Despedida e Cuidados com a bebê

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Como era de se esperar, não consegui descansar por muito tempo e logo fui acordada pelo choro da minha pequena.

A peguei no colo e voltei para cama para lhe dar de mamar.

Espero que eu consiga amamentá-la por todo o tempo necessário, pois sei o quão importante o leite materno é nos primeiros meses de vida.

Admiro sua expressão satisfeita enquanto se aliementa e acabo sorrindo sozinha.

A vontade de ser mãe nunca foi uma coisa tão presente em minha vida, mas agora que a tenho em meus braços, sinto uma ligação tão grande que me faz pensar que sou capaz de tudo para lhe manter segura.

Sou tirada dos meus pensamentos pelo Arthur, que entra no quarto e abre um lindo sorriso ao nos ver.

- Onde estava? - Pergunto.

- Fui levar o Pedro para o quarto. Pelo jeito que estava agitado lá embaixo, até que dormiu rápido.

- Agitado?! Por qual motivo?

- Está muito empolgado com a Sofia. - Responde.

- Que lindo. Isso me deixa muito feliz e despreocupada pelo fato de que poderia se sentir em segundo plano.

- Que bom que… - É interrompido pelo gemido da bebê, que largou o peito. - Deixa eu segurá-la para você. - Estende os braços.

Quando a afasto de mim, ameaça chorar, mas se acalma quando vai para o colo do pai.

Arthur apoia suas mãozinhas em seu ombro e lhe dá alguns tapinhas nas costas.

Meu coração bate mais forte ao ver seu carinho pela filha e é engraçado um homem desse tamanho tentando ser sútil ao segurar uma coisinha tão frágil.

- Acho que alguém precisa ser trocada. - Comenta.

A levamos para a mesinha e ele pega o necessário. Abro seu macacão e vejo o estrago, assim por dizer. Com ajuda do lenço, deixo ela limpinha. Passo a pomada e o talco e deixo a parte da fralda com o Arthur, por que eu sempre tenho a impressão de deixar um pouco torta e não quero que fique desconfortável. Como o Senhor Monteiro aprendeu e muito bem, a ponto da enfermeira elogiá-lo, deixo essa tarefa em suas mãos. Pelo menos durante a noite, pois assim a pequena dorme melhor.

Levo o lixo até o banheiro, lavo as mãos e volto, já a encontrando dormindo em seus braços. Colocamos ela no berço, que se remexe um pouco e logo se entrega ao sono.

Que vida boa, não é mesmo?! Comer e dormir em seguida.

- Vou tomar um banho, meu amor. Não demoro. - Diz e me dá um beijo.

- Está bem.

Enquanto isso, volto ao livro que estava acompanhando antes das primeiras contrações.

Ler é sempre bom.
 

(…)

Na manhã seguinte…

- Agora vou acordar o Pedro. - Digo ao Arthur depois de ter arrumado nossa filha.

- Vou terminar de separar esses papéis e já desço para tomar café com vocês.

- Está bem. - Lhe dou um beijo antes de sair do quarto.

Caminho pelo corredor e abro a porta
devagar.

Como eu imaginei, ainda está na cama, então me aproximo e sento ao seu lado.

- Bom dia, meu amor. Já está na hora.

Ele se remexe preguiçosamente e me dá um olhar sonolento.

- Já?! Nem mais dois minutinhos? - Pergunta.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora