De volta para casa

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* Arthur On

Segurar minha filha em meus braços é a sensação mais incrível que já senti em minha vida.

Ela é tão pequena e frágil. Seus rasos fios de cabelo, que parecem os da mãe, a deixam mais fofa ainda.

Sinto o enorme dever de protegê-la de todo o mal desse mundo.

- Pai. - A médica interrompe meu momento. - Devemos levar a menina para o berçário. Mais tarde poderá vê-la novamente.

- Claro. - Percorro meus olhos pelo seu rosto, antes de entregá-la.

- Agora a Anne precisa descansar. - Diz.

Me aproximo da minha esposa e seguro sua mão.

- Vá para casa e traga a bolsa da bebê. - Pede.

- Tudo bem, não vou demorar.

- Não se preocupe com o tempo. Depois de toda a energia que gastei aqui, creio que preciso de muitas horas de sono. - Sorri.

- Então bom descanso. Te amo. - Lhe dou um beijo.

- Também te amo.

Um enfermeiro me acompanha até a porta e me explica o horário que devo voltar.

Ainda emocionado, caminho pelos corredores do hospital e sigo até o estacionamento.

O dia já está quase amanhecendo, então  as ruas estão bem vazias.

Chego no apartamento e encontro a Maria, cochilando no sofá.

- Ei. - Toco em seu ombro.

Ela abre os olhos assustada, mas quando me percebe, tranquiliza.

- Arthur. - Se levanta. - Então, como foi?

- É uma menina, Maria. Muito linda, a propósito.

Antes de me abraçar, dá vários pulos de felicidade.

- Parabéns, Arthur. Nossa, a Anne deve estar tão feliz.

- Sim, nós dois estamos. Vim buscar a bolsa da bebê. - Digo.

- Claro, vamos lá que eu te ajudo. - Aponta para a escada.

Subimos para o quarto e peço que confira se não falta nada que precisaremos, enquanto tomo um banho rápido. Me troco e volto para encontrá-la.

- É, realmente estava faltando as fraldas.

- Eu amo minha mulher, mas a conheço muito bem, por isso pedi que verificasse. - Sorrio.

- Aproveitei e arrumei algumas roupas para ela também.

- Ótimo. Será que você pode avisar a Kate e a Lisa? A Anne vai gostar de ver as duas nesse momento.

- Pode deixar. As duas ficarão muito felizes. Até mais. - Se despede e sai.

Pego as coisas e vou para o quarto do Pedro.

Abro a porta e vejo que ainda está dormindo, mas decido acordá-lo para contar a novidade.

Me sento ao seu lado.

- Filho.

Ele remexe e se vira para me ver.

- Hum. - Responde ainda com manha.

- Senta para eu te falar uma coisa.

Devagar, faz o que eu peço.

- Sua irmãzinha nasceu noite passada. - Digo.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora