Assunto importante

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Ainda em seus braços, digo:

- Eu quero ir embora daqui, Arthur.

- Vamos, então.

Junto as fotos e volto a guardá-las dentro da bolsa.

Saímos do quarto de hotel e entramos no elevador.

Depois de dar baixa na recepção, caminhamos até o carro em silêncio. Ele abre a porta para mim e dá a volta para entrar.

Coloco o cinto e deito minha cabeça no banco.

Tudo o que se passou essa noite perambula em meus pensamentos. Que maluquice. Como uma pessoa pode se dar ao trabalho de fazer tudo o que a Emma fez só para prejudicar uma pessoa?! Simplesmente para satisfazer sua própria vontade. Ela nem levou em conta o sofrimento que causaria. Isso não é amor, mas apenas um capricho.

Sinto meus olhos pesarem e observar o movimento dos carros lá fora não ajuda muito, então acabo me entregando ao sono.

(...)

- Meu amor...

Sou despertada por uma voz calma e um carinho sendo feito em meu rosto.

- Chegamos. - Diz.

- Desculpa. Acabei dormindo e te deixei sozinho. - Sorrio.

- Não tem problema. Vamos entrar?

- Claro.

Tiro o cinto, mas quando vejo onde estamos, volto a olhá-lo interrogativamete.

- Arthur... Como assim?! A gente trabalha amanhã cedo. Você é doido?

Ele me trouxe para casa onde casamos.

- Não, eu sou completamente lúcido. - Sorri. - A noite ainda não acabou, meu amor e quero um tempo só para nós. - Se aproxima e me dá um beijo suave. - Você pode questionar mais coisas lá dentro. - Sai do carro e me ajuda a descer também.

Caminhamos de mãos dadas até a entrada e apenas algumas luzes estão acesas, dando um ar aconchegante à sala.

- Espera só um minuto. - Diz e me deixa sozinha.

O que ele foi fazer?

Deixo minha bolsa no sofá e o aguardo.

Esse lugar é muito especial para mim, mesmo depois de ter vindo várias vezes para cá.

- Demorei, senhorita?! - Me viro em sua direção e o vejo segurando um lindo buquê de rosas vermelhas. - São para você. - Me entrega as flores.

Sinto o perfume e abro um enorme sorriso.

- Obrigada, meu amor. - Agradeço.- São lindas.

- Que bom que gostou. Quero fazer um acordo com você.

- E o que seria? - Pergunto curiosa.

- Vamos deixar todos os nossos problemas lá fora e aproveitar nosso momento. Concorda? - Estende a mão para mim.

Finjo pensar um pouco, antes de dar minha resposta 

- Absolutamente. - Correspondo ao seu gesto.

- Então vamos subir. - Diz.

Ao chegar na suíte, assim como na sala, apenas algumas luzes clareiam o ambiente.

As cortinas balançam com o vento fresco vindo lá de fora.

Ele me leva até a sacada.

A mesa está decorada com uma rosa igual a que acabei de ganhar, queijos, chocolate e não poderia faltar... uma garrafa do vinho que mais gostamos.

Meu Professor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora