não é só um. Mas, estamos falando de um problema específico, não é? Que no caso, não é só problema meu, e não é só problema seu, é nosso problema. - falou e eu engoli em seco.
- Então fala, qual é o meu problema. - falei e ele sorriu colocando sua boca tão perto do meu ouvido, que consegui sentir sua respiração.
- Seu problema é que você ainda é louca por mim. - falou e eu ia falar uma coisa, mas ele me corta antes. - Que você nunca me esqueceu completamente. - falou e eu o olhei outra vez. - Mas pena que eu só te dou trabalho. - falou dando um beijo na minha orelha e eu o olhei.
- Se ilusão matasse, você estaria só o pó. - falei e ele riu alto, ouvi um tiro longe e olhei para ele. - Poderia discutir mais com você, mas pena que alguém quer entrar onde não é chamado. - falei e corri saindo do beco por um lado, e ele pelo outro, antes tenho que ver Soph, ela sempre fica preocupada com invasão.
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Amor Bandido
Teen FictionAUTORA: UMSER12 Quando LG (dono do Vidigal) morre e deixa como tarefa, Morena ensinar ao seu filho, Digory, que ele entregou pra irmã de sua esposa cuidar, como ele terá cuidar do morro agora. "Você desperta o pior de mim, e eu desperto o pior de v...