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Entrei na casa da Isa e procurei ela.

- ISADORA. - gritei e ela apareceu.

- oi. - fala e eu olhei pra ela.

- Saulo. - falei chegando perto dela.

- o que tem ele? - perguntou e eu parei.

- você tá do lado dele? - perguntei e ela me olhou.

- o que? Não, o que te faz pensar isso? - perguntou e eu me aproximei mais.

- então o que você faz andando por aí de madrugada? - perguntei e ela me olhou séria.

- nada. - falou tentando sair da sala.

- Isadora. - chamei alto e ela parou.

- tá, eu te conto. - falou se sentando. - mas promete que não vai me bater. - falou e eu a olhei séria. - eu tô...saindo com o Matheus. - falou e eu suspirei aliviada. - você não tá zangada não né? - perguntou e eu neguei me levantando.

- claro que não. - respondi e ela me abraçou.

- mas, por que a pergunta? - perguntou e eu a olhei séria.

- você não pode contar pra Ninguém - falei - tá? - falei e ela assentiu. - tem x9 no morro. - falei baixo e ela arregalou os olhos. - não conta pra ninguém, agora eu vou ir resolver umas coisas. - falei saindo da casa dela. Entrei em um beco e corri indo pra boca, mas alguém me puxa e me leva pra um corredor totalmente pichado, sorri passando os braços pelo pescoço de Digory.

- onde tava? - perguntou beijando meu pescoço.

- na Isa. - falei e ele sorriu me beijando. - hum. - falei parando o beijo. - tenho que ir atrás do Menor. - falei e ele me olhou. - parece que ele tá ficando com a Isa, tenho que saber se é verdade. - falei dando um selinho nele, depois corri indo pra boca de novo. - ei. - chamei pelo Menor e ele logo se virou. - quero bater um papo com você. - falei e ele me olhou. Fomos pra minha salinha.

- fala. - falou se sentando.

- Isadora e você. - falei colocando as mãos na mesa. - tão ficando? - perguntei e ele me olhou sério.

- estamos. - respondeu e eu assenti.

- tá, agora tchau. - falei e ele saiu.

- não tá zangada por isso, né? - perguntou e eu neguei.

- não, vocês só foram vistos de madrugada pelo morro, e com esse negócio de x9, tinha que tirar minhas dúvidas de vocês. - falei e ele saiu. Me levantei e saí de lá também.

- Morena. - FP me chama e eu me viro pra ele. - falou com a Isa? - perguntou e eu assenti.

- ela tá ficando com teu irmão, por isso os dois ficavam por aí de madrugada. - falei e ele assentiu. - agora a gente tem que ver as coisas com a Thais. - falei e ele me olhou.

- dona Marlene falou para os meninos também, que Thais sempre entrava em um beco sem saída toda quarta-feira às meia noite. - falou e eu o olhei.

- não tem patrulha por lá. - falei pensando. - bingo. - quase grito e vou pra casa.

- você não vai lá, né? - perguntou e eu o olhei.

- calado, tá? - falei e ele me olhou. Entramos em casa e FP negou.

- e se te verem? - perguntou.

- meto bala. - respondi bebendo água.

- Andressa. - me repreendeu.

- Felipe eu não posso deixar isso assim, e o Saulo tá fazendo isso por causa de mim. - falei e ele assentiu.

- só...toma cuidado. - falou e eu assenti.

- sempre tomo. - falei sorrindo. Ele foi embora e vi que Soph nem Lari estavam aqui.

>>>

Pedi pra Soph cuidar da Lari, que eu iria resolver umas coisas na boca até mais tarde, ela nem desconfia que nós descobrimos a x9. Contei pra Gusta, Luigi e Digory, mas falei que vou sozinha, eles até que aceitaram, fizemos um plano de vigiar tudo de longe e na hora certa pegar ela. Já são onze e meia, então peguei minha arma e saí de casa depressa.

Conversei com a dona Marlene mais cedo e pedi pra ela deixar eu usar a laje dela, já que ela é muito fofoqueira e tenho certeza que quer ficar por dentro do que vai acontecer, ela deixou eu ir pra lá.

Subi na laje e me deitei, pra não mostrar meu reflexo no beco, fiquei daquele jeito por um tempo, logo vejo um homem entrar no beco e ficar escondido, alguns minutos depois, Thais aparece. Eles ficam cochichando por um tempo e eu tento escutar.

- não vou fazer isso. - Thais falou baixo.

- ou você faz isso, ou a gente te mata. - o homem falou.

Peguei minha arma e atirei na perna do cara, pulei da laje e consegui cair em cima de um tambor grande de lixo.

Atirei no braço do homem quando ele ia pegar a arma e corri atrás de Thais que tinha corrido pra fora do beco.

- ela tá indo pra goma 3. - avisei pelo radinho e entrei em um beco pra chegar antes dela. Atirei no pé de Thais e ela gritou caindo no chão.

- quem...- ia falar e eu viro ela que me olha espantada.

- surpresa. - cantarolei fazendo ela ficar de pé.

- meu pé. - quase gritou e eu ri pisando nele, fazendo Thais gritar de dor.

Alguns vapores chegaram e levaram ela pra salinha de tortura.

- vocês aí. - chamei os vapores que levavam Thais. - deixem ela comigo, amanhã eu resolvo isso, hoje vocês ficam vigiando ela. - explico e eles assentem.

Fui pra casa, entrei e tranquei tudo, fui pra o quarto e tomei banho e escovei os dentes.

Vesti um pijama qualquer e me joguei na cama.

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