Tempestade à vista?!

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Três meses depois...

Depois de colocar o Pedro para dormir, tomei um banho quente e me troquei.

Paro em frente ao espelho e admiro minha barriga que já está bem grandinha.

Até hoje não sabemos o sexo do bebê, pois a última vez que fiz o ultrassom não foi possível descobrir, devido sua posição, então decidimos ter a surpresa no dia do nascimento.

Começamos a olhar algumas coisas para o nosso filho, principalmente o berço que mandamos fazer ao nosso gosto, enquanto isso a Jenny sempre manda fotos de artigos lá de Nova Iorque para escolhermos e ela nos envia, ou traz quando vem visitar.

Nesse tempo, meu apetite tem triplicado e como mais vezes durante o dia. Sem contar, os desejos sempre aparecessem, mas é melhor eu até parar de pensar nisso, ou vai que surge essa vontade.

Já que estou atualizando vocês dos últimos acontecimentos, vamos ao próximo... Fernando e eu não estamos mais à frente do projeto Ação do Bem. O antigo coordenador voltou e fomos "demitidos", mas apenas do cargo, pois continuamos ajudando voluntariamente e no meu caso, virei uma colaboradora.

Meu telefone começa a tocar, me tirando dos meus pensamentos.

O pego em cima do criado-mudo, mas não reconheço o número.
 

Alô? - Atendo.

Oi, Anne. Sou eu, Priscila.

- Oi, Pri. Não sabia que era você. - Digo.

Pois é. Eu troquei de número e liguei para salvar o novo e obviamente saber como está.

Como ela não pode vir ao jantar que anunciei à gravidez, tive que contá-la no dia seguinte.

Me sento na cama e respiro fundo.

Olha... carregar essa barriga não é fácil. - Sorrio. - Imagino como vai ser daqui para frente.

- Quando ele estiver em seus braços, verá que tudo valeu a pena. Digo por experiência própria.

- Por falar nisso, como está o Lipe? - Pergunto.

Bem, obrigada. Foi dormir a pouco. Estou atrapalhando?

- Não, claro que não. Coloquei o Pedro na cama também e o Arthur ainda não chegou do trabalho, mas me conta as novidades.
 

Passo vários minutos falando com ela e depois de nos despedirmos, pego meu notebook e vou para debaixo do cobertor.

Começo a fazer algumas pesquisas, mas em pouco tempo a porta se abre e ele me dá um sorriso.

- Boa noite, meu amor. - Se senta ao meu lado e lhe dou um beijo.

- Boa noite. Chegou tarde. Algum problema na empresa? - Pergunto.

- Nada de mais. - Sinto um pouco de tensão em sua voz.

- Tem certeza? Estou te achando abatido.

Ele toca o meu rosto e acaricia minha bochecha.

- Não precisa se preocupar. Preciso de um banho. - Se levanta e me deixa recheada de pensamentos.

Que estranho. Eu sei que há alguma coisa acontecendo. Sinto isso. Talvez seja  relacionado ao trabalho, mas sempre comenta comigo. Pronto, agora estou com uma pulga atrás da orelha.

O aguardo impacientemente e quando volta ao quarto se junta ao meu lado.

- O que está fazendo? - Pergunta.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora