Meu Professor 2

Momento só para nós

Ainda em nosso tour pelo meu "presente", me leva nos outros cômodos. Não são muitos, é claro, mas terei espaço de sobra para montar tudo o que seja necessário.

- Até pensei em colocar alguns móveis, mas como é seu futuro consultório e a decoração fica ao seu gosto.

Me viro para observá-lo de frente.

- Eu nem sei como te agradecer por tudo isso, Arthur.

Ele dá um passo e segura minhas mãos.

- Você me faz um homem muito feliz e nada mais justo que eu tente retribuir, ajudando a realizar os sonhos da minha linda esposa.

Meu coração bate mais forte com suas palavras. Não posso resistir e lhe dou um beijo, que logo vai se intensificando, junto com o aperto que dá ao redor da minha cintura.

Um calor começa a crescer entre nós e me afasto ofegante.

- Não faça essa maldade comigo. - Brinca.

- Considere como um limite para o nosso próprio bem. Aqui não é o melhor lugar para tal coisa, Senhor Monteiro.

- Claro. - Sorri. - Mas eu não disse que minha surpresa acabou.

Franzo minhas sobrancelhas.

- O que está aprontando? - Pergunto com os olhos cerrados.

- Só confie em mim. - Estende a mão em minha direção e eu a pego sem exitar. - Podemos ir?

- Sim. - Volto a olhar para o meu futuro lugar de trabalho.

Não vejo a hora de colocar esse lugar para funcionar.

Depois de trancar a porta, Arthur me entrega a chave, enviando um misto de emoções pelo meu corpo. Esse lugar é meu!

Já no carro, tento manter a curiosidade dentro de mim, mas quando ele pega a rodovia tenho que perguntar:

- Para onde vamos?

Atento à estrada, vejo um pequeno sorriso de lado aparecer em que rosto.

- Eu estava estranhando seu silêncio. - Diz.

- É que estamos saindo da cidade e tem o Pedrinho.

- Não se preocupe com o nosso filho. Ele vai dormir com a Kate .

- Então passaremos a noite fora?! - Concluo.

- Parece que conseguiu arrancar uma pequena informação, Senhora Monteiro.

- Ponto para mim então. - Brinco.

O seu sorriso se abre mais ainda.

Passamos aproximadamente uma hora na estrada, até que ele entra em um lugar bem bonito, rodeado de árvores, flores e mais à frente uma linda pousada.

Depois de estacionar, saímos do carro e uma coisa me vem à mente.

- Não trouxemos roupas. - Digo.

- Sim, trouxemos. - Ele abre o porta-malas e retira uma pequena bolsa de lá.

- Obviamente o Senhor Monteiro pensaria em tudo. - Ironizo.

- Exatamente, meu amor. - Segura minha mão e nos encaminhamos até a entrada.

Na recepção, um homem nos recebe simpaticamente e entrega a chave do quarto.

Aproveio para observa a instalação por todo o trajeto. Há um ar antiquado, mas muito elegante e quando chegamos, admiro os detalhes da nossa acomodação. Uma grande cama de casal, a mesa posta à esquerda, uma cômoda de madeira maciça e uma porta que deduzo ser o banheiro, compõem o ambiente, sem contar nas cortinas brancas que balançam ao toque do vento, dando entrada à uma varanda.