Primeiro dia como psicóloga atuante

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Se passaram alguns dias desde a última vez que fui no meu futuro consultório e a cada móvel que é colocado em seu devido lugar, fico mais ansiosa para o dia que irei oficialmente abrir aos pacientes.

Como a princípio serei a única psicóloga à serviço, foquei primeiro em minha sala, a recepção e um banheiro, assim posso decorar o restante depois.

Como sempre, o Arthur me ajudou muito, principalmente com a parte burocrática e da divulgação.

Já contratei uma recepcionista para me ajudar e para falar a verdade, a única coisa que falta é começar a agendar as consultas, pois alguns beneficiários do projeto que trabalho com o Fernando, foram indicadas vim aqui e as demais pessoas que estão procurando ajuda.

Creio que com a publicidade que fizemos, não demore a surgir.

(…)

Passei o dia coordenando algumas ações lucrativas para ajudar uma ONG de proteção aos animais e a tarde, fui para o consultório montar um cronograma de atendimento.

Por fim, voltei para a casa bem cansada.

Ah, esqueci de contar… consegui tirar minha carteira de motorista e estou habilitada a conduzir pelas ruas dessa cidade tão movimentada... exceto, pelo fato de que ainda não tenho meu próprio carro. Com todo o investimento que estou fazendo na clínica, preciso esperar um pouco. Obviamente temos um na família, mas como o Arthur também usa, revezamos durante a semana.

Chego na porta do apartamento e paro, procurando a chave na bolsa. Vasculho por toda a bagunça que está aqui dentro, mas não a encontro.

Balanço a cabeça e solto um longo suspiro. Esqueci de levá-la mais uma vez.

Toco a campainha e em poucos segundos, ouço ser destrancada.

– Já estou abrindo, mamãe. - Pedrinho grita de dentro.

Quando finalmente abre, vejo seu lindo rostinho.

– Como sabia que era eu? - Lhe dou um beijo no topo da cabeça.

– O papai encontrou sua chave no chão do quarto e disse que você tem cabeça de vento. - Responde.

Seguro sua mão e caminhamos até a sala, encontrando o Arthur no sofá.

– Ah, ele disse?! - Cerro os olhos.

Seu sorriso de lado aparece imediatamente.

– Há de concordar que estou certo, Senhora Monteiro. - Diz.

– E você esqueceu o Bob dentro da máquina de lavar aquele dia.

Me viro bruscamente para o pequeno.

– É isso… os dois se juntaram contra mim?!

Acho injusto. Só por que ficamos procurando o ursinho por horas em todas os cantos da casa?

Sua risada infantil e espontânea, também me faz ri.

– Coitado do Bob, Anne. Com certeza, não ficou nada feliz com isso. - Arthur provoca.

– Podem parar, ou deixo os dois de castigo. - Finjo estar brava.

Pedrinho se vira para o pai e gesticula, como se estivesse fechando um zíper na boca.

– Filho, vai ver se a Maria terminou o jantar, por favor. - Pede.

Atendendo ao pai, sai às pressas para a cozinha. Já disse para não ficar correndo, mas sabe como é criança.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora