Fugida do casal e viagem

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Depois de um jantar delicioso, com direito à luz de velas, pegamos à estrada para sabe lá onde.

- Vamos, divida seus planos comigo, Senhor Monteiro. - Insisto outra vez.

- Eu já disse. Pretendo passar uma noite especial com minha esposa. - Não tira os olhos da estrada.

Não sei por que ainda tento arrancar informações dele.

- Controle-se, meu amor. - Diz. - Tem a minha palavra que não irá se arrepender.

- Tudo bem, Senhor Mistério. - Sorrio.

Nunca me arrependo de nada ao seu lado mesmo.

Decido ligar para casa para saber como as crianças estão e Maria me tranquiliza.

(...)

Quase uma hora mais tarde, ele para o carro em frente à uma casa bem bonita, com um ar antigo. As luzes estão acessas e com isso posso ver os detalhes esculpidos na madeira das janelas e da porta.

- Aluguei por uma noite. - Me tira de minha distração. - Vamos entrar? - Estica o braço e pega uma bolsa no banco de trás.

Concordo com a cabeça e descemos.

Segurando em minha mão, me guia até a entrada, abrindo a porta e me dando passagem.

Por dentro é mais lindo ainda. Todos os móveis tem a mesma temática antiga e são extremamente elegantes.

- Gostou? - Pergunta.

- Claro. É maravilhoso.

Caminhamos até a escada e deslizo meus dedos pelo corrimão gravado com formas lineares.

Quando chegamos à um corredor com várias portas, ele me leva até a última, revelando um local bem espaçoso, de luz amena.

Há uma cama enorme, uma cômoda de madeira maciça, uma pequena mesa de centro, onde há uma garrafa de vinho e duas taças à nossa espera.

De fundo, grandes janelas cobertas por finas cortinas que balançam com o vento.

– Devo confirmar que não me arrependi com a surpresa. - Comento.

– Me agrada muito ouvir isso. - Deixa a bolsa na poltrona ao nosso lado e se aproxima da mesa. Pega uma taça e me entrega. - O seu preferido. - Me serve.

– Obrigada. - Espero que também esteja servido para tomar. - Hum… - Sinto o gosto em meu paladar. - Perfeito. - Sorrio.

– E olha que você nem me beijou ainda. - Brinca.

Reviro os olhos.

– Espero que saiba que estou falando do vinho. - Retruco. - Mas… - Me aproximo e jogo meus braços em seus ombros. - Já que está se gabando, por que não mostra essa tal perfeição?!

– Com prazer. - Traz seu rosto para perto do meu e toma meus lábios com desejo.

Seu braço forte rodeia minha cintura, me colando ao seu corpo. Sinto um arrepio cada vez que nossas línguas se encontram sensualmente e a sensação de percorrer meus dedos em seu cabelo macio, ajuda a potencializar isso.

Quando nos separamos, sinto um leve ardor na boca.

– Então? - Ergue uma sobrancelha.

Finjo pensar por um momento.

– Não foi tão ruim, mas acho que pode se esforçar mais. - Me afasto para não vacilar em minha brincadeira.

Isso mexe com seu ego.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora