Meu Professor 2

Bônus: Kate

Alguns dias depois...

Como hoje é sábado, consegui uma folga, então sairei com o Miguel, que ligou e disse estar preparando uma surpresa. Sua intenção é me animar, já que ultimamente as coisas não andam fáceis. Tudo o que aconteceu com a Anne mexeu muito comigo. Ela já voltou para casa e está se recuperando do trauma com ajuda do Arthur.

Visto um vestido branco, de alcinha e bem confortável. O dia está bem bonito lá fora. Pego minha bolsa e vou para a sala. Por falar nela...

— Oi, Anne. — A cumprimento, aproximando do sofá.

— Oi. Está linda. — Me elogia.

— Obrigada, meu bem. Tudo bem? — Sento ao seu lado.

— Cheia de atividade para fazer. — Levanta as folhas. — Meu professor voltou com muita disposição. —Sorri. — O Miguel já vem?

— Vai mandar um táxi para me levar. — Explico.

— Surpresa? — Levanta uma sobrancelha.

— Parece que sim. — Rio.

— Hum, que legal. Acho que nem preciso esperar que volte hoje, certo?! — Faz uma cara maliciosa.

— Isso não sei, mas e você?! Ficará bem sozinha? — Fico preocupada, porque ainda não se sente totalmente confortável em estar no lugar onde o Jorge a pegou.

— O Arthur virá mais tarde. Ele foi à empresa agora de manhã. — Diz.

— Sabendo disso, vou mais tranquila. — Ouvimos uma buzina de carro. — Qualquer coisa, me liga. —Levanto, arrumando minha roupa. — Independentemente do que seja.

— Não se preocupe, Kate. Aproveita o passeio com o Miguel. — Sorri.

— Nos vemos depois. — Lhe dou um beijo no rosto.

Saio de casa e entro no táxi. Durante toda a viagem, que durou uns vinte minutos, fui conversando com o motorista. Ele para em frente a um parque e o Miguel abre a porta para mim.

— Que bom que chegou, meu amor. — Me ajuda a descer e toca meus lábios com os seus, rapidamente. — Só um minuto. Pagarei a corrida.— Enquanto conversa com o Senhor, aproveito para observá-lo vestindo uma bermuda e uma blusa de banda de rock, o deixando muito bonito. — Pronto. Podemos ir. — Pega minha mão e me guia.

Observo a paisagem e percebo o quão lindo é esse lugar.

— Nunca vim aqui. — Comento.

— Que bom, assim a surpresa fica mais interessante. — Sorri.

Andamos até um lugar mais reservado e de longe já reparo que preparou um piquenique. Que fofo.

— Gostou? — Pergunta, ao paramos em frente a toalha disposta no chão, cheia de delícias em cima.

— Eu amei, Miguel. — Reparo nos detalhes. — Você que preparou tudo isso?

— Sim, exceto a comida, é claro. — Sorrio com sua forma de falar. — Vem. — Sentamos um ao lado do outro. — Tentei ao máximo comprar tudo o que gosta. Por favor, me diz que acertei. — Faz uma cara dramática.

— Bem, está faltando... — Finjo pensar. — Brincadeira, está ótimo, meu amor. Adorei a surpresa.

— Ufa! Tudo para agradar a mulher mais linda que já conheci. Eu te amo, Kate.

— Também te amo, Miguel. — Me aproximo e o beijo apaixonadamente.

(...)

Fazemos nosso lanche e depois de rir muito com suas palhaçadas, nos deitamos na grama.

— Como está a Anne? — Pergunta.

— Se recuperando aos poucos. O que passou foi bem difícil e as lembranças ainda a atormentam. — Respondo.

— É muito recente ainda. O Arthur disse que está a ajudando. — Comenta.

— Os dois se amam e nada melhor que receber apoio de alguém com esse sentimento por nós. — Digo.

— Tem toda a razão. — Pega minha mão e a beija. — Como decidiu adotá-la?

— Na época, eu morava perto de um orfanato e um dia pediram para avaliar uma menina que estava passando mal e quando cheguei lá, era a própria. Era muito retraída e aos poucos foi se abrindo comigo. Depois de ajudá-la, acabei sabendo sua história, que mexeu muito comigo. Os pais morreram em um trágico acidente de carro e não tinha nenhum familiar que tomasse conta dela. Bem, voltei mais vezes e sempre sentia uma conexão com aquela menina tão quietinha. — As lembranças tomam conta da minha mente. — Demonstrei interesse em adotá-la e a diretora me ajudou. Demorou um pouco, mas consegui.

— Muito nobre de sua parte. Tantas crianças por aí que gostariam de ter um lar. — Une nossos dedos.

— Foi uma das melhores decisões que tomei na vida. Confesso que, no começo fiquei com um pouco de medo de cuidar de uma criança, mas sempre se comportou muito bem. — Lembro que nunca aprontou nada que me deixasse de cabelo em pé.

— Por essa e outras coisas, a admiro cada dia mais, Kate.

— Obrigada, meu amor. — Lhe dou um sorriso carinhoso. -— Você é o cara mais legal que já conheci.

Ficamos no parque até o final da tarde e depois fomos para o seu apartamento.

— Pode me ajudar a guardar o que sobrou? — Pergunta, segurando a cesta nas mãos.

— Claro. — Distribuímos as coisas entre a geladeira e o armário.

(...)

A noite chegou e preparamos um jantar bem gostoso. Bem, eu fiz mais coisas, já que não se dá muito bem com as panelas. Enfim, sempre é bom ter alguém para cortar os legumes e lavar a louça.

Voltamos à sala e ele me segura pela cintura.

— Sabia que ficou muito bonita nesse vestido, mas... — Para de falar. — Fica mais linda sem ele.

— Você acha? — Pegunto, maliciosamente.

— Tanto que posso te ajudar com isso. — Desce a fina alça e leva seus lábios a pele descoberta.

Pego a barra da sua blusa e a levanto para cima. Não preciso me esforçar muito, já que a tira rapidamente e caímos no sofá. Por cima dele, começo a beijar seu peitoral e descer para seu abdômen. Trocamos muitas carícias, até estarmos excitados de mais para esperar qualquer coisa. Coloco a camisinha para ele e sento em cima do seu membro. A cada movimento, meus gemidos se intensificam junto com os seus. Suas mãos apertam minha bunda, me ajudando a mover o quadril. Em um movimento, fica sobre mim e seu ritmo se acelera. O barulho de nossos corpos se chocando, traz um ar mais sensual ao ambiente. Chego ao meu ápice e suas investidas só cessam, ao ter o mesmo.

— Eu te amo. — Diz, entre beijos apaixonados.

— Repete, mas deixa eu gravar. — Brinco.

— Repetiria isso a cada minuto, se pedir.

— Não é necessário. Sei que quando fala é do fundo do coração. — Passo os dedos pelos seus cabelos bagunçados.

— E pretendo falar para sempre.

Lhe dou um sorriso carinhoso e me aperto mais a si.