Resposta

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Meu coração está quase saindo pela boca e esse silêncio não ajuda em nada.

Ele olha para o lado e faz um sinal com a mão. Em poucos segundos, não sei explicar a alegria que sinto em ver meu filho entrar no quarto e correr para os meus braços.

Me abaixo para ficar à sua altura e o aperto com carinho.


- Meu amor… Não acredito que você está aqui.


- Eu vou poder ficar com vocês. - Diz.


Não me contenho e começo a chorar deliberadamente.


Arthur se aproxima e se junta a nós.


- Ninguém vai nos separar, Anne.


Meus sentimentos estão tão confusos que não sei se choro, ou sorrio.


- Será que eu posso dar um abraço no meu sobrinho favorito? - Kate pergunta.

- Claro, titia. - O pequeno se aproxima e rodeia os bracinhos em sua cintura. - Mas espera aí... eu não sou o único? - Questiona.

Rimos da sua observação.

- Por enquanto é, mas como primeiro, tem um lugar muito especial em meu coração. - Deixa um beijo no topo da sua cabeça.

- Bem... tem um pessoal lá embaixo que também está doido para comemorar com esse pequeno. - Arthur diz. - Por que não desce, Kate?!

- Pode deixar. - Pega em sua mão e o leva para sala.

- Estou tão feliz, meu amor. - Comento.

Ele me traz para perto do seu corpo e me beija apaixonadamente.

- Eu também, Anne. Por um momento, pensei que as coisas dariam errado.

- Me conta como foi, por favor. - O levo para cama.

- Como pensamos, o Edgar se mostrou muito sério e arrependido perante o juiz. Seu advogado estava muito confiante e apresentou provas de que ele era apto a ter a guarda novamente. Parecia outra pessoa. Estava bem vestido, barba feita e cabelo cortado.

- Então aparentemente estava menos assustador do que antes. - Digo, me lembrando da sua feição maldosa.

- Sim, mas graças ao Doutor Vilela, toda essa farça não serviu de nada.

- O que ele fez?

- Além de provar que temos as reais condições de criar o Pedro, conseguiu que o patrão do Edgar, testemunhasse contra o próprio. Esse homem disse que o contratou, mas ele sempre faltava ao serviço, ou aparecia embriagado, então o juiz entendeu que não havia comprometimento. - Diz.

- Então o Pedro realmente corria risco se voltasse a conviver com o pai. Ainda bem que tudo se resolveu e podemos tê-lo conosco.

- Exatamente e agora que as coisas estão em seu devido lugar, quero que foque na sua gravidez e fique bem.

- Pode ficar tranquilo, Senhor Monteiro. Estou muito feliz e nosso filho vai receber toda essa energia boa.

Sua mão vai para minha barriga e a acaricia.

- Que bom, por que eu quero que ele nasça muito saudável e traga mais alegria para essa casa. - Sorri. - Vamos nos juntar ao restante do pessoal? - Se levanta e estende a mão para mim.

Correspondo ao seu gesto e descemos para sala.


O Pedro está rodeado de pessoas e sorrisos animados.

Miguel está no chão, enquanto vários brinquedos estão esparramados ao seu redor. Meu pai, está de avental, segurando uma bandeja e Kate, Lisa e Cíntia conversam.


- É bom ter nossa família unida outra vez. - Arthur comenta.


- Digo a mesma coisa.


- Mamãe, papai, vem brincar com a gente. O tio Miguel perdeu três vezes na dama.


- Ei… Não perdi... apenas não me esforcei tanto para te deixar mais feliz. - Diz.


- É claro, Miguel. - Arthur ironiza. - Você nunca ganhou nenhum jogo de tabuleiro.


- Meu amigo… Só não argumentarei, por que você tem razão.


Gargalhadas ressoam por todo o ambiente. Esses dois são inacreditáveis.


Parando para pensar em tudo o que vem acontecendo, encontrei pessoas muito especiais desde que conheci o Arthur.


Meu coração está aliviado de poder observar essa cena e ter a certeza que meu filho estará conosco para sempre.

 


Oi, Arthuannes.


Sei que o capitulo de hoje ficou pequeno, mas quis matar a curiosidade de todos. Compenso no próximo que provavelmente sairá amanhã.


Beijos.


Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora